Estáline, Amigo do Povo Chinês

Mao Tsetung

20 de Dezembro de 1939


Tradução: A presente tradução está conforme à nova edição das Obras Escolhidas de Mao Tsetung, Tomo II (Edições do Povo, Pequim, Agosto de 1952). Nas notas introduziram-se alterações, para atender as necessidades de edição em línguas estrangeiras.
Fonte: Obras Escolhidas de Mao Tsetung, Pequim, 1975, Tomo II, pág: 545-547.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo

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Neste 21 de Dezembro, o camarada Estáline fará sessenta anos. É fácil imaginar os votos sinceros e calorosos que esse aniversário vai suscitar nos corações de todos os revolucionários do mundo conhecedores dessa data.

Festejar Estáline não é uma formalidade. Festejar Estáline é tomar o partido de Estáline, da sua causa, da vitória do socialismo, do rumo que assinalou à Humanidade, é tomar o partido dum amigo íntimo, já que a maioria dos homens vive atualmente no sofrimento e não pode libertar-se a não ser seguindo a rota indicada por Estáline e com a ajuda de Estáline.

O povo chinês, que passa agora pelas maiores desgraças da sua história, sente mais do que nunca a necessidade duma ajuda. Como se diz em O Livro das Odes, “o passarinho canta, buscando o eco dos amigos”. É exatamente a situação em que nos encontramos.

E quem quem são os nossos amigos?

Há os chamados amigos, gente que se engalana com o rótulo de amigo do povo chinês e que, aliás, certos chineses, sem refletir, designam por amigos. Tais amigos, porém, não podem classificar-se noutra categoria que não seja a de Li Lin-fu(1), esse primeiro ministro da corte dos Tans, conhecido por trazer “mel na boca e um punhal escondido no peito”. Atualmente, esses chamados “amigos” são justamente os que trazem “mel na boca e um punhal escondido no peito”. Quem são eles pois? São os imperialistas que pretendem que sentem simpatia pela China.

Mas há também amigos de tipo inteiramente diferente, aqueles que nos têm uma simpatia real e nos tratam como irmãos. Quem são? O povo soviético e Estáline.

A não ser a União Soviética, nenhum Estado renunciou aos seus privilégios na China.

Durante a nossa Primeira Grande Revolução, enquanto todos os imperialistas estavam contra nós, apenas a União Soviética nos dispensou ajuda.

Desde que começou a Guerra de Resistência contra o Japão, nenhum governo dos países imperialistas nos apoiou verdadeiramente, sendo a União Soviética o único país que nos ajudou com a sua aviação e com material.

Acaso não será isso suficientemente claro?

Só o país do socialismo, o seu líder e o seu povo, pensadores, homens políticos e trabalhadores socialistas, podem dar uma ajuda real a causa da libertação da nação chinesa e do povo chinês. Sem a ajuda deles, a nossa causa não poderá conquistar a vitória final.

Estáline é o amigo fiel da causa da libertação do povo chinês. O amor e o respeito do povo chinês por Estáline, bem como os seus sentimentos de amizade pela União Soviética, são profundamente sinceros e nenhuma tentativa de semear a discórdia, nenhuma mentira e nenhuma calúnia poderão alterá-los.


Notas:

(1) Li Lin-fu viveu no século VIII e foi primeiro ministro do imperador Siuantsum, dinastia Tam. No Tse Tchi Tom Quien diz-se: “Como primeiro ministro, Li Lin-fu recorria a mil e um processos para eliminar todos os que o superassem em talento ou fama, ou, por favores do imperador, pudessem conseguir uma posição ou prestígio que o ameaçasse. Isso verificava-se sobretudo no tratamento aos intelectuais; de frente tratava bem as pessoas, elogiava-as e, por trás, perseguia-as. Os seus contemporâneos diziam que Li Lin-fu trazia mel na boca e um punhal escondido no peito.” (retornar ao texto)

Inclusão 21/12/2012