A Mulher Albanesa, Uma Grande Força da Revolução


VIII. A emancipação das mulheres e como nós a entendemos


Há mais de um século, Marx e Engels, eminentes líderes do proletariado mundial, explicaram cientificamente as verdadeiras razões da desigualdade entre homens e mulheres. Eles mostraram que a submissão da mulher ao homem não decorre de diferenças físicas ou psicológicas, mas sim da estrutura de uma sociedade exploradora, baseada na propriedade privada dos meios de produção. A partir disso, começou uma luta progressista das mulheres pela sua liberdade e emancipação, que cresceu ao ponto de ser uma questão fundamental nas sociedades com classes sociais distintas.

Hoje, diante dessa crescente influência, os dirigentes do sistema burguês-revisionista em declínio e seus seguidores tentam distorcer o marxismo quando se trata da questão da mulher. Engels apontou de forma brilhante que o surgimento da propriedade privada e da herança são as bases econômicas da monogamia, onde a mulher é subjugada ao homem. Porém, os teóricos revisionistas e burgueses omitem conscientemente a verdadeira causa dos conflitos entre homens e mulheres — a propriedade privada — e incitam conflitos entre os sexos. Reduzir a luta pela emancipação das mulheres apenas ao âmbito familiar é desvinculá-la da grande causa do proletariado, que busca abolir a propriedade privada capitalista, fonte de todas as injustiças e desigualdades.

A experiência albanesa mostra claramente a importância de conectar a luta pela emancipação das mulheres à luta pela libertação nacional e social. Nessa luta conjunta, as mulheres reivindicam seus direitos, buscam independência econômica na família e, como resultado, promovem relações mais humanas dentro do lar, onde ninguém pode mais justificar violência verbal ou física contra elas.

O camarada Enver Hoxha nos ensina: “A questão da mulher deve ser abordada sempre pelo olhar do proletariado revolucionário, e não a partir dos difamadores conservadores e liberais”.

A completa emancipação da mulher, como destacado pelo Partido do Trabalho da Albânia (PTA), é um processo longo e complexo. O objetivo não é apenas libertar a mulher, mas também libertar toda a sociedade da opressão política, econômica e social, incluindo conceitos e preconceitos ultrapassados sobre as mulheres. Esse processo ocorre em uma sociedade socialista dirigido por um partido marxista-leninista.

Sob a direção do Partido do Trabalho da Albânia e seguindo os ensinamentos do camarada Enver Hoxha, as mulheres albanesas se tornaram um exemplo brilhante de como embarcar no caminho da emancipação. A conexão entre a questão da mulher e a libertação nacional, tratada de forma contínua pelo PTA e pelo camarada Enver Hoxha como parte fundamental da revolução socialista, criou as condições necessárias não apenas para resolver os problemas das mulheres, mas também para contribuir de forma significativa para esse avanço. Com sua participação ativa na revolução, as mulheres impulsionam o progresso e se emancipam.

O camarada Enver Hoxha alertou toda a sociedade: “O progresso em direção à construção completa da sociedade socialista deve ser medido pelo avanço da emancipação da mulher em nossa revolução proletária. Se as mulheres ficarem para trás, a revolução estará datada”.

Baseados nesses ensinamentos, a Albânia realizou uma revolução política, estabelecendo o Poder Popular e a ditadura do proletariado. Todas essas mudanças foram alcançadas com a contribuição tanto de homens quanto de mulheres. Enquanto milhares de mulheres e meninas lutavam no Exército de Libertação Nacional, outras centenas de milhares divulgavam as ideias do partido por meio de panfletos e proclamações. Após a instauração do Poder Popular, a revolução econômica foi promovida com a colaboração de homens, mulheres e todo o povo. Essa transformação demandou esforços conjuntos para realizar a coletivização e a industrialização socialista do país, fortalecendo a propriedade comum. Homens e mulheres foram preparados por meio do trabalho, da educação, de cursos de qualificação e de grupos políticos e ideológicos para entender a emancipação das mulheres como parte da revolução socialista.

O Poder Popular acabou com a exploração capitalista, estabeleceu um novo código legislativo e promoveu a educação do Homem Novo, que se baseia na ideologia marxista-leninista e em novos conceitos sobre trabalho, propriedade, família e mulher. Esse novo contexto abriu caminho para tratar as mulheres de maneira mais justa, onde o amor é a base de todos os casamentos. Agora, os jovens são incentivados a criar suas famílias por motivos socialistas, não apenas por interesses materiais ou carreirismo, o que leva a maior valorização das mulheres.

Atualmente, a questão da mulher na Albânia é debatida no contexto da luta de classes no campo ideológico. Apesar das condições objetivas favoráveis, os processos familiares não devem ser deixados ao acaso. Portanto, é travada uma luta direta, mas sensível, para estabelecer relações e padrões socialistas na família, como amor, igualdade, ajuda mútua e respeito. Busca-se garantir a igualdade entre a esposa e os demais membros da família, envolvendo toda a sociedade nos assuntos familiares e responsabilizando cada membro pela vida familiar.

Nesse contexto, a participação das mulheres em todas as esferas da vida nacional tornou-se uma necessidade objetiva. Seus esforços são essenciais para promover uma revolução contínua, fortalecer e democratizar ainda mais o Poder Popular de acordo com a vontade das massas. Além disso, as mulheres também contribuem para fortalecer e defender a pátria contra todos os inimigos, através da formação militar de todo o povo.

A emancipação das mulheres na Albânia não é vista como um “movimento feminista” como nos países capitalistas, mas sim como um avanço em direção à igualdade total com os homens, uma marcha rumo ao comunismo em harmonia de sentimentos, objetivos e ideais puros, onde homens e mulheres caminham juntos.