O Império por Dentro
(quarte parte)

Fidel Castro

13 de Outubro de 2010


Fonte: Cuba Debate - Contra o Terrorismo Midiático.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo.
Direitos de Reprodução: Licença Creative Commons licenciado sob uma Licença Creative Commons.

capa

“CAPÍTULOS 20 e 21

“Continuam as valorações sobre as opções relacionadas com a guerra no Afeganistão. Identificam-se três prioridades no que se refere aos esforços de caráter civil: a agricultura, a educação e a redução das culturas de papoula. Se conseguissem estes objetivos seria possível minar o apoio do Talibã.

“A pergunta seguia sendo o que poderia ser feito em um ano.

“Petraeus disse ter elaborado um manual intitulado ‘Leções sobre a reconciliação’ acerca de suas experiências no Iraque, o qual Mullen desconhecia .

“Segundo as enquetes públicas, dois em cada três estadunidenses pensavam que o Presidente não tinha um plano bem definido para o Afeganistão. Inclusive entre a população, as opiniões estavam divididas acerca de como realizá-lo.

“Axelrod respirou profundamente. O público não fazia distinção entre o Talibã e Al Qaeda. Isso poderia fazer parte do problema.

“Apenas 45 por cento da população aprovava a maneira como Obama tratava o assunto da guerra (ele tinha perdido 10 pontos em um mês, 15 pontos desde o mês de agosto e 18 desde que atingiu o seu nível mais alto). A redução dessa cifra era conseqüência da perda do apoio republicano.

“Axelrod não se preocupava; dizia que finalmente seriam ele, ou todos, os que explicariam claramente qual era a decisão para que as pessoas pudessem compreender o que estava sendo feito e por que.

“Panetta declarou que nenhum presidente democrata podia ir contra as recomendações dos militares, especialmente se o Presidente as tinha solicitado. Sua recomendação era fazer o que eles diziam. Expressou a outros funcionários da Casa Branca que, no seu entender, a decisão devia ter sido adotada em uma semana, mas que Obama nunca lhe perguntou e que ele nunca tinha dito voluntariamente ao Presidente qual era a sua opinião.

“O ex vice-presidente Dick Cheney expressou publicamente que os Estados Unidos não deviam titubear quando suas forças armadas corriam perigo.

“Obama desejava tomar uma decisão antes de sua viagem por Ásia. Disse que ainda não lhe tinham apresentado duas opções, que eram os 40 000 efetivos ou nada. Afirmou que queria uma nova opção nessa mesma semana. Ele tinha nas mãos um memorando de duas folhas enviado por seu diretor de orçamento, Peter Orszag com a estimativa dos custos da guerra no Afeganistão. Segundo a estratégia recomendada por McChrystal, o custo durante os próximos anos seria 889 biilhões de dólares, quase 1 trilhão de dólares.

“‘Isto não é o que estou procurando’, disse Obama. ‘Não vou prolongar isto durante dez anos; não me vou enfrascar na construção de uma nação ao longo prazo. Não vou gastar um bilhão de dólares. Eu tinha estado pressionando-lhes sobre isso. ‘

“Isto não está em função do interesse nacional. Sim, é preciso internacionalizar esta situação. Essa é uma das grandes falhas do plano que me foi apresentado. ‘

“Gates apoiava a solicitação de tropas de McChrystal, mas nessa altura era preciso manter a quarta brigada.

“Obama disse: ‘Talvez não precisemos da quarta brigada nem dos 400 000 efetivos das forças de segurança afegãs que McChrystal se propõe treinar. Pudéramos aspirar a um crescimento mais mesurado desta força. Pudéramos incrementar os efetivos para contrarrestar o auge inimigo, mas sem nos envolver em uma estratégia ao longo prazo. ‘

“Hillary opinava que McChrystal devia receber o que ele pedia, mas concordava em que devia esperar-se antes de enviar a quarta brigada.

“Obama perguntou a Gates: ‘Na verdade você precisa de 40 000 efetivos para reverter o auge do Talibã? O que aconteceria se enviarmos de 15 000 a 20 000? Por que não bastaria com essa quantidade de tropas?’ Reiterou que discordava com gastar um trilhão de dólares, nem com uma estratégia de contra-insurgência que se prolongasse dez anos.

“Eu quero uma estratégia de saída’, acrescentou o Presidente.

“Todos compreenderam que, ao apoiar McChrystal, Hillary unia forças com os militares e com o Secretário da Defesa, limitando assim a capacidade de manobra do Presidente. Tinha reduzido suas possibilidades de aspirar a um número significativamente menor de tropas ou a uma política mais moderada.

“Era um momento decisivo em suas relações com a Casa Branca. Ela era de confiança? Podia ela algum dia pertencer realmente à equipe de Obama? Nalgum momento ela tinha sido membro de sua equipe? Gates achava que ela falava a partir de suas próprias convicções.

“Em breve aqueles que tinham idéias semelhantes agruparam-se. Biden, Blinken, Donilon, Lute, Brennan e McDonough era um grupo poderoso, próximo de Obama em muitos aspectos, e eram o equilíbrio contra a frente unida integrada por Gates, Mullen, Petraeus, McChrystal e agora Clinton.

CAPÍTULOS 22 e 23

“Obama convocou os chefes do Estado Maior à Casa Branca. Durante os últimos dois meses os militares fardados insistiram no envio de 40 000 efetivos, mas os chefes dos serviços individuais ainda não tinham sido consultados. Os chefes do Exército, da Marinha de Guerra, os Fuzileiros Navais e da Força Aérea eram os que recrutavam, treinavam, equipavam e forneciam as tropas para os comandantes como Petraeus e os seus chefes subordinados no terreno como McChrystal. Estes dois últimos não participaram por estarem no Afeganistão.

“Obama pediu que lhe propusessem três opções.

“James Conway, comandante geral dos fuzileiros navais, se referiu à alergia dos combatentes as missões prolongadas que se estendem além da derrota do inimigo. Sua recomendação era que o Presidente não devia se envolver em uma operação de longo prazo para a construção de uma nação.

“O general George Casey, chefe do Estado Maior do Exército, disse que a retirada programada do Iraque permitiria ao exército dispor dos 40 000 efetivos para Afeganistão, mas que estava céptico respeito aos grandes compromissos das tropas nestas guerras. Para ele a chave estava em uma transição rápida, mas que o plano de 40 000 era um risco global aceitável para o exército.

“O chefe das operações navais e o chefe da Força Aérea tinham pouco que dizer, visto que qualquer que fosse a decisão no Afeganistão, o impacto em suas forças seria mínimo.

“Finalmente Mullen apresentou ao Presidente três opções:

“1. 85 000 efetivos. Isto era uma cifra impossível. Todos sabiam que não se dispunha dessa força.

“2. 40 000 efetivos.

“3. de 30 000 a 35 000 efetivos.

“A opção híbrida era de 20 000 efetivos ou duas brigadas para dispersar o Talibã e treinar as tropas afegãs.

“CAPÍTULOS 24 e 25

“Obama propõe ao Presidente paquistanês uma escalada contra os grupos terroristas que operavam desde aquele país.

“O Diretor da CIA disse que esperava pleno apoio do Paquistão, visto que Al Qaeda e os seus seguidores eram inimigos comuns. Acrescentou que se tratava da própria sobrevivência do Paquistão.

“Obama se dava conta de que a chave para manter unida sua equipe de segurança nacional era Gates.

“Após seu regresso da Ásia, Obama convocou uma reunião de sua equipe de segurança nacional e lhes prometeu que em dois dias adotaria a decisão final. Ele disse que concordava com os objetivos menos ambiciosos e mais realistas, e que ditos objetivos deviam ser conseguidos em um período de tempo mais curto que o proposto pelo Pentágono inicialmente. Acrescentou que o número de tropas começaria a diminuir a partir do mês de julho de 2011, o período de tempo sugerido por Gates na última sessão.

“‘Não precisamos da perfeição; quatrocentos mil não será a cifra que atingiremos  antes de que comecemos a reduzir as tropas.’

“Hillary parecia quase pular no seu assento, dando mostras de que queria que a deixassem falar, mas Jones já tinha decidido a ordem da palavra e a Secretaria teve que escutar primeiro os comentários de Biden.

“Biden tinha elaborado um memorando que apoiava o Presidente, que questionava o tempo e os objetivos da estratégia. Petraeus sentia como se o ar abandonasse a sala.

“Biden não estava certo de que a cifra de 40 000 era sustentável desde o ponto de vista político e tinha muitas perguntas acerca da viabilidade dos elementos da estratégia de contra-insurgência.

“Clinton teve a oportunidade de falar. Ela apoiava plenamente a estratégia. “Passamos um ano esperando por uma eleição e por um novo governo lá. A comunidade internacional e Karzai sabem qual seria o desenlace se não incrementássemos nossos compromissos. O que estamos fazendo agora não vai dar certo. O plano não é tudo o que nos tivéssemos querido, mas não o saberemos se não nos comprometermos. Eu apoio o esforço; tem um custo enorme, mas se o encaramos sem desejo não vamos conseguir nada’. Suas palavras eram uma versão de uma frase que ela gostava de usar muito quando era Primeira Dama na Casa Branca e que ainda usa regularmente: ‘finja-o até conseguí-lo.’

“Gates propunha esperar até dezembro de 2010 para fazer uma avaliação total da situação. Achava que o mês de julho era uma data muito antecipada para isso.

“Mullen, através de uma vídeo-conferência desde Genebra, apoiava o plano e disse que era preciso enviar tropas o mais rápido possível, que ele tinha a certeza de que a estratégia para uma contra-insurgência daria resultados.

“Ao ver que se alinhava um bloque a favor do envio dos 40 000 efetivos, o Presidente falou: ‘Não quero ver-me nos próximos seis meses discutindo nesta sala o envio de mais 40 000.’

“‘Não vamos pedir mais de 40 000′, disse Mullen.

“Petraeus expressou que apoiava qualquer decisão que adotasse o Presidente. E depois de ter declarado o seu apoio incondicional, exprimiu que a sua recomendação, do ponto de vista militar, era que os objetivos não se poderiam conseguir com menos de 40 000 efetivos.

“Peter Orzszag disse que provavelmente teria que pedir ao Congresso um financiamento adicional.

“Holbrooke concordava com o exprimido por Hillary.

“Brennan garantiu que o programa antiterrorista continuaria independentemente da decisão que fosse tomada.

“Emmanuel se referiu à dificuldade de pedir um financiamento adicional ao Congresso.

“Cartwright disse que apoiava a opção híbrida de 20 000 efetivos.

“O Presidente tentou fazer um resumo. ‘Depois de dois anos ainda há elementos ambíguos nesta situação’, disse. Ele agradeceu a todos e anunciou que trabalharia nisso durante o fim de semana para adotar uma decisão definitiva no início da próxima semana.

“Na quarta-feira, 25 de novembro, Obama se reuniu no Salão Oval com Jones, Donilon, McDonough e Rhodes. Ele disse que estava inclinado a aprovar o envio de 30 000 efetivos, mas que esta decisão não era definitiva.

“‘Isto tem que ser um plano para transferir-lhes o comando e sair do Afeganistão. Tudo o que façamos tem que se focalizar na maneira em que vamos reduzir a nossa presença lá. É parte de nosso interesse de segurança nacional. Deve ficar claro que isto é o que estamos fazendo’, disse Obama. ‘O povo estadunidense não percebe de número de brigadas, mas de número de tropas. Eu decidi que fossem 30 000.’

“Obama agora parecia estar mais convicto sobre a cifra de efetivos.

“‘Devemos esclarecer ao povo que o câncer está no Paquistão. A razão pela qual estamos operando no Afeganistão é para que o câncer não se espalhe para lá. E também precisamos extirpar o câncer do Paquistão.’

“Parecia que a cifra de 30 000 não mudaria. Obama comentou que do ponto de vista político para ele era mais fácil dizer que não para os 30 000, visto que assim poderia se dedicar à agenda nacional, que ele queria que fosse o centro de seu mandato como Presidente. Mas os militares não percebiam isso.

“‘Politicamente seria mais fácil para mim proferir um discurso e dizer que o povo estadunidense estava farto dessa guerra, e que enviaríamos apenas 10 000 assessores porque essa era a maneira na qual poderíamos sair dali. Mas, os militares ficariam zangados.’

“Era evidente que uma grande parte de Obama queria precisamente proferir esse discurso. Parecia que o estava ensaiando.

“Donilon disse que Gates renunciaria se apenas se enviassem 10 000 assessores.

“‘Isso seria algo difícil’, disse Obama, ‘porque não existe na minha equipe de segurança nacional outro membro mais forte do que ele.’

“O Presidente estava decidido a anunciar o envio de 30 000 efetivos para poder manter a família unida.

CAPÍTULOS 26 e 27

“No dia 27 de novembro Obama convidou novamente Colin Powell para seu escritório para uma conversação privada. O Presidente disse que se estava debatendo entre vários pontos de vista diferentes. Os militares uniram-se para apoiar McChrystal e sua solicitação de 40 000 efetivos e seus assessores políticos estavam muito cépticos. Ele continuava pedindo novos enfoques, mas continuavam dando-lhe as mesmas opções.

“Powell lhe disse: ‘Você não tem que tolerar isso. Você é o Comandante-em-Chefe. Esses caras trabalham para você. O fato de adotarem uma posição unânime em suas recomendações não quer dizer que elas sejam corretas. Generais há vários, mas apenas existe um Comandante-em-Chefe.’

“Obama considerava Powell um amigo.

“O dia depois de Ação de Graça, Jones, Donilon, Emmanuel, McDonough, Lute e o coronel John Tien, veterano do Iraque, foram ver o Presidente no seu gabinete. Obama perguntou por que se reuniam novamente com ele para abordar o mesmo tema. ‘Pensei que isto tinha concluído na quarta-feira’, expressou.

“Donilon e Lute explicaram que ainda havia perguntas do Pentágono sem responder e  eles queriam saber se seria aceito um incremento de 10 por cento à cifra de efetivos, com o qual seriam incluídos os facilitadores.

“O Presidente, exasperado, disse que não, que apenas os 30 000 e perguntou a causa daquela reunião depois que todos tinham estado de acordo. Disseram ao Presidente que ainda estavam trabalhando com os militares. Eles queriam agora que os 30 000 efetivos estivessem no Afeganistão no verão.

“Parecia que o Pentágono estava abrindo de novo cada um dos temas. Também se questionava a data da retirada das tropas (julho de 2011). Gates preferia que fosse seis meses mais tarde (no final de 2011).

“‘Estou zangado’, disse Obama, sem levantar a voz. Parecia que todos os temas seriam discutidos novamente, negociados ou esclarecidos. Obama disse que estava pronto para voltar atrás e aceitar o envio de 10 000 assessores. E essa seria a cifra definitiva.

“Esta era uma controvérsia que enfrentava o Presidente e o sistema militar. Donilon assombrava-se de ver o poder político que exerciam os militares, mas reparava  que a Casa Branca tinha que ser o corredor de longa distância nesta competição.

“Obama continuava trabalhando com Donilon, Lute e com o resto. Começou a ditar precisamente o que queria, elaborando o que Donilon chamou de ‘folha de prazos e condições’, semelhante ao documento legal utilizado em uma transação comercial. Acordou que o conceito estratégico da operação seria ‘degradar’ o Talibã, não desmantelá-lo, nem destruí-lo nem derrotá-lo. Copiou de cor as seis missões militares requeridas para reverter o auge do Talibã.     

“Mas, os civis no Pentágono e o Estado Maior tentavam espalhar a estratégia.

“‘Vocês não podem fazer isso ao Presidente’, dizia Donilon. ‘Isso não era o que Obama queria. Ele queria uma missão mais reduzida. ‘ Mas a pressão continuava.

“‘Coloque restrições’, ordenava Obama. Mas, quando Donilon regressava do Pentágono vinha com mais adições e não menos. Uma delas era encaminhar-lhe uma mensagem a Al Qaeda. ‘Não vamos fazer isso’, disse o Presidente quando o soube.

“Donilon se sentia como se estivesse reescrevendo as mesmas ordens dez vezes.

“Do Pentágono continuavam chegando solicitações para missões colaterais. Obama continuava dizendo não.

“Agora alguns continuavam apoiando a solicitação original de McChrystal de 40 000 efetivos. Era como se ninguém houvesse dito que não.

“‘Não’, disse Obama. A cifra definitiva era 30 000 e mantinha a data da retirada das tropas no mês de julho de 2011, que também seria a data para começar a transferir a responsabilidade da segurança para as tropas afegãs.

“Suas ordens foram datilografadas em seis laudas a um espaço. Sua decisão não era só fazer um discurso e referir-se aos 30 000 efetivos; contudo, isto seria uma diretiva, e todos teriam que lê-la e assiná-la.  Esse era o preço que teria que exigir, a forma em que ele tentava acabar com a controvérsia – pelos menos pelo momento. Mas, como agora todos sabemos, a controvérsia como a guerra, provavelmente não concluiria e a luta continuaria.

“No dia 28 de novembro foi mais um dia dedicado ao Conselho de Segurança Nacional, encontro no qual participaram Donilon e Lute. A análise da estratégia tornou-se o centro do universo. O Presidente e todos eles estavam sendo esmagados pelos militares. Já não importavam as perguntas que fizessem o Presidente ou outras pessoas. Agora a única solução viável eram os 40 000 efetivos.

“Donilon se perguntava quantos dos que estavam pressionando em favor dessa opção iam estar aqui para ver os efeitos da estratégia no mês de julho de 2011.

“A conclusão era que todos eles ir-se-iam, e aqui ficaria o Presidente com todo o que lhes venderam esses caras.

“O debate continuava — em casa e em sua cabeça. Obama parecia duvidar no que se refere aos 30 000 efetivos. Ele pediu a opinião da sua equipe. Clinton, Gates e Jones não estavam presentes.

“O coronel Tien disse ao Presidente que não sabia de que maneira ele desafiaria à cadeia de comando dos militares. ‘Se você disse a McChrystal, ‘estudei a sua evaliação, mas decidi fazer outra coisa’, provavelmente você tenha que substituí-lo. Você não lhe pode dizer ‘faça do meu jeito, obrigado por seu trabalho’. O Coronel quis dizer que McChrystal, Petraeus, Mullen e inclusive Gates, estariam dispostos a demitir — algo sem precedentes no alto comando militar.

“Obama sabia que Brennan era contra um grande aumento das tropas.

“Obama tinha herdado uma guerra com um início, uma parte intermédia, mas sem um final claro.

“Lute considerava que Gates era deferente de mais com os militares fardados. O Secretário da Defesa é a primeira linha de controle civil do Presidente. Se o Secretário não garantia esse controle, o Presidente teria que fazê-lo. Lute achava que Gates não estava prestando um bom serviço ao Presidente.

“O Presidente ligou Biden por telefone e lhe informou que queria reunir-se com toda a equipe de segurança nacional no domingo no Salão Oval. Biden pediu reunir-se com ele em primeiro lugar e Obama respondeu que não.”

Continuará amanhã.


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Inclusão 30/08/2016