Como Devemos Comemorar o Aniversário de Stálin

Maurício Grabois

12 de novembro de 1949


Fonte: Jornal Voz Operária (RJ), 12 de novembro de 1949.

Transcrição: Leonardo Faria Lima

HTML: Fernando Araújo.


Será celebrado no mundo inteiro, a 21 de Dezembro próximo, uma data das mais caras a todos os povos: o aniversário do grande Stálin. São 70 anos de uma vida bela e fecunda, de lutas titânicas e de sacrifícios ingentes, mas também de memoráveis vitórias pela libertação da classe operária e pelo socialismo.

Festejando essa data, estaremos festejando a própria Revolução Soviética que libertou da opressão imperialista uma sexta parte do globo e da escravidão feudal-capitalista quase duzentos milhões de seres humanos, de vez que foi Stálin um dos líderes máximos da grande Revolução de Outubro.

Mas Stálin é, além disso, o consolidador do poder soviético, o construtor do socialismo na U.R.S.S., desde o lançamento de suas bases até a fase atual em que se inicia a transição para o comunismo. Devemos, portanto, homenagear na sua pessoa a encarnação do maior e mais progressista ideal da humanidade.

Mesmo para aqueles democratas e patriotas de todos os países que ainda não compreendem e não aceitam o socialismo, a passagem de mais um aniversário de Stálin é motivo de regozijo, porque o nome do gloriosos chefe do proletariado mundial não pode ser dissociado da vitória sobre o nazismo, conquistada pelo heroico Exército Vermelho que libertou a humanidade do cativeiro sob o qual Hitler pretendia mantê-la por mil anos.

Mas não é somente por sua atividade no passado, é sobretudo pela sua atividade presente, a frente de todo o campo da paz, da democracia e do socialismo, contra as manobras sinistras dos imperialistas incendiários de guerra, lutando com todo o vigor em defesa da paz mundial, que a humanidade festejará, entusiasmada e comovida, o transcurso da data de 21 de dezembro.

Em países como os da nova democracia, que hoje avançam pelo caminho do socialismo grandiosas homenagens já estão programadas, assim como na França, na Itália e em várias outras partes. E nosso povo também há de festejar essa grande data. O proletariado em suas fábricas há de paralisar o serviço por um dia, uma hora, ou um minuto, conforme as condições do momento, em homenagem ao seu dirigente máximo. E assim farão também os camponeses em seus sítios, os intelectuais progressistas, através das mais variadas manifestações artísticas, os funcionários em seus escritórios, as mães no recesso de seus lares, e as massas em geral, na praça pública ou em recintos fechados, em qualquer parte hão de festejar o aniversário de Stálin, o campeão da paz.

Essa data é tema não somente para folhetos e volantes que poderão ser distribuídos narrando as lutas de Stálin, o que ele significa para todos os povos oprimidos como o nosso, mas também para os cronistas e os poetas que poderão exaltar e cantar a figura do revolucionário, do estadista, do sábio, da figura humanista do maior inimigo vivo de todos os exploradores e opressores. Enviando-lhe cartas e telegramas, cujas cópias devem ser remetidas à imprensa democrática, o povo terá assim um outro meio de manifestar sua simpatia e seu aplauso pela firme política de paz que ele conduz.

Já as massas vêm gravando nos muros das principais cidades brasileiras suas felicitações a Stálin, dando “Viva Stálin” e “Viva a Paz” ao mesmo tempo, porque todos compreendem e sentem em primeiro lugar que o nome de Stálin e a palavra Paz andam sempre juntos nos lábios das mães e das jovens que não desejam ver seus filhos e noivos transformados em carne para canhão, nas produções dos intelectuais honestos e progressistas, nos corações de todos os amantes da paz e do progresso.

Essas manifestações de simpatia e de gratidão da humanidade pelo que tanto fez e vem fazendo Stálin em defesa da paz, da liberdade e do progresso, reforçarão imensamente a frente mundial dos povos contra os provocadores de guerra, condenarão todas as sórdidas manobras imperialistas e contribuirão, assim, para a manutenção da paz.

Manifestemos, pois de todos os modos, através de todas as iniciativas, a nossa homenagem ao grande Stálin, compreendendo, no entanto, que o maior presente que lhe poderemos dar será o da intensificação das lutas das massas contra os imperialistas ianque, pela reconquista das liberdades em defesa intransigente da Paz.


Inclusão: 10/11/2020