Sobre a Ideia Juche

Kim Jong Il


Sobre a Ideia Juche
2. Princípio filosófico da ideia Juche


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A ideia Juche é uma nova ideia filosófica centrada no homem.

Como apontou o Líder, a ideia Juche se assenta sobre o princípio filosófico de que o homem é dono de tudo e que decide tudo. Esclareceu este princípio considerando o problema fundamental da filosofia a partir do homem. O homem como dono de tudo significa que é dono do mundo e do seu próprio destino, e o homem decidir tudo quer dizer que desempenha o papel decisivo na transformação do mundo e forja o seu próprio destino.

O princípio da filosofia da ideia Juche é desenvolvido sobre a base do homem; aponta a posição e o papel que este ocupa no mundo.

O Líder afirmou que o homem é um ser social com independência, com espírito criador e uma consciência.

O homem é, certamente, um ente material, mas não um ente qualquer, mas o mais desenvolvido, uma criação especial da evolução do mundo material. Ao separar-se do mundo da natureza, já se constituía como um ente singular. Todas as demais matérias animadas mantêm sua existência mediante a submissão e a adaptação ao mundo objetivo, mas o homem subsiste e progride pondo-a a seu serviço, conhecendo-o e transformando-o ao mesmo tempo.

Se o homem ocupa uma posição destacada e desempenha um papel especial como dono do mundo, deve-se ao fato de que é um ser social que possui a independência, o espírito criador e a consciência.

Ao afirmar que estas constituem as características essenciais do homem como ser social, o Líder proporcionou um novo esclarecimento filosófico acerca do homem.

A independência, o espírito criador e a consciência são atributos sociais do homem que se formaram e desenvolveram ao longo da história social. No mundo, o homem é o único ser que vive e age dentro das relações sociais. Somente no marco social, o homem pode manter sua existência e alcançar seus objetivos. A independência, o espírito criador e a consciência são propriedades que somente são inerentes ao homem enquanto ser social.

O homem é um ser com independência, um ente social independente. A independência é um atributo do ser social, o qual, sendo dono do mundo e do seu próprio destino, quer viver e progredir de maneira independente. O motiva a superar as restrições da natureza, a opor-se a toda forma de submissão social e transformar tudo para pô-lo a seu serviço.

Para o homem, enquanto ser social, a independência significa a vida. Ao afirmar dessa maneira, nos referimos a vida sócio-política. O homem possui uma vida social e política juntamente com a física. Se esta é a vida como organismo biológico, aquela é a vida como ser social.

O homem é um ente com espírito criador, um ente social criador.

O espírito criador é um atributo do ser social que transforma o mundo e forja seu destino com fins bem determinados. O permite tornar mais úteis e proveitosas para si a natureza e a sociedade, renovando o velho e criando o novo.

Da mesma forma que a independência, o espírito criador constitui uma característica essencial do homem como ser social. Se a independência é expressada principalmente na posição do homem como dono do mundo, o espírito criador se reflete, fundamentalmente, em seu papel como transformador do mundo.

O homem é um ente com consciência, um ser social consciente.

A consciência é um atributo do ser social que determina a totalidade das suas atividades dirigidas a conhecer e a transformar o mundo e a si mesmo. Possibilita conhecer o mundo e a legitimidade de sua evolução, transformar e desenvolver a natureza e a sociedade conforme suas necessidades. Garante a independência e o espírito criador do homem como ser social, assim como suas atividades cognitivas e práticas, bem orientadas.

No final das contas, possuir essa independência, esse espírito criador e essa consciência, é o que permite que o homem seja reconhecido como um ser superior e o mais poderoso existente no mundo, que assume uma postura revolucionária e ativa ao invés de uma atitude fatalista e passiva perante o mundo, e que o transforme com uma clara finalidade e não com uma submissão cega. Provido destes atributos como ser social, o homem é o único ser dominante e transformador do mundo.

É certo que ele vive e atua dentro do mundo, que não pode subsistir fora dele.

A natureza constitui o objeto do trabalho e a fonte material da subsistência do ser humano, enquanto que a sociedade é a coletividade em que este vive e atua. Tanto o meio natural como as condições sociais exercem forte influência sobre as atividades do homem. Estas atividades, que tendem a transformar a natureza e a desenvolver a sociedade, podem ser favorecidas, restringidas ou freadas conforme seja o ambiente natural, favorável ou desfavorável e, sobretudo, segundo regimes políticos e econômicos da sociedade, sejam progressistas ou reacionários.

Porém o homem não obedece mansamente ao meio ambiente e as condições que o cercam. Por meio das suas atividades independentes, criadoras e conscientes, reforma o que não corresponde as suas exigências, substitui o caduco e o reacionário pelo novo e progressista e assim transforma ininterruptamente a natureza e a sociedade. Estas são as atividades e a luta do homem para mudar e transformar o mundo de modo que lhe ofereça cada vez maiores benefícios.

Ao dar um novo esclarecimento acerca das características essenciais do homem, assim como sua posição e papel no mundo, a ideia Juche estabeleceu a concepção do mundo fundamentada no homem.

Que o mundo está constituído por matéria e se transforma e evolui graças a seu movimento, isto já foi explicado. A ideia Juche definiu em nova forma a concepção do mundo considerando-o a partir do ponto de vista como dono da natureza e da sociedade, e da força que as transformam. Ao formular que o homem domina e modifica o mundo, estabeleceu uma nova concepção desta relação com o homem.

A ideia Juche definiu em um novo nível o ponto de vista e a postura de processar o mundo sobre a base do lugar e papel que o homem ocupa como seu dono.

Trata-se do ponto de vista e a atitude de considerar o universo, ao tomar o homem como seu centro. Significa tratar o universo partindo dos interesses do seu verdadeiro dono, ou seja, o homem.

Fazê-lo assim é algo natural, uma vez que o homem é o dono de tudo. Se o homem conhece e transforma o mundo, é para pôr a seu serviço tudo o que há nele. O mais valioso no universo é o homem e não há nada que valha mais do que seus interesses. Todas as coisas que existem no mundo têm valor somente na condição de que beneficiem ao homem. Por isso a concepção e a posição mais corretas a respeito do mundo consistem em tratá-lo no sentido de tirar o maior proveito para a humanidade.

Tratar o mundo tendo o homem como centro quer dizer, ademais, considerar a mudança e o desenvolvimento neste levando principalmente em conta as atividades de seu transformador, ou seja, do homem.

O ser mais poderoso no mundo é o homem, que é o único capaz de transformá-lo. Não é senão o homem quem exige e efetua essa transformação. Valendo-se das leis objetivas, transforma o mundo de modo ativo e conforme suas necessidades. Somente por suas atividades dinâmicas, o mundo se modifica a seu favor. Por esta razão, a concepção e posição mais corretas consistem em considerar sua mudança e evolução em relação com a atividade prática do homem para transformar a natureza e a sociedade segundo suas exigências e objetivos bem definidos.

O ponto de vista e posição da ideia Juche acerca do mundo são genuinamente revolucionários, porque permitem ao homem transformar o mundo e forjar seu próprio destino de maneira independente, criadora e consciente, com elevada consciência de ser dono de um e de outro.

A concepção jucheana do mundo, baseada no princípio filosófico de que o homem é dono de tudo e decide tudo, é a mais correta cosmovisão em nossa época.

Na medida em que avança a história, se consolida a posição e o papel do homem, dono do mundo, graças a sua luta independente, criadora e consciente se põe a sua disposição aspectos cada vez mais amplos da natureza. Em nossa época, as massas populares emergiram como genuínas donas do mundo, e com sua luta vão modificando-o sempre mais a seu favor. A realidade hoje, quando se fortalece extraordinariamente a posição e o papel das massas populares como donas do mundo, testemunha com maior força a justeza e vitalidade do princípio filosófico do Juche, segundo o qual o homem é dono de tudo e decide tudo.


Inclusão: 19/06/2020