Dicionário político

Ângelo Arroyo

Retrato Ângelo Arroyo

(1928-1976): Dirigente do Partido Comunista do Brasil (PC do B). Operário metalúrgico, ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1945. Foi ativista do movimento sindical paulista, tornando-se um dos líderes do Sindicato dos Metalúrgicos na década de 50. Participou das greves de 1952/1953 em São Paulo. Com o golpe militar em 1964, foi para o interior, ajudando a criar e organizar os destacamentos guerrilheiros do sul do Pará, na região do Araguaia. Era um dos comandantes da Guerrilha. Foi um dos poucos guerrilheiros sobreviventes do Araguaia que enfrentou na área todas as investidas do inimigo contra a população e que saiu da região após o término da guerrilha.

Em fins de janeiro de 1974, quando a organização guerrilheira já se encontrava bastante dispersa pela ação das forças da repressão, conseguiu furar o cerco de quase vinte mil militares e reencontrar os companheiros do Partido em São Paulo, aos quais entregou Relatório detalhado sobre as atividades da guerrilha, a prisão e morte dos guerrilheiros.

Foi fuzilado em 16 de dezembro de 1976, quando do cerco a uma casa onde estavam reunidos os dirigentes do PC do B, no bairro da Lapa, em São Paulo, em fato conhecido como a Chacina da Lapa. Os agentes do DOI-CODI/SP cercaram a referida casa e, segundo os vizinhos, em nenhum momento houve troca de tiros, mas sim uma fuzilaria que partia apenas do lado de fora onde estavam os agentes da repressão política.

Ângelo Arroyo e Pedro Pomar, ambos desarmados, foram mortos no interior da casa. João Baptista Franco Drumond, segundo a nota oficial, morreu atropelado por um carro próximo do local da fuzilaria.