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Por que Resisti à Prisão
"Por que resisti à prisão é composto de maneira interessante, pois começa por um fato concreto, que ele descreve com relevo palpitante: a sua prisão em 9 de maio de 1964, com requintes desnecessários de brutalidade, durante uma sessão de cinema cheia de crianças, no bairro do Tijuca, no Rio de Janeiro. Marighella, homem que não conhecia o medo, resistiu e foi baleado no peito, sendo a seguir preso e longamente maltratado. (...) O livro é de 1965 e muita coisa ainda mais grave estaria por acontecer, na vida de Marighella e na vida do povo brasileiro. Trata-se, por isso, de documento inestimável sobre um determinado momento de ambas, digno de ser lido e admirado pela expressividade da escrita, a lógica da composição e a flama revolucionária de um lutador intemerato, mas tolerante, que era um marxista aberto, pronto para aceitar os matizes da realidade e a pluralidade das opiniões, dentro do pressuposto básico da aspiração a uma democracia popular, que abolisse a máscara dos regimes destinados a perpetuar o privilégio. Quando sabemos que o preço que pagou foi a morte, avaliamos plenamente a estatura de Marighella como herói do povo brasileiro e o significado desta narrativa de uma experiência pessoal coroada pela teoria da luta pela liberdade."

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Sumário
Apresentação (Antonio Cândido)
Prefácio (Jorge Amado)
1. A prisão
2. As crianças
3. Uma versão policial
4. O depositado
5. Depoimento sobre um tiro
6. Provas contra a polícia
7. O que são os homens do DOPS
8. Conclusões de um atentado
9. As “cadernetas de Prestes"
10. Viagem espacial
11. Comunista mas não criminoso
12. Os crimes da ditadura
13. Resistência ou conformismo
14. Marxismo e liberdade
15. O fascismo militar brasileiro
16. Os rumos da ditadura
17. O papel das forças populares e nacionalistas
18. A nova geração e a liderança marxista
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Fonte
dhnet
Inclusão 16/11/2013