Resumo da História do Partido do Trabalho da Albânia


Capítulo III - A Imprensa Dirigida pelos Comunistas


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Os acontecimentos de 1936 (greves, manifestações contra a fome, a grande manifestação «demonstração pelo pão») comprovaram o crescimento da influência dos comunistas entre as massas, mas estes êxitos eram limitados a certas regiões do país. O trabalho político para desmascarar o regime e a sua política antipopular e antinacional, os comunistas faziam-no só por meio da agitação individual. A severa censura zoguista não lhes permitia expressar abertamente os seus pontos de vista na imprensa. Porém, os seus escritos, de um espírito progressista democrático conseguiam-se publicar nos órgãos da imprensa burguesa. A facção comunista do Comité de Libertação Nacional (ICONARE) tinha publicado em 1934 e 1935, dois folhetos em que se descrevia a degenerescência total do regime e se desmascarava o seu carácter reaccionário. Estes folhetos expunham o novo programa do movimento popular da Albânia, no qual já se previa a organização da insurreição armada das massas populares dirigidas pela classe operária, para destruir o regime de Zog e instaurar a República Popular. Por sua parte, o Grupo Comunista Albanês de Lyon (França) publicava já o jornal combativo anti-zoguista e antifascista «Populli» (Povo) que mais tarde foi substituído pelo jornal «Sazanis». Mas estes materiais difundiam-se muito pouco na Albânia, fundamentalmente só em limitados círculos intelectuais.

A necessidade de desenvolver os ideais democráticos, antifeudais e anti-imperialistas dentro do país exigia que os comunistas usassem novas formas de trabalho. Haviam começado a aproveitar com êxito as associações culturais e artísticas. A associação «Besa Hbqiptare» (Lealdade albanesa) criada desde 1929 pelos alunos do instituto de Shkodre, e o grupo teatral da associação «Puna» de Korcha. ganharam popularidade com os seus espectáculos teatrais de espírito patriótico, democrático e anti-imperialista. À parte isso, as diversas organizações comunistas tomaram medidas para a publicação de órgãos legais que se convertiam em tribuna própria e dos elementos progressistas do país. Os comunistas das organizações de Tirana e de Korcha aproveitaram imediatamente as circunstâncias criadas quando assumiu o poder e governo «liberal» e publicaram os seus órgãos, os quais encontraram grande divulgação em todo o país (exemplo da revista «Mundo Novo»).


Inclusão 22/05/2014