Discurso no XX Congresso do PCUS

G. K. Jukov

Fevereiro de 1956


Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 73 - Mar-Jun de 1956.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo
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Camaradas!

A grande atividade política no trabalho, com a qual o povo soviético acolhe o XX Congresso de nosso Partido, comprova sua confiança ilimitada e seu integral apoio à política do Partido Comunista, que luta incansavelmente pelo interesse do povo, pela vitória do comunismo em nosso país e pela paz em todo o mundo. (Aplausos.)

Os membros das Forças Armadas, assim como todo o povo soviético chegam ao XX Congresso estreitamente coesos em torno do seu querido Partido Comunista. Os soldados soviéticos são ilimitadamente dedicados a seu povo, ao Partido Comunista e ao governo soviético, estão sempre. prontos a cumprir com honra e dignidade seu dever militar para a defesa de nossa querida pátria. (Aplausos.)

Camaradas! O Partido e o governo tudo fazem para manter a paz, e para reforçar a confiança e a amizade entre os povos. Com o objetivo de aliviar a tensão internacional e estabelecer a confiança entre os diferentes países, o governo soviético apresentou propostas para a redução dos armamentos, para a interdição das armas de destruição em massa e, ao mesmo tempo, tomou medidas concretas para reduzir suas Forças Armadas. Em agosto do ano passado o governo soviético tomou a resolução de reduzir os efetivos das Forças Armadas da União Soviética em 640.000 homens. Informo o XX Congresso que essa resolução, tomada pelo Ministério da Defesa, foi cumprida totalmente e no prazo estabelecido. (Aplausos.)

Ao lado da redução do Exército, nosso governo reduzirá, em 1956, as despesas militares em cerca de 10 bilhões de rublos. Retiramos nossas forças das bases militares de Porto Athur e de Porkkala-Udd e as desmobilizamos.

Procurando aliviar a tensão internacional e estabelecer a confiança entre os países, seguiram o exemplo da União Soviética os países de democracia popular — Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária e Albânia — que reduziram suas Forças Armadas em 180 mil homens. Tudo isso quer dizer que a União Soviética e os países de democracia popular não em palavras mas de fato tomam medidas para aliviar a tensão internacional. (Aplausos.)

O povo soviético acredita firmemente na vitória da política leninista de cooperação internacional, que é a única política justa.

A acolhida sinceramente cordial prestada pelos povos da Índia, da Birmânia e do Afeganistão aos camaradas Kruschiov e Bulgânin, que visitaram esses países, comprova de maneira convincente a atitude dos povos em relação à política leninista de coexistência pacífica. (Aplausos.)

No entanto, o povo soviético não pode deixar de considerar que a política de cooperação internacional depara com a resistência dos círculos agressivos dos países capitalistas. Uma das causas principais da tensão internacional é a política «de posições de força» seguida pelos Estados Unidos, que engendra à corrida armamentista, os sistemas de blocos militares e de agrupamentos fechados hostis ao campo socialista. Apesar de certo alivio na tensão internacional, os principais países capitalistas não reduziram suas Forças Armadas, e continuam a fazer esforços para ampliar os blocos, para aumentar os orçamentos militares e acelerar a corrida aos armamentos.

A sessão realizada em dezembro pelo Conselho do Bloco do Atlântico Norte, ao qual se acha atualmente incluída a República Federal Alemã, manifestou-se pelo armamento do Exército da NATO com a arma atômica, pelo aumento das Forças Aéreas militares na Europa Ocidental e pelo aceleramento do armamento da Alemanha Ocidental. Os políticos americanos e ingleses depositam esperança particular nas Forças Armadas da Alemanha Ocidental, considerando-as como as Forças de terra fundamentais na Europa Ocidental. Não poupam recursos para armar o mais rapidamente possível o Exército da Alemanha Ocidental, inclusive com arma atômica. Ao mesmo tempo, zelam no sentido de que o Exército da Alemanha Ocidental tenha, já agora, possibilidade de acumular experiência de luta. Para esse fim, um ex-general hitlerista, Heizinger, atualmente presidente do Conselho Militar supremo da República Federal Alemã, recomenda utilizar, segundo sua expressão, «a oportunidade que a Argélia e o Marrocos nos oferecem», para que as Forças da Alemanha Ocidental possam adestrar-se num «verdadeiro combate.»

Com essas considerações perigosas para a causa da paz, de um dos dirigentes militares da Alemanha Ocidental, estão plenamente de acordo os planos de criação de divisões de desembarque aéreo especiais que integrem as Forças da Alemanha Ocidental e que ficarão à disposição do comando supremo da NATO para serem utilizadas nos chamados «conflitos locais». Falando mais precisamente, essas divisões de desembarque aéreo preparam-se para sufocar os povos que lutam contra a escravidão colonial e pela independência nacional.

Assim, na Alemanha Ocidental ressurgem novamente as forças agressivas que, em passado recente, provocaram incontáveis calamidades, trouxeram desgraças e sofrimentos aos povos da Europa e ao próprio povo alemão. Vê-se que nem todos os homens de Estado e os políticos dirigentes da Alemanha Ocidental aprenderam com a catástrofe nacional que o povo germânico teve que suportar em consequência da criminosa política de aventuras de Hitler e de seus inspiradores, os militaristas alemães.

Quanto ao povo alemão, estamos certos de que não esqueceu nem esquecerá o derramamento de sangue, as calamidades e os sofrimentos que lhe causaram a guerra organizada pela criminosa direção fascista. Estamos certos de que o povo alemão lutará firmemente pela paz e não permitirá que uma nova guerra seja desencadeada em sua querida terra. (Aplausos.)

No Extremo Oriente fazem-se esforços quase idênticos para ressuscitar o militarismo nipônico, apesar dos desejos manifestados pelo povo japonês que, com sua própria experiência trágica, conheceu a força destruidora das bombas atômicas atiradas sobre Hiroshima e Nagasaki.

Outra causa importantíssima da tensão internacional é a existência de bases militares dos Estados Unidos cm territórios alheios. O governo dos Estados Unidos da América não só não liquidou nem uma de suas numerosas bases na Europa, Ásia e África, como, ao contrário, não mediu recursos para ampliá-las e para construir novas bases.

Os políticos dos Estados Unidos tentam atribuir a essas bases importância defensiva. Entretanto, todos aqueles que conhecem o á-bê-cê da arte militar, compreendem que bases militares distantes do território de seu país, a milhares quilômetros, não podem servir para defesa. É impossível deixar de observar, também, o fato de que os governos dos países que concederam seus territórios para as bases militares americanas brincam com fogo e sacrificam os interesses nacionais dos povos de seus países, ameaçam suas vidas, porque, pela lógica da luta armada, essas bases estarão sujeitas aos golpes dos adversários, independentemente do país em que estejam situadas. (Aplausos.)

Recentemente o secretário de Estado Dulles louvou pela imprensa a política exterior de seu país. A despeito de fatos conhecidos por todos, tentou demonstrar que a política «de posições de força» e que as ameaças francas de empregar as armas atômicas teriam contribuído para cessar as operações militares na Coréia e na Indochina e evitado o início de operações militares na região da Ilha Formosa. Dulles formulou a seu modo até mesmo a teoria sui generis da «guerra fria» — «estar nas fronteiras da guerra, embora ainda não na guerra». A ampla opinião pública mundial e inclusive a opinião pública progressista dos Estados Unidos condenaram devidamente essas idéias hostis à causa da paz.

Desejaria chamar a atenção para as reiteradas afirmações de certas personalidades dos Estados Unidos sobre a disposição de ajudar Chiang Kai Shek pela força das armas americanas e com o emprego de bombas atômicas a continuar na ocupação da Ilha Chinesa de Formosa e de outras ilhas litorâneas da China.

Como se sabe, a Ilha de Formosa pertence à República Popular Chinesa e só podem dispor de seus destinos o povo chinês e seu governo e não Chiang Kai Shek e o governo dos Estados Unidos da América. O povo chinês não se deixa atemorizar palas ameaças militares, não é constituído de pusilânimes, e, como já demonstrou, sabe defender-se. (Tempestuosos aplausos.)

O próprio povo chinês deve resolver seus problemas sem a interferência de outros países. Saudaríamos sinceramente o governo dos Estados Unidos, se esse passasse das palavras sobre «direitos do homem à liberdade», contidas na chamada «Declaração de Washington», firmada por Eisenhower e Eden, à ação e cessasse a interferência nas questões internas da China e de outros países. (Aplausos.)

Lamentavelmente, toda a prática das relações internacionais entre os países capitalistas comprova que determinados círculos desses países não estão interessados no estabelecimento de uma paz sólida, da confiança e da amizade entre os povos, e sim na corrida aos armamentos, no estímulo ao medo e à falta de confiança na possibilidade de coexistência pacífica com os países do campo socialista.

Nesse sentido, considero meu dever informar resumidamente ao Congresso sobre as tendências fundamentais no desenvolvimento das Forças Armadas dos maiores países capitalistas, e em primeiro lugar dos Estados Unidos.

Estes dedicam sua principal atenção à arma atômica, à fabricação de toda uma série de modelos que se distinguem pela diversidade de sua capacidade explosiva e também à elaboração dos meios de utilizar armas atômicas na aviação, na armada, na artilharia, em aparelhos de propulsão a jacto.

No sistema de blocos militares, os Estados Unidos monopolizam em suas mãos a criação de uma poderosa aviação estratégica e de aviões equipados com armas atômicas, tencionando empregá-los principalmente a partir das bases militares e aéreas dispostas em torno da União Soviética. A seus sócios dos blocos militares atribuem a criação de Forças de terra, de aviação para as linhas de frente e de forças auxiliares, contando principalmente com as Forças Armadas da Alemanha Ocidental. As forças de terra são fortalecidas com veículos blindados e armas antitanque, com artilharia móvel ou com artilharia atômica. Dedica-se atenção principal ao estudo das formas de ação das tropas nas condições do emprego da arma atômica.

No preparo da armada, a atenção principal dirige-se para a criação de meios que assegurem os transportes marítimos a grandes distâncias, o desembarque de forças e criação de meios de defesa contra os submarinos, e contra os porta-aviões. Realizam-se grandes trabalhos para armar os navios de guerra e os submarinos com armas foguetes.

Nas declarações feitas por políticos é militares dos Estados Unidos, ultimamente, manifesta-se com frequência cada vez maior o pensamento de que a estratégia americana deve basear-se na utilização da arma atômica — dizem eles — «com objetivos táticos», isto é, dentro dos limites de operações nos campos de batalha e nos teatros de operações militares.

O que revelam essas afirmações? Levando em conta a situação geográfica da América, estes senhores preocupam-se com que a arma atômica seja empregada principalmente no território da Europa, e, evidentemente, longe dos centros industriais da América.

Evidentemente, os monopolistas americanos compreendem que devem contar com ataques atômicos de represália e não se preocupam, se, no curso da luta armada, forem exterminados milhões de homens e imensos valores nos países seus aliados Alemanha Ocidental, Itália, França, Inglaterra e outros.

Estes «estrategistas finórios» poderão realizar seus intentos? Não, não poderão. Hoje já não é possível guerrear sem estar sujeito aos golpes de represália. Se quiserem desfechar ataques atômicos contra os adversários, deverão estar preparados para receber os mesmos golpes e, talvez, golpes mais poderosos, desfechados pelo adversário. (Tempestuosos aplausos.)

A guerra é um processo ativo de luta entre dois lados. Pertencem ao passado as expedições militares punitivas e as guerras coloniais dos séculos XVIII e XIX. Além disso, é duvidoso que os povos da Europa queiram salvar, ao preço do seu extermínio, o bem-estar dos monopolistas de além-mar que sonham também no futuro tirar as castanhas do fogo com mãos alheias, como o conseguiram nas guerras passadas.

Camaradas! A União Soviética a ninguém ameaça e não pretende atacar ninguém. No entanto, pelo fato de que o acordo sobre a redução das Forças Armadas e a interdição da arma atômica ainda não foi realizado, e também em virtude de que a segurança coletiva na Europa ainda não foi criada, de que por enquanto ainda não há garantias reais para uma paz sólida, somos forçados a possuir Forças Armadas capazes de defender com segurança os interesses de nossa pátria, e para que nenhuma provocação dos inimigos nos apanhe desprevenidos. (Aplausos tempestuosos e prolongados.)

O povo soviético, entregue ao trabalho pacífico, não pode deixar de ter em mente os preparativos militares que se realizam nos países capitalistas. Se a situação internacional se tornar menos tensa e se forem criadas novas garantias para a paz, estamos dispostos a fazer uma nova redução em nossas Forças Armadas.

Na construção das Forças Armadas Soviéticas partimos da consideração de que os métodos e as formas das guerras futuras serão muito distintos daqueles que vigoraram das guerras passadas.

A guerra futura, se a desencadearem, se caracterizará pelo emprego em massa de forças aéreas e militares, armas foguetes de diferentes tipos e diferentes meios de extermínio em massa, como as armas atômica, termonuclear, química e bacteriológica. No entanto, somos de opinião que os armamentos modernos, inclusive os meios de extermínio em massa, não reduzem a importância decisiva das forças de terra, da Armada e da aviação. Sem forças de terra poderosas, sem uma aviação estratégica, que alcance longas distâncias, sem uma Armada moderna e sem a ação conjugada de todas elas, não será possível lutar com êxito.

Graças ao zelo permanente demonstrado pelo Partido e pelo governo com relação à capacidade de defesa de nosso país, as Forças Armadas soviéticas foram transformadas radicalmente e, no sentido qualitativo, muito avançaram em relação ao nível em que se encontravam em fins da Grande Guerra patriótica. As imensas possibilidades que a economia soviética oferece, sobretudo as grandes conquistas da indústria pesada, permitiram reequipar nosso Exército, Aviação e Armada, com equipamentos militares de primeira classe. A organização das forças e seu preparo são realizados de acordo com as exigências da nova técnica militar.

Em nossas Forças Armadas aumentou muito o peso específico das Forças Aéreas, militares e da defesa antiaérea. A mecanização e a motorização do Exército são completas. As Forças Armadas Soviéticas possuem, hoje, armas atômicas e termonucleares de diferentes tipos, poderoso armamento em foguetes de vários modelos à propulsão inclusive foguetes para a ação a longa distância. (Aplausos.)

As divisões de infantaria estão equipadas com armamento novo, mais eficiente e totalmente mecanizadas. Em sua composição estão incluídos tanques de elevada qualidade, e peças de artilharia automóveis. As divisões mecanizadas e de tanques, por seu poderio militar, capacidade de manobra e de ações independentes, superam as divisões mecanizadas e de tanques na guerra passada. Quanto à artilharia, conseguimos grandes êxitos em seu melhoramento quantitativo.

O Comitê Central do Partido e o governo dedicam atenção especial ao desenvolvimento da Força Aérea, como importantíssimo meio para garantir a segurança de nossa pátria. Atualmente dispomos de aviação a jacto de primeira classe, capaz de resolver qualquer problema que surgir em caso de agressão. (Aplausos.)

Na construção da Armada partimos da consideração de que a luta nos mares, na guerra futura, adquirirá importância consideravelmente maior do que na guerra passada. Atualmente, nossa Armada, em conjunto com o Exército e a Aviação, está habilitada a defender com segurança as fronteiras marítimas de nossa pátria.

Levando em conta as ameaças aéreas, particularmente dos foguetes de ação a longa distância, e também o desenvolvimento da aviação estratégica a jacto, realizamos um grande trabalho para garantir a defesa antiaérea do país. Atualmente a defesa antiaérea dispõe de aviação moderna provida de bombardeiros com velocidade supersônica, de artilharia antiaérea de elevada qualidade, de foguetes antiaéreos e outros meios para garantir a defesa.

Permití-me, camaradas, expressar, em nome das Forças Armadas, profundo reconhecimento a nossos sábios, projetistas, operários, engenheiros e técnicos da indústria bélica que, com seu trabalho abnegado e rico em iniciativas, fornecem ao Exército soviético, à Aviação e à Armada equipamento e armamento de elevada qualidade. (Aplausos.)

Nos últimos anos realizamos nas Forças de Terra, na Aviação e na Armada um grande trabalho para ensinar aos soldados a arte das operações militares com o emprego da arma atômica e os demais novos métodos de luta. As divisões e destacamentos de todos os tipos das Forças Armadas conseguiram a necessária prática, da solução dos problemas militares numa complexa situação em terra, ar e mar.

Nossas vitórias na Grande Guerra patriótica muito dependeram da superioridade da arte militar soviética, que se orienta firmemente pela teoria marxista-leninista. A ciência militar soviética pôde generalizar no período de após-guerra, a experiência da guerra e o desenvolvimento subsequente da técnica e, à base disso, orientar com acerto a organização e preparação de nossas Forças Armadas.

Considerando o progresso científico e técnico, o surgimento de novos meios de extermínio e da técnica militar, é nosso dever continuar a definir em tempo os métodos e formas mais convenientes da luta armada, pesquisá-los sob todos os seus aspectos e introduzi-los no preparo de nossos soldados.

Consideramos que a técnica militar — até mesmo a mais eficaz — por si mesma não pode decidir do resultado da luta e das operações, não pode alcançar a vitória. O resultado da luta armada será decidido, também nas guerras futuras, pelos homens que dominem com perfeição a técnica militar, acreditem na justeza dos objetivos da guerra, sejam profundamente dedicados ao seu governo e estejam sempre dispostos a defender os interesses do seu povo. (Aplausos.)

A partir do XIX Congresso do Partido, os comandantes, os órgãos de educação política e as organizações partidárias nas Forças Armadas alcançaram, sob a direção do Comitê Central do Partido, novos êxitos na educação político-militar dos efetivos das Forças Armadas. No entanto, é necessário que ainda muito trabalhemos por melhorar toda a atividade político-partidária entre a tropa, conseguindo ligá-la estreitamente às tarefas práticas relativas à elevação da qualidade do preparo militar dos soldados e ao reforço da disciplina militar.

As Forças Armadas soviéticas dispõem de quadros experientes, capazes de resolver com êxito os problemas relativos ao ensino e educação dos soldados. Nossos comandantes de divisões e destacamentos são marechais, generais e oficiais de mérito, possuidores de rica experiência de luta na Guerra Patriótica e que, por mais de uma vez demonstraram a sua perícia em dirigir com êxito os soldados nas lutas e operações. (Aplausos.)

Camaradas! Devo observar com satisfação que na elevação da capacidade de luta das Forças Armadas tem importância essencial a circunstância de que a juventude que, nos últimos anos, fez o serviço militar, é capaz por seu nível de educação geral, técnico e cultural, de dominar, em prazos bastante curtos, a moderna e complexa técnica militar.

Em consequência da redução dos efetivos das Forças Armadas, certa parte dos convocados não deverá posteriormente voltar ao Exército. Devemos tomar medidas para que os jovens isentos da convocação possam adquirir hábitos militares também fora do Exército, indispensáveis para cumprirem seu dever de defesa da pátria. Por força disso, o trabalho da sociedade de voluntários para a cooperação com o Exército, a Aviação e a Armada precisa ser melhorado. O Komsomol leninista, as escolas subordinadas ao Ministério de Educação e os Liceus de reserva do trabalho devem tudo fazer para que a juventude de nosso país seja educada ainda melhor no sentido da resistência física, da disciplina, no espírito da atitude comunista para com o trabalho, no espírito do amor e da dedicação ao seu povo e na disposição constante de defender com honra nossa pátria socialista. (Aplausos.)

A tarefa de defender a retaguarda do país nunca se apresentara ainda de maneira tão aguda como nas condições atuais. A segurança do cidadão soviético exige novos esforços para melhorar a organização da defesa antiaérea local e o preparo correspondente de toda a população nas organizações civis.

Camaradas! Em conjunto com as Forças Armadas da União Soviética, em defesa da paz e da segurança de seus povos, estão as Forças Armadas da grande República Popular Chinesa e dos demais países de democracia popular. (Prolongados aplausos.)

Nossas Forças Armadas e os exércitos de nossos aliados representam uma família realmente fraternal e amistosa de soldados que lutam por um futuro luminoso para seus povos e que estão dispostos, sem poupar a vida, a defender os interesses fundamentais de seus povos. Nisso está a nossa superioridade sobre as Forças Armadas do campo capitalista. (Tempestuosos aplausos.)

Permití-me, camaradas, afirmar ao XX Congresso de nosso querido Partido Comunista, ao governo soviético, a todo o nosso povo, a todos os nossos amigos, que as Forças Armadas da União Soviética estão sempre prontas para cumprir com honra e dignidade seu dever para com a pátria. (Tempestuosos eprolongados aplausos.)


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Inclusão 26/12/2011