Nossos Objetivos

J. V. Stálin

22 de Abril de 1912


Primeira Edição: “Pravda”, n.° 1. 22 de abril de 1912.
Fonte: J.V. Stálin – Obras – 2º vol., pág: 238-239, Editorial Vitória, 1952 – traduzida da 2ª edição italiana G. V. Stalin - "Opere Complete", vol. 2 - Edizioni Rinascita, Roma, 1951.
Tradução: Editorial Vitória
Transcrição: Partido Comunista Revolucionário
HTML: Fernando A. S. Araújo
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capa

Quem lê a Zviezdá e conhece os seus colaboradores, que são também os colaboradores da Pravda(1), não terá dificuldade em compreender que orientação tomará a Pravda em seu trabalho. Iluminar o caminho do movimento operário russo com a luz da social-democracia internacional, semear a verdade entre os operários mostrando quem são os amigos e os inimigos da classe operária, defender os interesses da causa operária: eis que objetivos perseguirá a Pravda.

Propondo-nos estes objetivos, não temos absolutamente a intenção de velar as divergências que surgem entre os operários social-democratas. Mais ainda: pensamos que não se possa conceber um movimento poderoso e cheio de vida sem que haja divergências: só no cemitério é possível a “plena identidade de opiniões”! Mas isto ainda não significa serem mais numerosos os pontos de divergência que os de acordo. Estamos bem longe de dizê-lo! Os operários esclarecidos, embora discordem entre si, não podem esquecer-se de que todos eles, sem distinção de frações são igualmente explorados; que todos eles, sem distinção de frações, estão igualmente privados de direitos. Por isso, primeiro que tudo e mais que tudo, a Pravda fará apelo à unidade da luta de classe do proletariado, à unidade a todo custo. Na mesma medida em que devemos ser intransigentes para com os inimigos, devemos ser conciliatórios entre nós. Guerra aos inimigos do movimento operário, paz e trabalho em harmonia no seio do movimento: a isto aspirará a Pravda no seu trabalho cotidiano.

E é absolutamente necessário sublinhá-lo hoje, quando os acontecimentos do Lena e as próximas eleições para a quarta Duma colocam com particular insistência diante dos operários o problema da necessidade de unirem-se numa única organização de classe...

Pondo mãos a obra, sabemos que o nosso caminho está eriçado de espinhos. Baste lembrar a Zviezdá, que sofreu uma série de apreensões e de “citações em juízo”. Mas os espinhos não podem amedrontar se também de futuro a Pravda granjear como agora a simpatia dos operários. Dessa simpatia ela haurirá a energia para a luta! Desejaríamos que essa simpatia crescesse. Desejaríamos, além disso, que os operários não se limitassem a demonstrar simpatia, mas participassem ativamente do trabalho de redação. Nem digam os operários que o escrever é para eles um trabalho “fora do comum”: os operários escritores não caem do céu já feitos; só no decurso do trabalho jornalístico eles se formam pouco a pouco. É preciso somente preparar-se com intrepidez para o trabalho : tropeça-se uma vez ou duas e depois aprende-se a escrever...

Portanto, com o máximo ardor, ao trabalho!

Artigo não assinado.


Notas de fim de tomo:

(1) Pravda (A Verdade), diário operário bolchevique (vide História do P.C. (b.) da U.R.R.S., cit., págs. 61-63). (retornar ao texto)

Transcrição
pcr
Inclusão 25/10/2019