Dicionário político

Congresso de Basileia

1) 1869: Trata-se do Congresso de Basileia da Internacional, realizado em 6-11 de Setembro de 1869, no qual, a 10 de Setembro, foi aprovada a seguinte proposta dos partidários de Marx sobre a propriedade fundiária: «1) A sociedade tem o direito de abolir a propriedade privada da terra e de a transformar em propriedade social. «2) É indispensável abolir a propriedade privada da terra e transformá-la em Propriedade social.» No Congresso foram também adoptadas resoluções sobre a unificação dos sindicatos à escala nacional e internacional e uma série de resoluções com vista ao reforço orgânico da Internacional e ao alargamento dos poderes do Conselho Geral.

2) 1912: Congresso de Basileia: congresso socialista internacional extraordinário realizado em Basileia em 24 e 25 de Novembro de 1912. O congresso foi convocado para solucionar a questão da luta contra o perigo da guerra mundial imperialista, perigo que aumentou ainda mais depois do início da primeira guerra balcânica. No congresso participaram 555 delegados. No dia da abertura do congresso realizou-se uma concorrida manifestação anti-militarista e um comício internacional de protesto contra a guerra.
Em 25 de Novembro foi aprovado no congresso, por unanimidade, o manifesto sobre a guerra. O manifesto prevenia os povos sobre o perigo da guerra mundial que se avizinhava. Mostrava os objectivos espoliadores da guerra que os imperialistas preparavam e exortava os operários de todos os países a travar uma luta decidida pela paz, contra o perigo da guerra, a «contrapor ao imperialismo capitalista a força da solidariedade internacional do proletariado». Caso surgisse a guerra imperialista, o manifesto recomendava aos socialistas que utilizassem as crises económica e política provocadas pela guerra para lutar pela revolução socialista.
Os dirigentes da II Internacional (Kautsky, Vandervelde e outros) votaram no congresso pela aprovação do manifesto contra a guerra. Porém, uma vez iniciada a guerra mundial imperialista, eles deixaram no esquecimento o Manifesto de Basileia, assim como outras resoluções dos congressos socialistas internacionais sobre a luta contra a guerra, e passaram-se para o lado dos seus governos imperialistas.