Marxismo e o Negro
(parte 1)

Harold Cruse

Maio de 1964


Primeira Edição: ....
Fonte: Marxism and the Negro Struggle
Tradução: Juventude do PSTU
HTML: Fernando A. S. Araújo.
Direitos de Reprodução: Licença Creative Commons licenciado sob uma Licença Creative Commons.

capa

Quando o Socialist Workers Party (trotskista) anunciou, em 14 de janeiro, no New York Times, que indicou um negro, Clifton DeBerry, para concorrer à presidência, isso nos deu a oportunidade de discutir em profundidade uma questão que há tempos tem agitado vários indivíduos, amigos ou inimigos: sobre a relação entre o marxismo e o movimento negro na América de hoje. Nós enfatizamos “hoje” porque há alguns anos era impossível ser objetivo sobre isso conquanto o movimento marxista, representado pelo Partido Comunista, era tão indissoluvelmente ligado com praticamente tudo o que os negros tentavam fazer, que era impossível não achar um ou dois comunistas envolvidos se alguém olhasse perto o suficiente. Assim, alguns assuntos relevantes sobre marxismo foram distorcidos e confundidos por uma barreira de negações acaloradas e acusações sobre a “Ameaça Vermelha”.

Hoje em dia, a relação entre o movimento negro e o movimento marxista passou por uma sucessão de mudanças qualitativas de ambos os lados. Hoje o movimento negro se desenvolveu até o seu mais alto grau de alcance organizacional e independência programática neste século. Nesse período, a tendência dominante no marxismo norte-americano, o Partido Comunista, caiu para o status de um setor fraco e intelectualizado, criando um vácuo na política “revolucionária” o qual os trotskistas estão tentando desesperadamente preencher. Mas o eclipse do marxismo do Partido Comunista andou lado a lado com a queda do radicalismo sindicalista (labor union radicalism) na América. O trabalhador branco (assim diferenciado do trabalhador negro) ficou conservador, pró-capitalista e fortemente anti-Negro. Isso criou um dilema sério e praticamente insolúvel para o movimento marxista porque a teoria e prática do marxismo é baseada na suposição de que o trabalhador branco, tanto organizado quanto desorganizado, precisa ser um ativista (radical), uma força anti-capitalista na América e precisa formar uma “aliança” com os negros pela libertação tanto do trabalho quanto do negro da exploração capitalista. Não importa o quanto os fatos da vida revelem o contrário, não importa o que o marxismo diz ou faz em termos de “táticas” momentâneas, isso é o que o marxismo acredita, e precisa acreditar ou deixar de funcionar como uma tendência marxista. A máxima de Karl Marx no assunto era:

“O trabalhador branco não pode se emancipar onde o negro é estigmatizado”.

Hoje, os trotskistas se consideram os marxistas mais “ortodoxos”.

O fato é que o trabalhador branco na América de hoje é claramente antipático tanto à “emancipação” dos trabalhadores como dos “pequeno-burgueses” ou “intelectuais” negros — como os marxistas gostam de dizer — põe, como foi dito, um sério dilema aos marxistas revolucionários. Por outro lado, o crescimento do movimento negro como uma força radical ascendente na América desconcertou completamente a teoria marxiana e força os marxistas a adotarem táticas momentâneas às quais eles essencialmente não acreditam. Sintetizando, eles viraram oportunistas. Aqui nos referimos aos marxistas brancos; os negros são outra questão a qual é atualmente personificada na pessoa de DeBerry. Entretanto, a realidade na América de hoje força os marxistas a tratar com o movimento negro como a real (de facto, sublinhado no original) força radical mas isso não esconde o fato de que o movimento marxista está numa crise séria. Além do mais, o quanto mais o movimento negro vira uma força independente, mais os marxistas se esforçam para aliar a si próprios com o movimento negro, porém mais profunda a crise fica para o próprio movimento marxista. Por “aliança” entendemos a situação na qual o negro é mais um o qual os marxistas dominam para não serem absorvidos. Essa “aliança” tem como objetivo construir o partido marxista, não o movimento negro, a fim de resgatar os marxistas de sua própria crise. Na matéria do inverno de 1963 da International Socialist Review, os trotskistas, discutindo sobre o “movimento” Freedom Now, diziam:

As tarefas atuais do SWP em conexão com a luta negra pela libertação são:

(4) Expandir e fortalecer a estrutura de quadros e as forças das organizações negras e dos movimentos pelos direitos civis, por: (a) recrutar negros revolucionários e auxiliá-los na formação para a direção do partido e do movimento de massa.

Em outro lugar os trotskistas dizem:

Da mesma maneira a influência da revolução colonial… Sobre os elementos de vanguarda do movimento negro tem ajudado a preparar o surgimento de uma nova ala esquerda radical. Em todos esses casos, é tarefa dos marxistas revolucionários procurar ganhar os melhores elementos dessa nova vanguarda emergente para o trotskismo.

Entretanto, o real assunto em pauta é: quem é destinado a ser a força radical dominante e decisiva na América – Radicais negros ou radicais brancos. E essa é uma questão que irá e precisa ser colocada fora do alcance de qualquer “teoria” existente, marxista ou qualquer outra, porque não há “teoria” que cobre tal desenvolvimento. Tal teoria americana (se tal foi algum dia escrita) tem de vir de negros. Assim, nós temos a situação mais sem precedentes já vista no mundo ocidental – um movimento marxista com uma teoria social supra-temporal que não funciona nas massas e um movimento negro de massas, dinâmico e viável o qual é frustrado por não ter uma teoria social ou programa para levar adiante. O desenvolvimento histórico mundial trouxe tanto a velha tradição marxista quanto o novo movimento negro face a face em cada lado de um profundo impasse. Os trotskistas, sendo os mais astutos dentre os marxistas, construíram a ponte sobre o abismo lançando um candidato negro para presidente! Mas esse gesto desesperado não consegue curar a crise marxista pelo recrutamento dos talentos negros. Além do mais, esse não é o remédio correto para o que realmente aflige o movimento negro nessa conjuntura. É exatamente a mesma coisa que oferecer a um homem pobre e à sua mulher, com dez filhos, umas férias em Palm Beach com alguns VIPs e todas as regalias somente para “ficar longe de tudo”. O que acontecerá ao homem e à sua família? Esses são alguns dos motivos de porque o anúncio da candidatura presidencial do SWP causou tanta confusão, raiva e desconfiança dentro das fileiras do movimento Freedom Now Party acerca da “influência radical branca”. Além disso DeBerry também se ligou ao Freedom Now Party sem a permissão de seu partido; uma – típica – manobra marxista nos assuntos negros.

Enquanto o movimento negro para e testa seus métodos para entrar no seu próximo estágio, essa questão da influência marxista continuará aparecendo em diferentes situações. Assim, faz-se necessário aos “pensadores” (assim oposto aos “lutadores” ou “homens-de-rua” como alguns orgulhosamente se auto-intitulam) negros terem uma compreensão mais nítida de porque os marxistas agem da forma que agem e porque eles estão em crise. O movimento negro também está em crise apesar de suas últimas conquistas – uma crise a qual é ligada a fatos internacionais maiores que os nossos próprios problemas e cujas raízes estão em eventos os quais são muito mais antigos que nós.

A crise do marxismo na Europa e na América do Norte tem suas raízes nos confusos eventos da Revolução Russa de 1917. No caso do Socialist Workers Party, foi Leon Trotsky, seu líder ideológico revolucionário, quem primeiro disse que uma revolução socialista era possível na Rússia. Isso foi em 1905 quando nenhum dos marxistas russos concordavam com essa possibilidade (nem mesmo Lenin). Trotsky foi denunciado como um visionário ridículo por dizer isso mas mais tarde ele ganhou outros marxistas russos para a sua perspectiva. Assim Trotsky foi realmente o pai teórico da revolução russa e Lenin foi seu arquiteto-chefe e líder.

O marxismo, como o próprio Marx o desenvolveu, não pressupôs nem previu uma “revolução socialista” num país agrário e atrasado como a Rússia. De acordo com Marx, a revolução que ele previa tinha de acontecer numa nação altamente industrializada a qual necessariamente criou uma grande classe de trabalhadores industriais, bem-organizados e bem-treinados nas técnicas de produção da indústria capitalista. A classe capitalista de proprietários ficaria mais rica e mais compacta devido ao crescimento dos monopólios e a classe trabalhadora ficaria mais e mais pobre até o ponto em que se revoltasse e derrubasse o sistema e expropriasse os proprietários. Reconhecendo abertamente que estavam revisando a visão original de Marx, Trotsky e Lenin concordaram então que se uma revolução socialista era possível na Rússia – um grande país agrário com apenas um pequeno grau de desenvolvimento industrial – então essa revolução não conseguiria aguentar sozinha. Ela deveria ser ajudada por revoluções simultâneas em todas as nações avançadas da Europa Ocidental.

Mas tal coisa não aconteceu. Aconteceu uma revolução na Rússia mas ela teve de permanecer sozinha porque a ajuda de outras revoluções não chegou. O resultado foi de que o mais importante evento do século XX foi transformado na mais terrível tragédia. Além disso, isso pôs os partidos marxistas na Europa ocidental, nos EUA, etc., num sério dilema – um dilema o qual, durante os anos seguintes, se aprofundou em várias crises. Isso foi assim porque cada revolução social que aconteceu desde a revolução russa também se desenvolveu em condições agrárias, industrialmente atrasadas, coloniais ou semicoloniais enquanto a classe trabalhadora das nações brancas avançadas ficou mais e mais conservadora, pró-capitalista e pró-imperialista. Além disso, o fato notável de que a iniciativa revolucionária mundial passou das nações brancas do mundo capitalista para as nações não-brancas do mundo colonial e semicolonial introduziu outro fator na política revolucionária, o fator racial, o qual os marxistas ocidentais nunca admitiram que poderia ser um fator de alguma importância. Os trabalhadores, na opinião deles, independente de diferenças nacionais ou de raça, deveriam todos pensar parecido na questão do capitalismo e do imperialismo. Os trotskistas ainda trabalham sob essa grande ilusão. Esse é o motivo de porque Clifton DeBerry, no anúncio de sua candidatura, tinha de projetar seu apoio ao Freedom Now Party na base de que este é “um passo à frente na ação política independente dos trabalhadores e dos negros”. Nisso ele quer dizer trabalhadores brancos e negros (ênfase nossa). Mas os líderes do Freedom Now Party nunca fizeram tal pronunciamento. O Freedom Now Party é um passo à frente na ação política independente negra. Claramente, os trotskistas não querem isso. Pelo marxismo estar em crise na América eles precisam tentar projetar a ideia do Freedom Now Party na sua própria imagem marxista, com a esgotada, desacreditada ideia da unidade [movimento] Negro-[movimento dos] Trabalhadores.

Os teóricos trotskistas perceberam muito bem que um partido político negro realmente independente, cujo funcionamento não dependa do que os trabalhadores brancos façam ou não irá, posteriormente, aprofundar a já séria crise do credo marxista no Ocidente. Isso poderia mostrar que as ideias marxistas sobre o capitalismo nos países avançados não são para se levar a sério. O barco inteiro das formulações marxistas seria então colocado em dúvida. Em qualquer hipótese, nada disso seria culpa do negro. Ao contrário, isso seria culpa dos marxistas por terem sido desonestos consigo mesmos e enganado gerações após gerações de inocentes sobre a real natureza da revolução russa. O que foi essa revolução? Como ela realmente aconteceu e por que? Quais foram suas conquistas? Os comunistas e os trotskistas, dois ramos da mesma velha árvore do marxismo ocidental, têm atacado e acusado uns aos outros sobre essas questões por aproximadamente 40 anos. Por que?

Deixemos os trotskistas explicarem – isso aconteceu porque Stalin e a burocracia “degeneraram” e “traíram” a “revolução socialista”. Mas os trotskistas somente herdaram um problema da “prática e teoria socialista” que Trotsky fez para si mesmo. Quem foi o primeiro, se não Trotsky, a dizer que tal revolução era possível? Todos os fatos revelam que Trotsky teve a revolução que mereceu, e depois a renegou porque ela não era verdadeiramente “socialista”. Ele acusou a burocracia stalinista de “terrorismo”, de “esmagar a democracia”, de “suprimir a oposição”, de tirar o poder dos conselhos de trabalhadores (sovietes). Mas foi Trotsky mesmo que lançou precedentes por ordenar a brutal repressão da revolta dos marinheiros de Kronstadt em 1921 muito antes da burocracia stalinista chegar ao poder.

A Revolução Russa transformou-se logicamente da maneira que ela teria de ser, considerando como e onde ela foi realizada e quais os objetivos sociais que ela colocou para si. Trotsky ajudou a formular esses objetivos. Nada foi traído – foram os revolucionários russos que “traíram” a si mesmos e então as massas russas suportaram isso. Depois da revolução de Trotsky era imperativo para os comunistas industrializar um país atrasado no menor período possível porque não é possível o socialismo onde não há uma base industrial suficiente para se socializar (i.e.: nacionalizar). Assim, todos os conflitos políticos entre as frações russas focaram no grande, urgente problema confiado a eles pela sua própria conquista do poder: como planejar e administrar a propriedade nacionalizada, a maior parte da qual precisa ser construída antes de poder ser administrada. Não havia tarefa ordinária e a natureza da revolução mesma trouxe à tona justamente o tipo de indivíduos necessários para levar adiante a operação – Stalin e seus stalinistas, mente-pequena, ditatoriais, brutais e práticos. Não o tipo Trotsky. Trotsky se opôs a essa tendência natural de sua própria revolução e foi expulso da Rússia.

De acordo com uma estrita interpretação das formulações marxistas, Trotsky alterou bem levemente as “leis” marxistas e colheu um tornado. Esta hipótese, é claro, absolve Marx de responsabilidade pelos aspectos trágicos, anti-socialistas da Revolução Russa. A intenção é argumentar que se Marx estava certo sobre o funcionamento das “leis históricas” e Trotsky era um marxista então há algo de errado com as formulações das “leis históricas” de Marx. Ou isso, ou Trotsky foi um marxista que interpretou de maneira muito distorcida o funcionamento das leis marxistas. Mas foi Marx, o próprio, que uma vez insistiu que: “Uma coisa é certa: eu não sou marxista”. O que isso significa? Nós devemos interpretar que por causa de suas profecias sobre as sociedades capitalistas avançadas, as nações brancas, não terem se realizado que somos obrigados a dizer que Marx estava errado porque ele próprio falhou em interpretar corretamente as mesmas leis que são creditadas a ele por ter sido o primeiro a as descobrir? Se esse é o caso nós temos um bom motivo para tomar Marx pelas suas próprias palavras. Se ele mesmo admite que não era um “marxista”, então que quem realmente foi um marxista depois que ele faleceu? Deve alguém levar a sério aquele que se clama um marxista?

Nós colocamos essas questões porque a indicação trotskista de DeBerry para presidente surge da crença marxista de que as “leis históricas” predeterminaram o movimento negro na América a ser usado como uma espécie de fase social transicional que levará à “revolução marxista”. Nesse caso nós devemos supor que os trotskistas estão aplicando os “métodos e princípios do materialismo histórico”, i.e. as “leis” corretamente “antes do fato”. Mas mesmo para ser justo com os marxistas, pelo bem da argumentação, da validade de suas próprias premissas marxistas, nós temos de dizer que a aplicação deles do “método” não é mais “marxistas” daquela de outros que falharam em trazer, na opinião deles, resultados “marxistas”. Isso pode chocar ou surpreender os trotskistas, vindo de ativistas não-marxistas do movimento negro. Entretanto, não acontece de não termos, automaticamente, preconceitos contra o “marxismo”. Nós estudamos o marxismo assim como estudamos objetivamente todas as escolas de pensamento da ciência social que se denominam “científicas”. O que fortemente nos opomos são os “métodos” que os marxistas usam.

O método dialético de teoria e prática é fundamental para todas as formulações marxistas. Marx deixou muito claro que seu método era dialético; assim, toda abordagem da vida social que não é dialética não pode ser marxista. Nós tendemos a concordar com alguns, como o antigo C. Wright Mills, que dizia de Marx:

“Seu método é uma contribuição significativa e duradoura aos melhores métodos de reflexão e investigação sociológicas disponíveis” (ênfase nossa).

Nós fazemos uma distinção aqui entre o método original de Marx e as aplicações de seus posteriores discípulos. Nós rejeitamos essas descobertas precisamente porque elas não são, em nossa opinião, elaboradas pelo método dialético de investigação e reflexão.

Como Marx chegou às suas conclusões sobre o papel da classe trabalhadora na sociedade capitalista? Pela aplicação de uma das suas principais leis da dialética: a lei da unidade e conflito dos contrários. Em processos dialéticos os fenômenos sociais, por exemplo, classes, ideias, instituições, etc… não são estáticos, mas passam por constantes desenvolvimentos e mudanças. A produção capitalista cria capitalistas e operários (opostos) que entram em conflitos porque seus interesses de classe não são idênticos. Os capitalistas exploram os trabalhadores não pagando o valor total de seu trabalho. Os capitalistas procuram a maior lucratividade aumentando a exploração da classe trabalhadora. Os conflitos de interesse geram “luta de classe”, por exemplo, greves. Marx observou que a base da luta de classes reside numa “contradição” entre os meios de produção e as “relações sociais” de produção (propriedade privada). Essas “contradições” só podem ser resolvidas mediante uma revolução social na qual a classe trabalhadora derruba os capitalistas os expropriando. Essa descrição de dialética, ainda que simplificada, explica porque os marxistas têm considerado ser o papel histórico da classe trabalhadora nas sociedades capitalistas mostrar o caminho da época socialista.

Entretanto, Marx chegou a essas conclusões sobre a classe trabalhadora na Europa há mais de um século e essas previsões ainda não viraram realidade nas sociedades capitalistas avançadas da Europa Ocidental e América do Norte. Ainda, deve ser dito que de acordo com suas próprias premissas dialéticas de análise Marx estava certo em fazer tais previsões. Todas as evidências sobre a vida social e política na Europa na época de Marx apontavam para a revolução. Além do mais, a incapacidade da revolução social de se materializar nos países avançados não invalida o método dialético de Marx. O que sim vira inválido é a subsequente “aplicação” do método dialético pelos seguidores de Marx no século XX. Nós dizemos isso porque se alguém aceita a hipótese da dialética então nós aceitamos que tudo na vida social está constantemente mudando, existindo e acabando. Mas se essa premissa dialética é verdadeira, por que então se aceita que tudo na sociedade é sujeito aos processos de mudança exceto o papel histórico da classe trabalhadora nos países avançados? Por que esse movimento operário da Europa e América do Norte brancas é isento de mudança dialética em termos de posição de classe, ideologia, consciência, etc e em termos de quais outros grupos ou classes esse movimento operário combate, apoia ou se alia na “luta de classes”? Não ficou abundantemente claro que o movimento operário branco nos países capitalistas avançados abandonou, de fato, o “papel histórico” marxista ao qual foi destinado? Nós não temos então o direito de dizer que os marxistas europeus e norte-americanos que ainda insistem nessa linha da “classe trabalhadora branca” estão praticando materialismo vulgar em vez de materialismo dialético?

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Inclusão 02/05/2017