O Grande Arquiteto do Comunismo

A. Mikoian

21 de Dezembro de 1949


Primeira Edição: O presente trabalho de A. Mlkolan, foi publicado no Jornal "Pravda", de Moscou, em 21 de dezembro de 1949, por ocasião das celebrações do 70.° aniversário de J. V. Stálin.
Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 38 -Jan-Fev de 1952.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo.
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Foto Mikoian

A 21 de dezembro de 1949, os povos da União Soviética, os trabalhadores do mundo inteiro e toda a humanidade progressista festejaram o 70.° aniversário do camarada Stálin.

O camarada Stálin deu mais de 50 anos de sua vida à causa da classe operária, à conquista da ditadura do proletariado, a uma atividade ardente, infatigável e criadora, para construir o socialismo na União Soviética e ao movimento comunista internacional.

Desde os anos da mocidade, passados numa atividade revolucionária tempestuosa, nas condições da luta clandestina sob o tzarismo, o camarada Stálin definiu-se imediatamente como revolucionário profissional, organizador de destaque e dirigente de tipo leninista. Como discípulo próximo e auxiliar de Lênin, ao lado de Lênin, Stálin desenvolveu e reforçou o Partido Bolchevique — Partido de novo tipo, desenvolvendo e enriquecendo a teoria marxista-leninista, elaborando a ideologia e a política do leninismo. Ao lado do grande Lênin, o camarada Stálin conduziu a classe operária da Rússia ao assalto de Outubro de 1917. Depois da vitória da revolução socialista o camarada Stálin, ao lado de Lênin, foi o criador e o organizador do primeiro Estado Soviético no mundo. Por ordem direta de Lênin, o camarada Stálin elaborou os princípios da nova ciência militar e da arte militar, e dirigiu a luta armada e da jovem República Soviética contra as hordas de intervencionistas e da contra-revolução interna, em todas as frentes da guerra civil, onde se decidia o destino das conquistas de Outubro. Ao lado de Lênin o camarada Stálin dirigiu o trabalho do Partido e do Governo soviético no sentido de restabelecer a economia arruinada pela guerra.

Depois da morte de Lênin, o camarada Stálin, na luta cruel contra os inúmeros inimigos externos e internos do Partido e do povo conduziu a nossa Pátria à vitória do socialismo, vitória de importância histórica mundial.

Stálin é o grande herdeiro e o continuador da obra de Lênin.

Genial Continuador da Obra de Marx, Engels e Lênin

Marx e Engels criaram a teoria do socialismo científico sem dispor da possibilidade de realizar, na prática, os princípios do socialismo. Lênin e Stálin, os grandes continuadores da obra de Marx e Engels numa nova época histórica, são também os autores e realizadores da nova teoria do socialismo científico, enriquecida por eles. São também teóricos geniais, comandantes do exército revolucionário nas batalhas da revolução proletária e construtores práticos do primeiro Estado socialista no mundo.

Stálin não só assimilou perfeitamente toda a herança científica de MarxEngelsLênin, não só defendeu e salvaguardou a teoria marxista-leninista em luta encarniçada contra os oportunistas de toda espécie; não só foi o intérprete genial da obra científica dos seus mestres. Ele enriqueceu o marxismo-leninismo com uma série de grandes descobertas e impeliu para frente a teoria marxlsta-leninista. Nos trabalhos do camarada Stálin, o leninismo foi elevado a um novo grau histórico, superior — o marxismo da época do imperialismo, das revoluções proletárias, da construção vitoriosa do socialismo na URSS; da época em que os países do centro e do sudeste da Europa e os povos da grande China passam por uma transformação histórica no sentido da democracia popular e do socialismo; da época em que um movimento anti-imperialista, nunca visto, subleva os povos oprimidos do mundo.

A filosofia marxista-leninista, que transforma o mundo, atingiu o apogeu nos trabalhos do camarada Stálin. Os estudos geniais do camarada Stálin, que, com a edição de suas "Obras", se tornaram um patrimônio de todos os trabalhadores, estão saturados do espírito da dialética revolucionária. Todas as obras do camarada Stálin, desde os primeiros trabalhos, publicados na imprensa, pelo jovem marxista-leninista, no começo de nosso século, até as obras clássicas do grande mestre da ciência na época da expansão de seu gênio, no período da vitória do socialismo, caracterizam-se pela clareza insuperável do pensamento, pela simplicidade da expressão, por uma lógica de aço, pelo seu espírito conseqüente, pela continuidade dos princípios e concepções fundamentais.

A extraordinária clarividência na previsão dos acontecimentos revolucionários, é também uma das qualidades básicas do nosso grande chefe. Já em agosto de 1917, antes da vitória da Revolução de Outubro, o camarada Stálin predisse, proféticamente, que país seria o primeiro a abrir o caminho para o socialismo:

"Não está excluída a possibilidade de que seja exatamentge a Rússia o país que há de abrir o caminho para o socialismo... É necessário repelir a idéia caduca de que só a Europa poderá indicar-nos o caminho. Existe o marxismo dogmático e o marxismo criador. Coloco-me no terreno do último."

Tamanha sagacidade e perspicácia do camarada Stálin, combinadas com uma força de vontade incomparável e com uma firmeza verdadeiramente bolchevíque, garantiram uma vitória grandiosa ao nosso Partido e ao nosso povo e uma derrota vergonhosa a todos os inimigos internos e externos. A direção do camarada Stálin assegurou aos povos do nosso país a conquista de grandes vitórias com o mínimo de sacrifícios e no prazo mais breve possível.

O camarada Stálin desenvolveu e aperfeiçoou a teoria leninista do Estado e da revolução e elaborou a teoria do Estado socialista. Ele fundamentou teoricamente, sob todos os aspectos, a tese leninista sobre a possibilidade da vitória do socialismo num só país e provou a justeza desta teoria com a realização prática do socialismo na União Soviética. Criou a teoria da construção completa da sociedade socialista e da passagem para o comunismo. A doutrina staliniana da industrialização socialista e, na base desta, a da coletivização da agricultura desempenharam um papel decisivo nos destinos de nosso país. O camarada Stálin resolveu teórica e praticamente a questão da passagem de milhões de economias camponesas atomizadas e dispersas para o caminho do regime kolkoziano.

O camarada Stálin desenvolveu o plano cooperativo de Lênin, transformando-o na doutrina harmoniosa e coerente da coletivização da agricultura; encontrou a melhor forma de organização dos kolkózes — o artél agrícola. Esta forma foi aceita pelas massas de milhões e milhões de camponeses e, na prática, justificou-se plenamente. Sua força está sobretudo na combinação inteligente dos interesses sociais — considerados fundamentais — com os interesses pessoais dos kolkozianos, considerados suplementares. Só esta forma de organização pôde garantir a completa coletivização no prazo mais breve, conquistar definitivamente para o socialismo as massas de milões de camponeses e liquidar a classe exploradora mais numerosa e vivaz — os kuláks. A forma de artél garante o reforçamento incessante e crescente da economia social dos kolkózes em relação às economias pessoais dos kolkozianos. É exatamente sobre esse princípio que repousa o estatuto do artél agrícola — a lei fundamental, a verdadeira Constituição do regime kolkoziano, cujo criador foi o camarada Stálin.

Sábio e clarividente autor dos trabalhos teóricos fundamentais sobre a questão nacional, o camarada Stálin carregou em seus ombros todo o peso da formação e do reforçamento das nossa Repúblicas e regiões nacionais, congregando os povos da classe operária russa. Em lugar da antiga desconfiança entre os povos da União Sovlétlca domina a amizade indestrutível, que permitiu unificar todos os povos da nossa Pátria num único Estado multinacional — a Uniao Soviética.

Uma vez constituido e definitivamente consolidado o socialismo o camarada Stálin corôou o seu majestoso edifício com a criação da lei básica da vida dos homens soviéticos — a Constituição, que, de direito, leva seu nome e é o modelo ideal para todos os povos que se colocaram no caminho da construção do socialismo, à maneira e à exemplo da União Soviética.

O socialismo, que se consolidou na União Soviética, resistiu às provas mais duras. O regime social e estatal soviético mostrou sua incomparável superioridade sobre quaisquer outros sistemas. Nos anos da Grande Guerra Pátria, o povo soviético demonstrou uma imensa vontade de vitória, uma força inesgotável, coesão, fé no Estado socialista e em seu chefe, o camarada Stálin — o criador e fundador da nova ciência e da nova arte militares soviéticas, que deu ao mundo modelos incomparáveis da "ciência da vitória", o organizador e o comandante do Exército Soviético, que representou um papel histórico na libertação de muitos povos da Europa e da Ásia.

Guia dos Partidos Comunistas do Mundo Inteiro

Os princípios da estratégia e da tática da luta de classes, elaborados pela primeira vez de maneira completa nas obras do camarada Stálin, enriquecidos pela experiência da Grande Revolução de Outubro e da construção vitoriosa do socialismo na União Soviética, são um guia para ação a ser utilizado pelos revolucionários proletários detodos os países.

Foi por intermédio dos bolchevlques que o marxismo abriu caminho na grande China, depois da revolução de Outubro. Ele penetra aí, como o marxismo da época do imperialismo e das revoluções proletárias, enriquecido e desenvolvido por Lênin e Stálin. Nas obras do camarada Stálin, foram elaboradas, detalhadamente a estratégica e a tática da revolução chinesa. O que foi dito nelas, há um quarto de século, sobre os caminhos do desenvolvimento da revolução chinesa, é até hoje o princípio orientador dos comunistas chineses. Por isto, o Partido Comunista Chinês, aureolado por gloriosas vitórias, reconhece com todo o direito e orgulho legítimo no camarada Stálin, o seu grande mestre.

A estratégia e a tática das transformações socialistas nos países de democracia popular, no Centro e no Sudeste da Europa, na Coréia do Norte e na China, do mesmo modo que a estratégia e a tática dos Partidos Comunistas dos países capitalistas, baseiam-se totalmente na ciência leninista-stalinista da luta de classes. Somente sobre a base teórica ideológica leninista-stalinista, rigorosamente cientifica, foi possível assegurar, numa série de países, a liquidação tão rápida dos velhos regimes anti-populares e realizar a aliança sólida da classe operária com o campesinato. Só a doutrina leninlsta-stalinista da vigilância revolucionária auxiliou os Partidos Comunistas e operários dos países de democracia popular a fazerem fracassar, em tempo, o trabalho de sapa dos inimigos jurados da democracia e de seus patrões anglo-americanos, a desmascararem os piores inimigos da União Soviética e dos países da democracia popular — a camarilha de espiões e sabotadores de Tito—Rankovitch — a desarmarem oportunamente os despresíveis Rajk, Kostov e outros.

A ciência leninista-stalinista e a direção stalinista constitu uma condição decisiva do avanço dos países de democracia popular para o socialismo. A ciênca leninista-stalinista e a direção stalinista constituem uma condição decisiva da unificação de todos os homens simples do mundo na luta pela paz, pela democracia, pelo socialismo.

Não é possível deixar de admirar a sábia serenidade, a lucidez, o incomparável sangue frio e a audácia do camarada Stálin em sua apreciação dos fatos e acontecimentos, mesmo em momentos excepcionalmente difíceis, nas reviravoltas mais bruscas e inesperadas da história.

Eni 1942, quando as hordas hitleristas tinham ocupado muitas regiões da União Soviética e ainda pairava um perigo mortal sobre o nosso país, o camarada Stálin falava sobre a Alemanha e o povo alemão do mesmo modo que no Dia da Vitória, a 9 de maio de 1945, quando o Exército Soviético já tinha entrado em Berlim e obrigado a Alemanha hitlerista a capitular, do mesmo modo que em 1949, na mensagem aos dirigentes da nova República Democrática alemã, Wilhelm Pieck e Otto Grotewohl.

A 23 de fevereiro de 1942, o camarada Stálin escreveu:

"A experiência da história mostra que os hitler vem e vão, enquanto que o povo alemão, o Estado alemão permanece."

No Dia da Vitória, a 9 de maio de 1945, em sua mensagem histórica ao povo, disse o camarada Stálin:

"A União Soviética festeja a vitória, embora ela não pretenda desmembrar nem aniquilar a Alemanha."

Agora que o povo alemão se coloca no caminho do renascimento democrático, o camarada Stálin assinala o futuro grandioso que o espera na obra de consolidação da paz, colocando-o no mesmo pé que o povo vencedor.

Em todas as opiniões do camarada Stálin sobre a Alemanha e o povo alemão, aparecem o político sagaz, o sábio estrategista que conhece as leis do desenvolvimento histórico, baseando a política, a estratégia e a tática do nosso Partido, unicamente nas leis objetivas da história e, de maneira lúcida, tendo em conta, as forças reais. E os homens avançados da Alemanha vêem justamente na pessoa do camarada Stálin o seu grande e generoso amigo.

Stálin e o Papel do Comérico Exterior da URSS

Passou o tempo em que a União Soviética se erguia como uma ilha socialista isolada e envolvida por todos os lados pelo "cordão sanitário" do cerco capitalista. Graças à sábia e conseqüente política internacional stalinista de paz e aos êxitos brilhantes das forças armadas soviéticas, conquistados sob a direção do camarada Stálin, a grande potência socialista destruiu o "cordão sanitário" do inimgo sobre suas ruínas, surgiram os países amigos, os países de democracia popular, que marcham para o socialismo.

Teve lugar uma reviravolta radical na correlação das forças do socialismo e do capitalismo no mundo inteiro. O socialismo triunfou em vários países e reforçou imensamente suas posições em outros países, onde se elevaram bem alto a consciência de classe e o espírito de organização da classe operária. As reservas gigantescas da revolução Proletária — os povos coloniais — puseram-se em movimento e o maior deles, o povo chinês, conquistou uma vitória histórica sobre as fôrcas tenebrosas do imperialismo e da camarilha reacionária burguesa e feudal do Kuomintang.

Ampliou-se o campo do socialismo, restringiu-se o campo do capitalismo. Nosso país e o camarada Stálin dirigem e inspiram o movimento de centenas de milhões de trabalhadores, no mundo inteiro, contra os incendiários de guerra — pela paz e pelo progresso.

Como a economia é inseparável da política, as relações políticas externas da União Soviética são inseparáveis de suas relações comerciais externas. Também nisto, o camarada Stálin deu a última palavra. O decreto de nacionalização do comércio exterior foi assinado pelos camaradas Lênin e Stálin a 22 de abril de 1918. O monopólio do comércio exterior, previsto por este decreto, foi uma importantíssima medida de defesa da nossa independência econômica e da construção do socialismo nas condições do cerco capitalista. Ele se tornou o escudo que protege a economia planificada soviética.

Introduzindo o monopólio do comércio exterior, Lênin afirmou:

"sem este monopólio, não poderíamos... garantir a nossa independência econômica interna."

Na luta contra os inimigos do socialismo, defendendo o monopólio do comércio exterior, disse o camarada Stálin:

"enquanto existir o poder soviético, existirá e se desenvolverá o monopólio do comércio exterior, aconteça o que acontecer."

A Constituição stalinista da URSS consagrou a idéia dá monopólio do comércio exterior.

É sabido que o nosso país, mesmo antes da segunda guerra mundial, ficou liberto da dependência econômica do capitalismo e passou a produzir, ele próprio, tudo ou quase tudo quanto era necessário para o seu desenvolvimento normal. O comércio exterior é um derivado e um reflexo da situação econômica da União Soviética. Quando o nosso país ainda era pobre e a industrialização ainda não estava terminada, éramos um país que exportava matérias primas e produtos alimentícios. Agora, apesar das imensas destruições causadas pela guerra, realizando vitoriosamente as tarefas do plano quinquenal de após-guerra, temos elevado rapidamente a nossa economia. Já exportamos não somente matérias primas e produtos alimentícios, como também maquinaria diversa, em proporções impressionantes.

O camarada Stálin fundamentou os princípios das relações comerciais da União Soviética com o mundo capitalista, no domínio do comércio exterior, relações baseadas numa correta apreciação e numa justa compreensão das duas tendências características do cerco capitalista: por um lado, a tendência a desencadear a agressão contra a URSS e, por outro lado, o desejo de utilizar a URSS como mercado de escoamento e fornecedor de algumas mercadorias indispensáveis à economia dos países capitalistas.

As potências capitalistas procuraram fazer fracassar a construção socialista na União Soviética e derrubar a ditadura do proletariado, não somente por meio da luta armada. Já depois de terminada a intervenção armada, em condições de paz, os imperialistas procuraram minar a economia socialista, ainda jovem na época, particularmente a indústria, então débil. Para isto recorreram à intervenção econômica. A anarquia do mercado capitalista, suas manipulações monetárias e suas maquinações na Bolsa, as elevações bruscas de preços e os diferentes planos de sapa dos capitalistas, teriam podido sem dúvida causar um grave prejuízo à economia soviética e dificultar o desenvolvimento do socialismo, se não houvesse a realização leninista-staltaista do monopólio do comércio exterior. Como um dique, o monopólio do comércio exterior barra e amortece no domínio econômico todos os golpes do cerco capitalista, preserva a economia socialista da influência deletéria do capital imperialista, contribui para o desenvolvimento da segunda tendência, que corresponde aos interesses da União Soviética e se baseia na doutrina leninista-stalinista da possibllidade da coexistência pacífica dos dois sistemas.

O comércio exterior fornece recursos materiais complementares para acelerar os ritmos do desenvolvimento da economia soviética. O caráter do comércio exterior, as formas de sua realização e o seu volume refletem o nível do desenvolvimento econômico da União Soviética e suas relações políticas com os Estados estrangeiros.

No período da luta pela restauração do país e durante os primeiros planos qüinqüenais stalinistas, o comércio exterior representou seu papel, fornecendo-nos o equipamento que então necessitávamos, para acelerar a industrialização. Durante a Grande Guerra Pátria, o comércio exterior foi colocado totalmente a serviço da frente de batalha e, terminada a guerra, contribuiu para cicatrizar as feridas causadas pela guerra para cumprir os planos qüinqüenais stalinistas de após-guerra.

Na nova situação internacional, depois da vitória da União Soviética na Guerra Pátria, modificou-se também o caráter do nosso comércio exterior. Em comparação com o volume anterior à guerra, a circulação de mercadorias no comércio exterior da União Soviética duplicou em 1949. É característico que as proporções e o peso específico do intercâmbio de mercadorias com os países capitalistas, no comércio exterior soviético, tenham diminuído, representando, em 1949, cerca de um terço do volume total. Em compensação, aumentou em proporções nunca vistas o comércio exterior com os nossos amigos os países de democracia popular, sendo o seu peso específico, na circulação de mercadorias soviéticas, de cerca de dois terços, em 1949. Daí a modificação das funções do monopólio do comercie exterior, com os países de democracia popular. No caso em questão o monopólio já não cumpre as funções de defesa da economia soviética, mas constitui um meio de coordenação planificada da economia soviética com a economia dos países de democracia popular no sentido da cooperação mútua para o desenvolvimento econômico.

Ao contrário dos tratados comerciais concluídos pelos imperialistas anglo-americanos com os países marshalizados, os tratados da União Soviética com os países de democracia popular baseiam-se na igualdade de direitos e asseguram o auxílio desinteressado da União Soviética ao desenvolvimento da economia desses países, desenvolvimento independente e livre, no caminho da industrialização acelerada e da construção do socialismo.

Por iniciativa do camarada Stálin, foi criado esse sitema de relações econômicas mútuas com os países da democracia popular, sistema que assegura a colaboração íntima, o acordo fraternal dos planoss econômicos. A troca de mercadorias, está organizada de forma a ser livre da influência das crises capitalistas e da expontaneidade dos mercados, permitindo aos países da democracia popular adquirirem na União Soviética, maquinismos e matérias primas que eles não podem receber dos países capitalistas. Ao mesmo tempo, os países de democracia popular têm na União Soviética um mercado de escoamento.

É preciso assinalar que a redução do comércio exterior da União Soviética com os Estados Unidos e com os países capitalistas da Europa Ocidental não resulta, de modo algum, da diferença de sistemas econômicos: teórica e praticamente, está provado que, mesmo com a diferença existente, é muito possível um amplo desenvolvimento dos laços comerciais. Toda a questão consiste em que os dirigentes norte-americanos, animados de um espírito agressivo, aplicam uma política de discriminação e sabotam conscientemente o comércio com a União Soviética, obrigam seus satélites da Europa Ocidental, apesar dos interesses econômicos desses satélites, a não desenvolverem relações comerciais com a União Soviética e com os países de democracia popular.

Agora que a União Soviética se elevou ao nível de uma gigantesca potência econômica, essa política do imperialismo anglo-americano: não pode exercer influência sobre o nosso desenvolvimento econômico. Mas esta política pode agravar a crise econômica em que se debatem os países capitalistas. Recusando manter relações comerciais conosco, sob a imposição dos imperialistas norte-americanos, os países marshalizados da Europa Ocidental serram o galho em que estão sentados. É sabido que eles precisam de mercados, a fim de vender suas mercadorias excedentes e diminuir o desemprego, precisam de matérias primas e víveres, a fim de alimentar a indústria e a população. Muitos economistas burgueses reconhecem, eles próprios, que os interesses econômicos diretos dos Estados da Europa Ocidental impõem a necessidade de ampliar, o comércio com a União Soviética e com os países de democracia popular, pois, aí, não existe o problema do dólar, havendo a possibilidade de trocar as próprias mercadorias pelas matérias primas e víveres necessários. Entretanto, em conseqüência da política suicida dos governos desses países — satélites dos Estados Unidos — suas relações comerciais com a União Soviética e com os países de democracia popular não se desenvolvem. Enquanto isto, graças à solicitude stalinista pelos países de democracia popular, nossos amigos —, a troca de mercadorias entre eles e a União Soviética aumenta consideravelmente.

O auxílio técnico e científico que a União Soviética presta aos países de democracia popular lhes permite atingir, no mais breve prazo, o mais alto nível da ciência, da técnica e da cultura modernas. A União Soviética, em sua luta extremamente difícil Pela construção do socialismo, teve de se apoiar unicamente nas próprias forças e recursos, ao passo que os países de democracia popular se apoiam no auxílio abnegado do primeiro Estado socialista existente no mundo, criado pelo gênio de Lênin e Stálin.

Os Planos Quinquenais Stalinistas

A União Soviética perdeu Lênin quando ainda éramos muito pobres, quando a indústria mal começava a restabelecer-se, quando havia penúria de víveres e ainda estavam bem vivos os restos da devastação do país causada por quatro anos de guerra imperialista e três anos de guerra civil.

Nos 26 anos decorridos, após a morte de Lênin o camarada Stálin conduz os povos e os milhões e milhões de homens da União Soviética, congregados por ele em torno do Partido Bolchevique e da classe operária. Para dar um passo tão gigantesco no terreno econômico e cultural, outros países teriam levado séculos. Por isto, esses anos entrarão na história da humanidade como os anos da época stalinista.

Toda a obra da transformação do nosso país teve lugar sob a direção imediata do camarada Stálin. Começando desde o primeiro plano econômico soviético, o plano GOELRO, (Plano de Estado para a Eletrificação da Rússia), criado nos tempos de Lênin, e terminando no plano quinquenal de após-guerra de restauração e desenvolvimento da nossa economia, o camarada Stálin aperfeiçoou a ciência soviética da planificação e provou que a planificação é uma lei objetiva do desenvolvimento da sociedade soviética, ao passo que a anarquia e a falta de planificação constituem uma lei irrevogável do capitalismo.

A particularidade característica dos planos que entraram na história sob o nome de Planos Quinquenais stalinistas, é sua realidade rigorosamente científica, que decorre da compreensão criadora da natureza do regime soviético, da compreensão de que o plano não é simplesmente um resumo das possibilidades, não é apenas directiva e previsão, mas também um balanço da atividade dos homens soviéticos, construtores do socialismo. O plano são os homens vivos, "nós e vós", ensina o camarada Stálin. É precisamente por isso que a realização dos planos soviéticos exigem uma tal soma de esforços assimilando tudo quanto é progressista e que está em desenvolvimento. Não foi por acaso que Lênin chamou o plano GOELRO o segundo programa do Partido. E assim é, pois os planos stalinistas como o programa do Partido, impelem para frente e mostram o caminho para superar as dificuldades e conquistar a vitória.

Na realização da industrialização socialista, da coletivização da agricultura e liquidação do kulak, na construção da sociedade sócialista, a questão dos ritmos representou um papel particularmente importante. Não foi por acaso que a questão dos ritmos do nosso desenvolvimento constituiu um dos problemas fundamentais que sofreram os ataques mais encarniçados dos inimigos do povo: TrótskiBukárinZinóvivev e seus comparsas. Exatamente os rítimos acelerados do nosso desenvolvimento, previstos pelos planos stalinistas durante o breve prazo da trégua, antes do começo da segunda guerra mudial, permitiram transformar a União Soviética, país de pequenas explorações agrícolas, no país da mais avançada e poderosa agricultura, baseada na coletivização total. Em todos os domínios da economia nacional, da ciência e da cultura, temos atualmente nossos próprios quadros, quadros novos e instruídos, política e tecnicamente bem preparados.

Se o camarada Stálin não tivesse manifestado tenacidade em alcançar os ritmos rápidos da industrialização e da coletivização, se o Partido tivesse seguido os "conselhos" dos restauradores de direita e não tivesse assegurado, por todos os modos, a mobilização de um país anteriormente atrazado, a segunda guerra mundial ter-nos-ia encontrado com uma indústria débil, sem uma agricultura mecanizada, avançada, sem potência industrial e, por conseguinte, sem um exército bem armado e equipado.

Atualmente, o nosso país encontra-se numa grande ascensão. O seu caminho para o comunismo, foi traçado pela mão do camarada Stálin — o arquiteto genial da sociedade comunista. Em seu discurso aos eleitores, em 1946, quando mal tínhamos começado a tratar das feridas abertas causadas ao país por uma guerra difícil e sem precedentes, o camarada Stálin falou sobre nossas tarefas imediatas e indicou uma perspectiva mais longínqua, que, agora, se desenha em toda a sua extensão. O camarada Stálin estabeleceu a tarefa de organizar um novo salto, enorme, de toda a nossa economia, nos próximos quinze a vinte anos: triplicar o volume da produção, produzir anualmente 50 milhões de toneladas de ferro fundido, 60 milhões de toneladas de aço, 500 milhões de toneladas de carvão, 60 milhões de toneladas de petróleo, um aumento correspondente de todos os outros ramos da produção e principalmente organizar um salto poderoso, nunca visto, da nossa ciência e da nossa técnica.

Tais os fundamentos da tarefa stalinista, os contornos da base material da sociedade comunista e a condição para criar uma verdadeira abundância de todos e quaisquer bens materiais e espirituais, para os trabalhadores da sociedade comunista.

A Solicitude Stalinista Pelo Povo

Toda a atividade do camarada Stálin está saturada de solicitude pelo povo, pelos milhões de homens simples. Desde os primeiros círculos operários nas oficinas ferroviárias de Tifilis até o assalto de Outubro, até a direção da obra da construção da sociedade socialista toda a atividade do camarada Stálin está impregnada de amor ao povo, de preocupação pelo seu bem-estar e desenvolvimento cultural.

Diz o camarada Stálin:

"Teria sido inútil derrubar o capitalismo em Outubro de 1917 e construir o socialismo durante anos, se não tivéssemos conseguido que os homens vivessem satisfeitos, entre nós."

O camarada Stálin fala às massas numa linguagem compreensível a cada homem simples, não gosta de disfarces, apresenta a verdade pura, qualquer que seja. Assim, falando na primeira reunião dos stakanovistas da URSS, disse o camarada Stálin:

"Seguramente, foi justo expulsar os capitalistas, expulsar os senhores de terra, expulsar os sicários tzaristas, tomar o poder e obter a liberdade. Isto foi muito justo. Mas, infelizmente, a liberdade somente está longe de bastar. Se falta o pão, se faltam a manteiga e as gorduras, se faltam os tecidos, se as habitações são más, somente com a liberdade não se irá longe. É muito difícil, camaradas, viver somente com a liberdade. Para que seja possível viver bem e alegremente, é necessário que os benefícios da liberdade política se completem com os benefícios materiais."

A nossa revolução, a ditadura do proletariado, conquistada nos combates históricos de Outubro, deu ao povo não somente a liberdade como também os benefícios materiais, a possibilidade de uma vida abastada e civilizada.

Quaisquer que sejam as tarefas econômicas e políticas a serem realizadas, o camarada Stálin nunca perdia de vista as necessidades do povo, as necessidades dos homens simples. Daí sua preocupação especial com o desenvolvimento da produção de artigos de primeira necessidade, com o desdobramento, em todos os sentidos, da indústria alimentícia, com a produção de víveres de qualidade superior, com a criação da verdadeira abundância, com a baixa sistemática dos preços e com o desenvolvimento, em todos os sentidos, do comercio soviético nas cidades e nos campos.

Sem essa solicitude especial do camarada Stálin, não teríamos em nosso país, nem uma rede de combinados da indústria da carne, nem fábricas de conservas e usinas de açúcar, nem uma frota de pesca, tudo isso construído com o mais moderno equipamento, nem tudo quanto foi criado e está sendo criado, em nosso país, no domínio da indústria alimentícia.

O camarada Stálin ensina:

"O socialismo só pode ser construído na base do desenvolvimento impetuoso das forças de produção da sociedade, na base da abundância dos produtos, e das mercadorias, na base da vida abastada dos trabalhadores, na base do desenvolvimento impetuoso da cultura, pois o socialismo, o socialismo marxista, não significa a redução das necessidades pessoais, mas sua ampliação e expansão por todos os modos, não a limitação ou a renúncia à satisfação dessas necessidades, mas a satisfação completa e integral de todas as necessidades de trabalhadores cultos."

O amplo desenvolvimento da indústria alimentícia, realizado sob a direção do camarada Stálin, tornou-se possível graças à vitória do socialismo na agricultura, que criou uma base sólida e crescente de materias primas para a indústria. Formaram-se novas relações, estáveis, organizadas segundo um plano, entre a indústria alimentícia e a agricultura socialista, o que assegurou o desenvolvimento incessante desses ramos da economia, seu aperfeiçoamrnyo permanente no terreno da técnica e da organização, sua ampliação e seu melhoramento.

Nos próximos três a quatro anos, terá um desenvolvimento poderoso a indústria de producao da manteiga, do queijo, e de outros produtos do leite e da carne, de alta qualidade. Isso será uma consequêncla do plano de aceleração do desenvolvimento da pecuária socialista, aprovado recentemente por iniciativa do camarada Stálin, plano que se apoia nos êxitos já conquistados da agricultura socialista e na criação de uma base forrageira. O plano prevê que os rebanhos de gado bovino, pertencentes à coletividade, sejam mais que duplicados, como também os produtos resultantes da criação de gado. Graças a esse plano, a indústria receberá uma enorme quantidade de carne e de leite.

O dever de todos os trabalhadores da industria alimentícia — desde o operário até o engenheiro e o diretor — é elevar ainda mais a técnica da produção alimentícia, fornecer artigos de qualidade sempre melhor, de gosto cada vez mais apurado e com maior valor nutritivo; zelar mais pela sua apresentação, assegurar condições sanitárias impecáveis na sua produção e em seu tratamento, respeitando-se rigorosamente os esquemas tecnológicos da produção, de acordo com as exigências da ciência e mantendo-se sem desvios o sistema estabelecido de preparação dos produtos alimentícios.

A Doutrina Stalinista da Crítica e Autocrítica

Na doutrina do camarada Stálin sobre a sociedade socialista e as leis do nosso desenvolvimento, a questão da crítica e autocrítica tem um lugar especial. Em todas as etapas da luta pelo socialismo, o camarada Stálin conclamou o Partido e o povo a desenvolverem a crítica e a autocrítica, vendo nelas a poderosa força motriz da nossa marcha para frente, um meio de desdobrar a iniciativa criadora das massas, um melo de luta contra o burocratlsmo e contra todas as nossas falhas.

Na carta a Máximo Górki, publicada recentemente, o camarada Stálin escreveu, em 1930:

"Nós não podemos passar sem autocrítica. Não podemos de modo algum, Alexei Maximóvitch. Sem ela, são inevitáveis a estagnação e a decomposição do aparelho, o burocratlsmo aumentará e a iniciativa criadora da classe operária ficará comprometida."

O camarada Stálin encara a crítica e a autocrítica como a pedra angular da construção vitoriosa do Partido Bolchevique e do Estado socialista. A crítica e a autocrítica são necessárias para acelerar os ritmos do progresso científico e técnico do país, acelerar o aumento das forças de produção, o florescimento econômico e cultural do Estado soviético.

O camarada Stálin acentuou mais de uma vez que os organizadores soviéticos bolcheviques têm a obrigação de limpar o caminho para tudo quanto é novo e progressita na vida social, na ciência, na técnica e na arte, sabendo repelir tudo quando envelheceu e apodreceu.

O camarada Stálin ensina que, em nossa vida, sempre algo perece, sempre nasce algo de novo. Mas o velho nunca cede lugar, voluntariamente, ao novo. O novo não surge simplesmente, de golpe, e sim numa luta tenaz, defende o seu direito à existência.

Diz o camarada Stálin:

"A luta entre o velho e o novo, entre o que perece e o que nasce eis o fundamento do nosso desenvolvimento. Não notando e não revelando, franca e honestamente, como convém aos bolcheviques, as falhas e os erros do nosso trabalho, fechamos para nós o caminho que nos conduz para frente. Mas queremos avançar. E exatamente porque queremos avançar, devemos encarar como uma das nossas tarefas mais importantes, a autocrítica honesta e revolucionária. Sem isto, não há movimento para frente. Sem isto, não há desenvolvimento."

De acordo com a doutrina do camarada Stálin, em ligação indissolúvel com a crítica e a autocrítica encontra-se a emulação socialista

— "a alavanca com o auxílio da qual a classe operária está chamada a transformar toda a vida econômica e cultural do pais na base do socialismo."

A emulação socialista entrou na vida diária dos homens soviéticos, abarcou todos os ramos do trabalho, tornou-se o movimento mais invencível da atualidade e, na definição do camarada Stálin, é o método comunista da construção do socialismo.

O povo soviético termina vitoriosamente a construção da sociedade socialista e chegará ao comunismo, combinando, de um modo staliniano, a crítica e a autocrítica com a emulação socialista, pois, como diz o camarada Stálin,

"a emulação socialista é a expressão da autocrítica revolucionária, concreta das massas, que se apoia na iniciativa criadora de milhões de trabalhadores."

Por isto, o desenvolvimento da crítica e da autocrítica, por todos os meios, a conquista de todos os trabalhadores à emulação socialista, constituem uma condição necessária da nossa marcha para frente, um meio decisivo para superar o velho, que passou de tempo, e para fazer triunfar tudo quanto é novo, comunista. Por isto, o camarada Stálin encara a emulação socialista, a crítica e a autocrítica, como leis especiais, forças motrizes fundamentais do desenvolvimento da sociedade socialista.

O Grande Arquiteto do Comunismo

O Camarada Stálin desenvolveu e elevou a uma altura colossal a teoria marxista-leninista, armando o Partido Bolchevique, elaborou a teoria da construção da sociedade socialista, fundamentou a possibilidade da vitória do socialismo num só país e assegurou praticamente a vitória do regime socialista na sexta parte do globo terrestre. Na luta de morte contra as forças sombrias do imperialismo, o camarada Stálin defendeu o primeiro grande Estado socialista, consolidando e multiplicando suas forças.

O camarada Stálin é o grande continuador da obra de Lênin.

O camarada Stálin é o Lênin de hoje.

O camarada Stálin é o gênio do socialismo.

O camarada Stálin é o grande arquiteto do comunismo.

No dia do seu 70.° aniversário, desejamos ao camarada Stálin longos anos de vida e que nos conduza da vitória do socialismo à vitória do comunismo.


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Inclusão 22/12/2010