Sobre a Ideia Juche

Kim Jong Il


Sobre a Ideia Juche
4. Princípios diretivos da ideia Juche


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Os princípios diretivos da ideia Juche servem de guia para estabelecer o Juche em todos os campos do Partido e do Estado, da revolução e da construção. Trata-se dos princípios fundamentais para levar a um feliz término a revolução e a construção mediante a manutenção das posições independentes e criadoras e a elevação do papel da consciência ideológica.

Para materializar a ideia Juche na revolução e na construção é imprescindível observar com rigor os princípios diretivos desta ideia.

1) Se deve manter a posição independente

Para efetuar a revolução e a construção segundo os postulados da ideia Juche é necessário manter e materializar a independência nas atividades do Partido e do Estado.

Como princípios para a materialização da independência, o Líder expôs o Juche na ideologia, a independência na política, a autossuficiência na economia e a autodefesa na defesa nacional. Tais são os princípios diretivos para materializar a independência nas esferas da ideologia, da política, da economia e da defesa nacional.

O Juche na ideologia

Estabelecer o Juche na ideologia é o requisito primordial da luta revolucionária das massas populares pela independência. Como a revolução e a construção são atividades conscientes dos homens, somente estabelecendo o Juche na ideologia é possível implantá-lo em todas as esferas: a política, a economia, a defesa nacional, etc.

Estabelecer o Juche na ideologia significa que cada um possua a consciência de estar encarregado da revolução e da construção, adote o critério e a atitude de pensar e realizar todas as coisas a partir da revolução do seu país e de resolver qualquer problema com sua própria sabedoria e seu próprio esforço.

Cada partido e cada povo são protagonistas da revolução em seu país, e devem levá-la a feliz término em seu dever fundamental. A revolução mundial pode desenvolver-se com total êxito se todos os países realizarem cabalmente sua revolução e sobre esta base se apoiar e cooperar entre si. Por esta razão, cada partido e cada povo devem implantar firmemente o Juche na ideologia para poder realizar a revolução e a construção em seu país com responsabilidade e com a atitude própria dos protagonistas desse empenho.

Para implantar o Juche na ideologia é necessário municiar-se com as ideias revolucionárias da classe operária e com a linha e com a política de seu partido.

A classe operária é independente e sua ideologia revolucionária é também independente. Somente armando-se com esta ideologia, se tomará consciência de estar encarregado da revolução e da construção e levará estas adiante com êxito, sob qualquer circunstância difícil e complexa.

O guia da revolução e da construção em cada país é constituído da linha e política do seu partido revolucionário que encarnam as ideias revolucionárias da classe operária. Somente ao municiar-se com essa linha e política do seu partido e tomá-las por regra para suas atividades intelectuais e práticas, será capaz de realizar a revolução e a construção conforme os requerimentos do seu povo e a realidade do seu país, assim como cumprir com a responsabilidade assumida como protagonista da revolução.

O estabelecimento do Juche na ideologia significa dotar-nos da ideia Juche e da linha e da política do Partido que a encarnam, assim como implantar o sistema de ideologia única do Partido. Somente quando este sistema predomine de maneira absoluta no Partido e na sociedade, poderemos dizer que o Juche foi implantado firmemente na ideologia.

Para estabelecer o Juche na ideologia é preciso conhecê-lo bem. É necessário estar a par das coisas do país para resolver os problemas da revolução e a construção de maneira independente e conforme a sua situação, assim como efetuar a uma e a outra segundo a aspiração e a exigência do seu povo. Ademais, somente assim se amará fervorosamente a sua pátria e ao seu povo e se porá em vermelho vivo o espírito de abnegação patriótica e de fervor revolucionário.

Os coreanos devem conhecer detalhadamente a história, geografia, economia e cultura da Coreia, assim como os costumes do seu povo e, sobretudo, a política de nosso Partido, a sua história e tradições revolucionárias. Unicamente desta forma se converterão em genuínos patriotas e comunistas da Coreia, inspirados no Juche.

Para implantar o Juche na ideologia, é necessário possuir uma alta dignidade nacional e orgulho revolucionário.

Se alguém não sente orgulho de que sua nação não é inferior em nada perante outras, nem tem a honra de ser integrante de um povo que faz a revolução, não será capaz de viver de modo independente de acordo com seu critério próprio, nem defender a independência e a dignidade de sua nação, nem tampouco triunfar na árdua luta revolucionária. A nação que possua uma alta dignidade e orgulho revolucionário será invencível, porém, em caso contrário, será impotente. Possuir uma alta dignidade nacional e orgulho revolucionário é particularmente necessário para os povos dos pequenos países que durante muito tempo foram vítimas da opressão externa. Nestes países, onde estão profundamente arraigados o niilismo nacional e o servilismo ante as grandes potências como consequência de outros tempos em que os imperialistas praticaram a assimilação colonial e a política de supressão da cultura autóctone, devem realizar esforços para elevar a dignidade nacional e o orgulho revolucionário.

Nosso dever é conseguir que todo o povo sinta profundamente sua dignidade como nação inteligente e valiosa e, de modo especial, sua honra e orgulho de fazer a revolução sob a orientação do grande Líder.

A implantação do Juche na ideologia requer o desenvolvimento da cultura nacional e a elevação do nível técnico- cultural das massas.

Somente ao criar uma cultura nacional na forma, e socialista e revolucionária no conteúdo, uma cultura do tipo Juche, que vá ao encontro do sentimento do seu povo e tenha bem clara a posição da classe operária, será possível implantar entre nós uma saudável vida ideológico-espiritual e estabelecer corretamente o Juche na ideologia. Com o objetivo de desenvolver saudavelmente a cultura nacional socialista se deve, por um lado, impedir estritamente a penetração cultural do imperialismo e, por outro, rechaçar as tendências restauracionistas e niilistas acerca do patrimônio da cultura nacional e levar adiante suas melhores tradições com uma direção acertada, assim como aceitar, ainda que de modo crítico, os elementos progressistas da cultura de outros países, que correspondam ao sentimento do próprio povo.

Ademais, somente ao promover ativamente o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e elevar o nível técnico- cultural das massas trabalhadoras, poderão estas converter-se nas verdadeiras donas da natureza e da sociedade e estabelecer firmemente o Juche no campo da ciência e da técnica, após desarraigar as tendências a esperar e depender da ajuda alheia.

Para estabelecer o Juche na ideologia é preciso opor-se ao servilismo diante das grandes potências e a toda ideologia decadente.

A implantação do Juche na ideologia representa a emancipação ideológica dos homens, ou seja, sua libertação dos grilhões das ideias decadentes e um processo da revolução ideológica para implantar a nova concepção jucheana de mundo. Para estabelecer o Juche na ideologia há que rechaçar as velhas ideias que lhe sejam contrárias, sobretudo liquidar na raiz o servilismo perante das grandes potências.

Esta é a ideologia de uma submissão escrava, de servir com devoção e render culto a países grandes ou desenvolvidos, uma ideologia niilista que desdenha e deprecia o próprio país e a nação. Quando se está impregnado de servilismo diante das grandes potencias, se cria o hábito de enaltecer e seguir aos outros e, em consequência disto, ao abraçar ao re- visionismo ou ao dogmatismo, também se cairá nos mesmos erros.

Como assinalou o Líder, ao incorrer no servilismo, resultará em engano; se o pratica uma nação, arruinará o país; se o faz um partido, fracassarão a revolução e a construção.

O mais nefasto e perigoso servilismo atualmente é o que se ajoelha diante do imperialismo estadunidense. Este se manifesta no temor e na adoração aos EUA, causando incalculáveis danos à luta revolucionária dos povos. Sua consequência nociva é sentida em forma concentrada no sul da Coreia. A servidão aos agressores imperialistas ianques, semeada por estes agressores e seus sequazes, constitui o veneno ideológico mais prejudicial que paralisa a consciência nacional e classista dos sul-coreanos e deforma o valioso patrimônio cultural da nossa nação e seus costumes. A menos que se consiga intensificar entre a população sul-coreana a luta contra a ideia do temor e da idolatria aos EUA e para elevar a consciência independente nacional, não será possível alcançar nem a vitória na revolução sul-coreana nem tampouco a reunificação independente da Pátria.

A luta para opor-se à submissão diante das grandes potências e estabelecer o Juche constitui uma questão séria da qual depende o destino da revolução. Nós iremos fortalecer continuamente a luta contra tal servilismo e para estabelecer o Juche na ideologia e, desta forma, assegurar a plenitude da vitória definitiva da Revolução Coreana.

A independência na política

A política é uma esfera da vida social e sua importância é decisiva. À margem da independência na política não se pode falar de independência em nenhuma outra esfera. O Juche na ideologia se expressa, antes de tudo, pela independência na política que assegura também a autossuficiência na econômica e a autodefesa na salvaguarda nacional.

A manutenção da independência na política significa aplicar uma política que preserve a independência nacional e a soberania do próprio povo, proteja seus interesses e se baseie em suas próprias forças.

Como indicou o Líder, a independência política é a primeira característica distintiva de um Estado soberano e independente, e sua primeira forma de existência. Toda nação deve mantê-la, porque somente assim pode assegurar sua independência e sua liberdade, além da sua felicidade e prosperidade. A luta revolucionária é travada, antes de tudo, para alcançar a independência política. Com todos os problemas relacionados com a revolução e a construção dependem diretamente da política, pode-se afirmar que o destino da causa revolucionária é decidido, em última instancia, pela independência política.

Para assegurar a independência na política é preciso estabelecer o poder popular. O direito de cada homem à independência se expressa em forma concentrada no poder estatal. Portanto, para realizar por completo a independência, a classe operária e o resto das massas populares devem ser, antes de tudo, donas do poder. Somente tomando em suas mãos o poder e convertendo-se em verdadeiras donas do Estado e da sociedade, poderão realizar a independência política e desfrutar de uma vida independente e criadora.

Para assegurar a independência na política, é necessário preparar forças políticas internas.

As forças políticas constituem a parte principal das forças revolucionárias. Somente alistando potentes forças políticas internas e apoiando-se nelas, será possível conquistar e defender a soberania e aplicar uma política independente. Para constituir estas formações se deve consolidar o Partido, força reitora da revolução, e conquistar a unidade e coesão de todo o povo, baseadas na aliança operário-camponesa, cujo núcleo é a classe operária. O mais importante neste aspecto é agrupar monoliticamente todo o povo em torno do partido e do líder. Quando o partido e o povo se unem coesamente como uma só força política, demonstram um poderio inesgotável e alcançar a vitória na revolução e na construção.

Para assegurar a independência na política devem definir e aplicar de maneira independente a linha e a política, baseando-se em sua própria ideia reitora e segundo sua própria determinação.

O principal na política é determiná-la e executá-la. Somente quando se define e executa por sua própria conta toda linha e política, pode-se dizer que a política é exercida independentemente. Se no campo político toleram a pressão e ingerência de outros ou atuam ao compasso da batuta alheia, não poderão manter os princípios e a constância e, a longo prazo, levará ao fracasso a revolução e a construção.

Nosso Partido pode conquistar sempre brilhantes vitórias na revolução e na construção porque, sob a sábia direção do Líder, definiu e executou de maneira independente toda linha e política conforme os interesses do nosso povo e a realidade do nosso país, tendo a ideia Juche como sua única ideologia reitora.

Para assegurar a independência na política é necessário exercer plenamente a soberania e a igualdade nas relações internacionais.

A independência do Partido e do Estado se expressa, no final das contas, nas relações exteriores. O exercício pleno da soberania e da igualdade na arena internacional constitui o problema fundamental para assegurar a independência na política. A soberania é o direito sagrado de todos os partidos, países e nações. No mundo existem partidos e países grandes e pequenos, nações desenvolvidas e atrasadas no aspecto econômico, mas todos são iguais e independentes. Ninguém deve atentar contra a soberania de outros, mas tampouco deixar que se viole a sua.

A independência não contradiz o internacionalismo, ao contrário, serve de fundamento para garanti-lo. Assim como não se pode pensar na revolução mundial apartada da revolução em seu país, tampouco pode-se conceber o internacionalismo à margem da independência. A solidariedade internacionalista deve ser, desde o seu princípio, voluntária e igualitária. Pode sê-lo, além de sincera e duradoura, somente quando está baseada na independência.

Nosso Partido mantém a orientação de fortalecer a unidade dos países socialistas e o movimento comunista internacional sobre a base de opor-se ao imperialismo, apoiar o movimento de libertação nacional nas colônias e o movimento operário internacional, avançar continuamente pelo caminho do socialismo e do comunismo e observar os princípios da não ingerência nos assuntos internos, o respeito mútuo, a igualdade e o benefício reciproco. Ademais, nosso país se orienta à união com os países não alinhados, os países emergentes e a cooperação com todos os países que nos tratem amistosamente sobre a base dos seguintes princípios: o respeito à integridade territorial e a soberania, a não agressão, a não ingerência nos assuntos internos, a igualdade e o benefício mútuo.

No futuro também defenderemos a soberania e a igualdade nas relações exteriores e manteremos o princípio de combinar a independência e o internacionalismo.

Autossuficiência na economia

A economia é a base material da vida social. Somente ao obter a autossuficiência econômica é possível consolidar a soberania do país e levar uma existência independente, assegurar a plenitude do Juche na ideologia, a independência na política e a autodefesa na salvaguarda nacional, assim como criar uma rica vida material e cultural para a população.

Para materializar o princípio de autossuficiência na economia é necessário construir uma economia nacional independente.

Edificar uma economia nacional autossuficiente significa levantar uma economia sustentada sobre suas próprias bases, sem depender de outros, que sirva ao seu povo e se desenvolva apoiando-se nos recursos do seu país e nas forças do seu povo. Somente construindo tal modelo será possível aproveitar de maneira racional e global os recursos naturais do país para desenvolver rapidamente as forças produtivas e melhorar incessantemente a vida da população, firmar as sólidas bases materiais e técnicas do socialismo e ampliar o poderio do país nos planos político, econômico e militar. Ademais, na esfera das relações internacionais pode-se exercer plenamente a soberania e igualdade no aspecto político e no econômico, além de fazer aportes ao crescimento das forças anti-imperialistas, independentes e socialistas do mundo. Sobretudo, a construção de uma economia nacional autossuficiente se apresenta como um problema vital naqueles países que no passado ficaram atrasados no plano econômico-tecnológico devido à dominação e ao saque dos imperialistas.

Somente edificando tal economia é possível rechaçar a política neocolonialista dos imperialistas, libertar-se por completo do seu domínio e exploração, liquidar a desigualdade em relação a outras nações e avançar com brio pelo caminho do socialismo.

Para levantá-la se deve observar o princípio de apoiar- se nos próprios esforços na construção econômica.

O apoio nos próprios recursos implica o espírito revolucionário, o princípio de luta dos comunistas de levar a cabo a revolução por sua própria conta. Como em todos os outros ramos da revolução e da construção, também na edificação econômica se deve confiar e apoiar nas próprias forças. Um povo que trabalha com tenacidade, confiando em suas próprias forças, pode realizar qualquer trabalho difícil, mas o que não faça assim, esperando somente a ajuda externa, não será capaz de executar satisfatoriamente nenhum trabalho. Quando se mobiliza as forças do povo e os recursos do país e se baseia nos próprios recursos financeiros e tecnológicos, atendo-se ao princípio de apoiar-se nos próprios esforços, é possível desenvolver a economia com iniciativa e em elevado ritmo, alcançar o florescimento e a prosperidade do país, superando quaisquer dificuldades que surgir.

Para edificar uma economia nacional autossuficiente é preciso desenvolvê-la de forma multilateral e global.

A economia socialista autossuficiente, ao contrário da economia capitalista que busca somente o lucro, se propõe satisfazer sempre as necessidades do país e do povo. Para tanto, deve desenvolver-se multilateral e globalmente, de forma que possa saciar, com sua produção, as necessidades de artigos da indústria pesada e ligeira, assim como as de produtos agrícolas para o fortalecimento do país e a melhoria da vida da população. Somente assim, se desenvolverá segura e rapidamente sobre bases sólidas.

Segundo as experiências práticas de nosso país, na construção de uma economia autossuficiente, multifacetada e globalmente desenvolvida, é necessário manter a linha de desenvolver, com prioridade, a indústria pesada e fomentar ao mesmo tempo a indústria leve e a agricultura.

A indústria pesada, cujo núcleo constitui a indústria mecânica, é a articulação da economia nacional autossuficiente. Ao contar com semelhante indústria pesada, será possível sustentar a si mesmo na frente econômica e tecnológica e imprimir um rápido progresso ao conjunto da economia nacional, inclusas a indústria ligeira e a agricultura, sobre a base da tecnologia moderna. E se juntamente com a indústria pesada se desenvolvem a indústria ligeira e a agricultura, será possível melhorar sistematicamente a vida da população e acelerar o desenvolvimento da mesma indústria pesada. Realizar com êxito a agricultura e resolver autonomamente o problema da alimentação, tem importância excepcional para criar seguras condições de vida para a população e viver de maneira independente.

Para construir uma economia nacional autossuficiente é preciso dotar a economia com uma moderna tecnologia e preparar em escala massiva o contingente técnico nacional.

A autossuficiência técnica é uma exigência indispensável da autossuficiência econômica. Somente contando com a sua própria técnica avançada será possível explorar eficientemente os recursos naturais do país e desenvolver a economia nacional de modo multilateral. Ademais, com o progresso tecnológico será possível emancipar as massas trabalhadoras de tarefas penosas, diminuir as diferenças entre o trabalho físico e o trabalho intelectual e resolver por conta própria os complexos e difíceis problemas que se apresentam na construção econômica e na defesa nacional. Por fim ao atraso técnico da economia nacional e equipá-la com a tecnologia moderna constitui uma revolução. Com a condição de que em todos os ramos seja impulsionada sem cessar a revolução técnica, aproveitando todas as possibilidades, se poderá alcançar, dentro de pouco tempo, o progresso técnico e a autossuficiência econômico-técnica do país.

Solucionar o problema do contingente técnico nacional é uma condição importante para a autossuficiência econômico-técnica e é indispensável para desenvolver com as próprias forças a economia e a técnica. Se coloca como uma tarefa de particular importância para a construção de uma nova sociedade naqueles países que anteriormente estiveram muito afastados da moderna civilização científico-técnica por estarem sob a dominação imperialista. Para tanto, se querem fazer a revolução técnica e alcançar a autossuficiência no plano econômico-técnico, devem canalizar seus esforços na revolução cultural com a finalidade de elevar o nível cultural- técnico das massas trabalhadoras e formar um grande contingente técnico nacional. Nós devemos materializar consequentemente a orientação do Líder sobre a intelectualização de toda a sociedade, elevar o nível cultural-técnico das massas trabalhadoras e a qualificação dos quadros técnicos, preparar mais e melhor os novos contingentes de técnicos.

Para construir uma economia nacional autossuficiente se devem assentar as próprias e firmes bases de matérias primas e combustíveis.

Depender de outros para ter acesso à matérias-primas e combustíveis significa confiar em mãos alheias a jugular da economia. Para se autossustentar na economia e desenvolvê-la com firmeza e com vistas ao futuro é obrigatório apoiar-se nas próprias bases de matérias primas e combustíveis e cobrir suas necessidades fundamentalmente com a produção nacional. Para isto, deve-se, por um lado, mobilizar ao máximo e aproveitar racionalmente os recursos naturais do país e, por outro, desenvolver a indústria, desde sua etapa inicial, com caráter jucheano à base de matérias primas e combustíveis nacionais.

Construir uma economia nacional autossuficiente sob o princípio de apoio nas próprias forças não significa de maneira alguma realizar a edificação econômica a portas fechadas. Este conceito faz oposição à dominação e à subjugação econômica por outros países, mas não à cooperação econômica no plano internacional. A estreita colaboração econômico-técnica entre os países socialistas e os emergentes desempenha um papel de singular importância para garantir a autossuficiência e incrementar seu poderio econômico.

Hoje, os povos dos países emergentes lutam contra a política de agressão e saque dos imperialistas encabeçados pelos ianques, para defender a soberania e os recursos naturais, para estabelecer uma nova e equitativa ordem econômica internacional no lugar da velha ordem, que permite a uma minoria das potências capitalistas explorar e saquear a seu capricho a maioria dos países e a seus povos. Os países emergentes possuem inesgotáveis recursos humanos e naturais e enorme potencial econômico. Estes contam, ademais, com abundante experiência e tecnologia valiosa que podem intercambiar entre si. Se estes países e seus povos estreitarem a cooperação econômico-técnica e travarem uma enérgica luta unindo suas forças, poderão rechaçar a política de agressão e saque aplicada pelos imperialistas, defender a dignidade nacional e o direito à existência, e alcançar em curto prazo a autossuficiência econômica e a prosperidade, sem depender das grandes potências.

A importante tarefa que enfrentamos atualmente na construção da economia nacional socialista autossuficiente é acelerar o processo de adaptação da economia às condições nacionais, sua modernização e fundamentação científica.

Como assinalou o Líder, este propósito constitui a linha estratégica que deve ser mantida invariavelmente na edificação econômica socialista e comunista. Devemos impulsioná-la de forma dinâmica, seguindo contínua e firmemente a linha de construção da economia nacional autossuficiente, para garantir seu caráter independente e original, modernizar sem cessar seu equipamento técnico e fundamentar cientificamente todas as atividades produtivas e administrativas.

Autodefesa na salvaguarda nacional

Assegurar a autodefesa na salvaguarda nacional é um princípio fundamental na construção de um Estado soberano e independente. Dada a existência do imperialismo, o país que não possuir forças armadas com plena capacidade defensiva, capazes de protegê-lo tanto dos inimigos internos quanto dos externos, não pode considerar-se, de fato, completamente soberano e independente.

O imperialismo é um foco permanente de guerra e atualmente o imperialismo estadunidense, especificamente, se impõe como a força principal de agressão e da guerra.

Como ensinou o líder, nós não queremos a guerra, mas não a tememos, nem tampouco mendigamos a paz aos imperialistas. A via mais justa para defender a independência nacional e a paz e conquistar a vitória da causa revolucionária consiste em replicar a guerra agressiva imperialista com a guerra de libertação, opor à violência contrarrevolucionária da reação com a violência revolucionária e estar sempre prontos para fazer frente às manobras de agressão e guerra dos imperialistas.

Por tudo isto, é preciso materializar o princípio de autodefesa na salvaguarda nacional, garantia militar da independência política e a autossuficiência econômica do país. Somente quando se materializa o dito princípio é possível rechaçar a agressão e intervenção imperialistas e defender a independência política, a autossuficiência econômica do país, as conquistas da revolução e a segurança do povo.

Aplicar o princípio de autodefesa na salvaguarda nacional significa defender o país com as próprias forças. Evidentemente, também neste aspecto pode-se receber ajuda dos países fraternos e dos países amigos. Contudo, não é possível encarregar aos outros a defesa do país. O principal é, em qualquer caso, que se tenha a própria força para que assim seja eficiente a ajuda externa. Por esta razão, para resguardar o país há que se apoiar, antes de tudo, na força do próprio povo e na própria capacidade defensiva. A defesa nacional também é uma obra para e pelo povo. Se este, sob a direção de um partido revolucionário, se une estreitamente como um só homem e se levanta na luta pela libertação nacional e na defesa da Pátria, será capaz de rechaçar com êxito qualquer agressor imperialista e assegurar a independência do país e as conquistas revolucionárias.

Para encarnar o princípio de autodefesa na salvaguarda nacional deve-se contar com forças armadas com plena capacidade defensiva.

Estas forças devem ser organizadas com os filhos e filhas do povo trabalhador. Somente um exército, cujos integrantes, tanto soldados como oficiais, sem exceção, sejam filhos de operários, camponeses e demais setores do povo trabalhador, pode assegurar a unidade com o povo, a concordância entre seus efetivos superiores e subalternos e atuar como forças armadas com plena capacidade defensiva, genuinamente populares, que protejam a independência do país e as conquistas da revolução, além de servir ao povo.

Para materializar o princípio da autodefesa na salvaguarda nacional é preciso implantar o sistema defensivo de todo o povo e do Estado.

Para estabelecer este sistema é necessário converter todo o exército em um exército de quadros e modernizá-lo. Quando se converter em um exército de quadros, além de aumentar seu poderio, será possível assegurar as forças de mando necessárias para poder, em caso de emergência, acrescentar várias vezes os efetivos. E ao modernizar o exército revolucionário em todas suas ordens, somando a sua superioridade político-ideológica a tecnologia moderna, será possível torná-lo um exército verdadeiramente invencível.

Para implantar o sistema defensivo de todo o povo e do Estado, é necessário, ademais, armar todo o povo e fortificar todo o país. Esta é a única maneira de mobilizar as forças do povo para aniquilar de imediato até o último dos inimigos que nos ataque, não importa por onde, e defender com firmeza o país da agressão imperialista.

Para aplicar o princípio de autodefesa na salvaguarda nacional se deve promover no mais alto grau a superioridade político-ideológica das forças armadas populares.

O fator decisivo que determina a vitória na guerra não está no armamento ou na tecnologia, mas no alto fervor político e o espírito de abnegação revolucionária do exército e das massas populares, conscientes da justeza de sua causa. O nobre espírito revolucionário de lutar pela liberdade e libertação do povo, a imensa fidelidade ao partido e ao líder, o incomparável espírito de sacrifício de entregar sem hesitação até a juventude e a vida à causa da Pátria e da revolução, o heroísmo coletivo, a camaradagem revolucionária entre oficiais e soldados, os laços inseparáveis com o povo, a disciplina consciente, etc., constituem a superioridade político-ideológica que unicamente o exército do povo, o revolucionário, pode possuir. Como demonstra a história das guerras revolucionárias, o exército revolucionário, bem preparado no aspecto político-ideológico, pode combater com todo êxito, ainda que possua um armamento atrasado, a um inimigo munido com armas ultramodernas. A superioridade político-ideológica é, na realidade, a vantagem essencial das forças armadas revolucionárias e a fonte da sua invencibilidade.

Para tanto, é necessário reforçar o exército no aspecto político-ideológico, elevar sem cessar seu nível de preparação neste aspecto e vencer o exército agressor imperialista com a superioridade político-ideológica das forças armadas populares revolucionárias.

Outro requerimento para aplicar o princípio de autodefesa na salvaguarda nacional é a construção da própria indústria de defesa nacional, garantia material das forças armadas com plena capacidade defensiva. Em especial, dado que hoje os imperialistas encabeçados pelos ianques tratam perversamente de subjugar a outros países utilizando como isca as armas, com cujo tráfico saqueiam os povos de outros países e obtém fabulosos lucros, é de suma importância para os países que recentemente conquistaram a sua independência criar sua própria indústria para a defesa nacional. Evidentemente, para os países pequenos é difícil produzir por si mesmos todas as armas necessárias, mas isto não pode ser motivo para depender totalmente de outros neste aspecto. Estes países devem construir e promover a indústria de defesa nacional para poder produzir quantas armas sejam possíveis.

Deve-se consolidar a retaguarda para materializar o princípio de autodefesa na salvaguarda nacional.

Como indicou o Líder, a vitória ou a derrota na guerra moderna dependem primordialmente de assegurar ou não, em suficiente quantidade e por longo tempo, os recursos humanos e materiais que se necessitam para sustentar o conflito. Para fazer frente na guerra é necessário fortificar as zonas de importância estratégico-militar, criar reservas de materiais necessários e fazer minuciosos preparativos em tempos de paz para poder continuar a produção em casos de emergência.

Ao manter a orientação de impulsionar paralelamente a construção econômica e a da defesa nacional, nosso Partido fez preparativos bastante completos, tanto militares como materiais, para enfrentar a guerra e consolidou de forma monolítica a frente e a retaguarda.

Aplicando contínua e consequentemente a linha de autodefesa na salvaguarda nacional, faremos invencíveis nossas forças armadas, de plena capacidade defensiva, e resguardaremos com firmeza a Pátria e as conquistas da revolução, rechaçando toda tentativa de invasão do inimigo.

2) Há que aplicar o método criador

Para realizar a revolução e a construção segundo as exigências da ideia Juche é necessário aplicar o método criador, tanto na elaboração da linha, estratégia e táticas da revolução como em sua materialização.

A aplicação do método criador para solucionar todos os problemas da revolução e da construção conforme a situação real, apoiando-se na faculdade criadora das massas populares, é um princípio que há de ser observado invariavelmente no movimento revolucionário.

Método de apoiar-se nas massas populares

O êxito na revolução e na construção depende, em última instância, de como são mobilizadas as forças criadoras das massas populares.

Somente quando se apoia nestas será possível acelerar com energia a revolução e a construção, resolvendo com sucesso qualquer problema difícil, já que se tratam de forças determinantes que as impulsionam.

Para levar a feliz término a revolução e a construção com o apoio das massas populares, é forçoso traçar uma linha e uma política corretas que refletem suas demandas e aspirações e conseguir que as façam suas.

As massas populares conhecem a realidade melhor do que ninguém e acumulam ricas experiências. Somente ao sintetizar e generalizar a vontade e as exigências das amplas massas, será possível traçar linhas e orientações justas que correspondam às aspirações e interesses do povo e conquistar seu coração e alentá-lo na luta. Se não se refletir fielmente a vontade das massas populares é provável que se cometam erros subjetivistas na direção da revolução e da construção e então não se poderá pôr em jogo a faculdade criadoras delas.

Uma vez adotadas a linha e orientação que refletem a vontade e aspirações das massas populares, há que explicá-las amplamente entre estas, para que as façam suas.

Toda linha e orientação do partido se concretizam como realidade, no final das contas, graças às massas populares. Quando estas chegam a conhecer a justeza da política do partido e as vias para sua execução, as aceitam como uma questão vital e se esforçam para realizá-la, manifestando um elevado entusiasmo e iniciativa. Do contrário, uma linha e orientação incompreendidas por elas não produzem grande efeito na prática.

Com o objetivo de efetuar a revolução e a construção apoiando-se na faculdade criadora das massas populares é necessário reuni-las em uma mesma força política.

A força das massas emana da sua unidade. Se estão agrupadas em uma sólida fileira, mostrarão um poderio real surpreendente na luta revolucionária e no trabalho da construção.

Para agrupar compactamente as massas populares deve-se combinar de maneira correta a linha classista e a de massas.

Somente ao observar com rigor o princípio classista e, ao mesmo tempo, aplicar com acerto a linha de massas, será possível isolar por completo os elementos hostis, garantir a posição de classe, educar, transformar e unir os amplos setores das massas e promover plenamente sua faculdade criadora no processo revolucionário e construtivo. Sob o socialismo, ao cair em desvios esquerdistas ou direitistas sem chegar a combinar corretamente a luta de classes e o trabalho dirigido a consolidar a unidade e coesão das massas populares, se debilita a unidade das massas e paralisa seu fervor revolucionário e sua faculdade criadora, causando graves danos à revolução e à construção.

Para pôr em vermelho vivo a força criadora das massas populares na revolução e na construção se deve combater qualquer elemento decadente que obstrua a inovação. De particular importância é a luta enérgica contra a passividade e o conservadorismo. Somente intensificando esta ação é possível pôr em jogo plenamente a faculdade criadora das massas populares e levar a revolução e a construção às inovações ininterruptas.

É preciso implantar em ampla escala o movimento de massas na revolução e na construção.

O movimento de massas implica um método criativo que fortalece a unidade e cooperação das massas trabalhadoras e mobiliza plenamente sua força inesgotável, e também um método revolucionário para acelerar construção do socialismo e o comunismo por meio da luta das massas e a inovação coletiva. Ao travar a luta de massas com uma boa organização e ao promovê-la sem cessar, combatendo todo fator que perturbe o movimento e pondo em vermelho vivo a consciência e a faculdade criadora das massas, será possível resolver qualquer problema difícil.

Uma questão importante para levar a cabo a revolução e a construção, apoiando-se na faculdade criadora das amplas massas, é aplicar um método de trabalho revolucionário. Ainda que haja uma linha e uma orientação acertadas, se falta um método de trabalho revolucionário não se poderá mobilizar as massas corretamente para sua execução, nem levar a um bom término a revolução e a construção.

Tempos atrás, na época da Luta Revolucionária Antijaponesa, o Líder criou o método de trabalho revolucionário comunista, o método de trabalho inspirado na ideia Juche.

Trata-se de um procedimento que orienta as massas a manter sua posição e cumprir seu papel como protagonistas da revolução e da construção. É um método de trabalho revolucionário e comunista: compenetrar-se sempre com as massas para conhecer a situação real do país e tomar medidas justas para a solução dos problemas colocados, propiciar que a instância superior preste eficiente ajuda à inferior, antepor o trabalho político a outros trabalhos de maneira que as massas se mobilizem voluntariamente no cumprimento das tarefas revolucionárias e solucionar de modo criador qualquer problema, sem formalidades nem moldes, de acordo com as peculiaridades concretas e as circunstâncias que se apresentam. Este método de trabalho exige compartilhar sempre com as massas as penas e as alegrias, mostrar-lhes exemplos práticos, colocando-se a sua cabeça e tratá-las com uma atitude modesta, simples e generosa, orientando-as para manifestar sem reservas seu espírito criador e sua iniciativa.

Este método de trabalho jucheano difere radicalmente daqueles outros métodos que movem o homem pela força do dinheiro e do chicote ou do método de trabalho administrativo e de mando.

O partido da classe operária deve valer-se sempre do método de trabalho revolucionário, tanto antes e depois da tomada do poder como na luta revolucionária e no trabalho da construção. Sobretudo, depois de conquistar o poder deve melhorá-lo e aperfeiçoá-lo sem cessar, conforme a realidade em desenvolvimento. Isto é imprescindível para promover devidamente o fervor revolucionário e a atividade criadora das massas, para impulsionar com dinamismo a construção do socialismo e do comunismo. Ademais, isto é necessário para frear ao partido no poder a tendência à burocratização e tomar forma e condições administrativas. A aplicação do método de trabalho revolucionário pelo partido da classe operária para apoiar-se nas massas e colocar em ação suas faculdades criadoras, é uma importante questão de princípio na revolução e na construção.

Nós devemos pôr em vermelho vivo a faculdade criadora das massas populares com a encarnação consequente do método de trabalho revolucionário criado pelo Líder, o método de trabalho a seu estilo, para assim impulsionar em maior ritmo a revolução e a construção.

Método de trabalho conforme a realidade

O movimento revolucionário requer que se resolva todos os problemas de acordo com a realidade em constante mudança e desenvolvimento e conforme as condições concretas do país.

A luta revolucionária pelo socialismo e pelo comunismo se desenvolve em diferentes épocas e circunstâncias concretas em cada país. Não pode haver na revolução e na construção uma receita conveniente a qualquer época ou país. Por isso, partindo sempre da realidade concreta, há que solucionar todos os problemas de maneira criadora, de acordo com a situação real.

Para conduzir a luta revolucionária de acordo com a situação de cada país é preciso definir a linha e a política, a estratégia e a tática sobre a base de uma séria consideração das condições subjetivas e objetivas de sua revolução. Quando não se levam em consideração estas condições é possível incorrer no subjetivismo ao elaborar a linha e a política e, assim, pode-se causar grande dano à revolução e à construção.

Na luta revolucionária se deve conceder a maior importância aos fatores internos, ou seja, fatores políticos e ideológicos. Quando estão preparadas as forças internas e é elevado o nível de consciência ideológica das massas populares é possível impulsionar por iniciativa própria a revolução, ainda que sejam desfavoráveis as demais condições. Ao determinar a linha e o método da revolução, devem considerar-se como fundamentais os fatores intrínsecos, isto é, os político-ideológicos, e desenvolver ativamente a revolução, fomentando-os.

Para levar a cabo a luta revolucionária e o trabalho da construção em consonância com a situação do país é preciso adotar uma atitude justa acerca das teorias existentes.

Como ensinou o Líder, acerca das teses ou fórmulas das teorias existentes, há que aplicá-las de acordo com a realidade concreta e peculiaridades após analisar de que época são as exigências que refletem e sob que premissas foram criadas. A teoria que não está de acordo com a prática revolucionária concreta não serve para nada. O ponto de partida para dirigir a luta revolucionária e o trabalho de construção não são as teses ou fórmulas de alguma teoria existente, mas a realidade palpitante. O problema não reside no fato de que se o proposto corresponde ou não à teoria exigente, mas se está de acordo ou não com as exigências e interesses das massas populares, se está adaptado ou não às condições subjetivas e objetivas do período histórico determinado. Se convém, não há porque ver-se restringido por teses ou fórmulas existentes.

Para levar a luta revolucionária por um caminho correto é preciso buscar de forma ativa novos princípios e vias para a revolução e para a construção que correspondam às condições históricas da época e à situação concreta do país em questão.

Buscar novos princípios e vias da revolução sob as exigências da realidade é da maior importância em nossa época.

Diante do fato de que a revolução e a construção se aprofundam e desenvolvem em uma medida sem precedentes e são colocados problemas teórico-práticos, nossa época exige a criação de teorias diretivas, estratégias e táticas revolucionárias convenientes à realidade de hoje e desenvolver de maneira criadora as teorias revolucionárias da classe operária.

As atividades teóricas de nosso Partido, que esclareceu os princípios e vias originais da revolução, conforme as exigências da prática revolucionária de nossa época, constituem um brilhante exemplo por ter defendido os princípios revolucionários do marxismo-leninismo e desenvolvido as teorias revolucionárias da classe operária a uma etapa superior.

Na revolução e na construção é importante assumir uma atitude crítica e criadora a respeito das experiências alheias.

As experiências de outros países, em todo caso, refletem suas condições sócio-históricas e suas peculiaridades nacionais. Para os demais, há nelas coisas necessárias e úteis, mas também as que não são, há coisas que se adaptam à realidade e outras que não. Delas se deve aceitar somente as benéficas, não as demais. Ainda no caso de introduzir experiências positivas deve ser mantida a posição de não assimilar mecanicamente, mas transformá-las e adaptá-las à realidade do respectivo país.

É necessário consultar as experiências alheias, mas na medida do possível se devem aproveitar as próprias.

É um erro tanto copiar às cegas o alheio como não querer aprender modestamente com as valiosas experiências dos outros. O importante é a atitude tomada diante destas. Ao que nos opomos é a atitude dogmática: adorar cegamente e sem espírito criador as experiências alheias e aceitar sem consideração o que não se adapta à realidade. Esta atitude impede traçar corretamente a linha e a política de acordo com as exigências do desenvolvimento da revolução do próprio país e as aspirações do seu povo e, a longo prazo, obstrui a revolução e a construção.

Resolver tudo de acordo com a realidade, encarnando nela o espírito criador, é realmente um método científico e revolucionário que rechaça tanto o servilismo diante de grandes potências como o dogmatismo, e permite levar a bom término a revolução e a construção.

3) Há que conceder atenção primordial ao fator ideológico

Dado que a consciência ideológica independente das massas populares desempenha papel determinante no movimento revolucionário, é preciso, na revolução e na construção, conceder atenção primordial ao fator ideológico e antepor a todas as demais tarefas o trabalho político, o de superação ideológica, destinado a despertar a consciência e a atividade das massas populares.

Priorização da superação ideológica

A superação ideológica é uma tarefa importante, encaminhada a transformar as pessoas em comunistas autênticos.

O Líder colocou como uma tarefa revolucionária importante para transformar toda a sociedade segundo os requerimentos da ideia Juche, a de preparar todos seus integrantes como comunistas de tipo jucheano mediante sua dotação com a consciência revolucionária e da classe operária e sua intelectualização.

Para construir o socialismo e o comunismo é imprescindível, além de desenvolver as forças produtivas e modificar as relações sociais, converter os mesmos homens em comunistas de preparo multifacetado. Por mais elevado que seja o nível de desenvolvimento das forças produtivas e por mais abundantes que sejam os bens materiais, não se pode afirmar que esteja construída a sociedade comunista enquanto a população, dona da sociedade, não tenha se convertido em comunista.

Para converter as pessoas em comunistas integralmente desenvolvidos, em seres independentes e criadores, há que dotá-las de ideias comunistas, instruí-las nas últimas conquistas das ciências e das tecnologias e elevar seu nível cultural.

É preciso, sobretudo, dedicar uma atenção primordial a armar as pessoas com a ideologia comunista.

A transformação do homem é, em sua essência, a superação ideológica. A ideologia determina o valor e as qualidades do homem e, por isso, a questão de capital importância na transformação do homem é sua formação ideológica.

Esta é uma tarefa mais difícil do que a de melhorar as condições da vida material dos homens ou a de elevar seu nível cultural-técnico. Sua consciência ideológica é restringida por sua situação socioeconômica e pelas condições de vida materiais, mas não se pode superá-las espontaneamente pela melhoria destas. As defasagens das velhas ideias são muito persistentes. A formação ideológica é uma tarefa complexa e duradoura, exige esforços intensos para alcançar o êxito.

A superação ideológica do homem é uma revolução séria. É uma luta direcionada a eliminar por completo da mentalidade do homem os resquícios da velha sociedade e municiar a todos os trabalhadores com a avançada ideologia da classe operária, a comunista, além disso é a principal forma de luta de classes na sociedade socialista, onde foram derrotadas as classes exploradas. Para transformar as pessoas pela via comunista é preciso combater, mesmo após o estabelecimento do regime socialista, a penetração das ideias e cultura reacionárias dos imperialistas e, ao mesmo tempo, seguir impulsionando consequentemente a revolução ideológica para limpar a mentalidade das pessoas dos resquícios das velhas ideologias e dotá-las com novas ideias comunistas.

A questão primordial na superação ideológica é estabelecer o conceito revolucionário do mundo, o conceito da revolução.

Para preparar as pessoas como ferventes revolucionários comunistas que lutem com total entrega de si mesmos na causa do socialismo e do comunismo, é necessário que cultivem uma correta concepção da revolução. A atitude e o grau de participação na revolução dependerão, no final das contas, da concepção que tenham acerca desta.

Os militantes do nosso Partido e os demais trabalhadores devem possuir a concepção jucheana da revolução, a qual se traduz no ponto de vista e na postura de considerar a revolução a partir das massas populares e no espírito revolucionário de lutar resolutamente em seu favor.

O núcleo da concepção jucheana da revolução é constituído pela fidelidade ao partido e ao líder. A causa do socialismo e do comunismo é iniciada pelo líder e levada adiante sob sua direção e a do partido. O movimento revolucionário pode triunfar somente quando conta com essa direção. Por isto, para estabelecer corretamente a concepção da revolução há que sempre prestar atenção primordialmente ao cultivo do alto espírito de fidelidade ao partido e ao líder.

Para possuir em sua devida forma essa concepção é necessário nutrir-se ao máximo com as ideias e teorias revolucionárias. Somente assim será possível conhecer claramente a legitimidade do desenvolvimento da revolução, ter uma firme fé no futuro e lutar até o final sem vacilação nem hesitação alguma em qualquer circunstância adversa.

Para ter uma correta concepção da revolução há que possuir, ademais, um espírito revolucionário comunista, que consiste no elevado espírito de abnegação disposto a consagrar tudo o que é seu pela causa do partido e do líder, da classe operária e do povo; um implacável ódio e repugnância aos inimigos da revolução; um indomável espírito revolucionário de lutar sem trégua e resolutamente, conservando a integridade revolucionária e sem vacilar no mais mínimo, em qualquer situação difícil. Implica ainda, o espírito revolucionário de apoio em suas próprias forças, ou seja, superar valorosamente as dificuldades e obstáculos que bloqueiam o avanço e resolver todos os problemas valendo-se dos próprios recursos, além do sólido sentido de organização e disciplina: estimar grandemente a organização revolucionária e observar conscientemente sua disciplina. Somente quem possua este espírito revolucionário e comunista poderá ser um revolucionário autêntico.

Somente quando se tenha por crença a ideia e teoria revolucionárias e possua um firme espírito revolucionário e comunista, se poderá dizer que se tem uma correta concepção da revolução.

Isto se comprova na prática revolucionária, a qual constitui um meio eficaz para a superação ideológica do homem e, ao mesmo tempo, um critério para comprovar suas ideias. À margem da prática e dos atos do homem, não é possível provar nem apreciar sua ideologia. A prática revolucionária dos comunistas é precisamente seu esforço para materializar as ideias revolucionárias do seu líder e a linha e a política do seu partido. Aqueles que, fiéis a ideia revolucionária do líder, lutam por todos os meios para pôr em prática a linha e política do partido, são autênticos revolucionários comunistas, dotados da concepção da revolução.

Se tem ou não um correto conceito da revolução, isso se põe em relevo, sobretudo, em tempos difíceis. A verdadeira natureza do homem se revela nos momentos críticos. Os que estão dispostos a ser invariavelmente fiéis ao partido e ao líder, ainda que custe sua vida, e sabem manter o espírito e a integridade revolucionários mesmo no cadafalso, são autênticos revolucionários com uma firme concepção jucheana da revolução.

Para tornar-se um revolucionário comunista bem municiado com esta concepção há que se dedicar ao estudo revolucionário.

O estudo é o meio principal para armar-se com ideias, teorias, estratégica e táticas da revolução. Sem estudar é impossível conhecer a verdade da luta revolucionária, tampouco possuir uma ampla visão classista e revolucionária. Quem faz a revolução sempre tem que considerar o estudo como seu primeiro dever e se dedicar a este durante toda a vida. Mas sua finalidade não está em simplesmente adquirir conhecimentos e teorias. Há que se ter convicção das teorias e conhecimentos revolucionários que se adquirem durante o processo de estudo.

Para converter-se em revolucionário comunista com uma justa concepção da revolução é necessário tomar parte ativa na vida orgânica revolucionária.

A vida orgânica é um modo revolucionário de viver, que emana da natureza do movimento comunista, e uma escola para a forja revolucionária. Fora desta o homem não pode preparar-se como um revolucionário nem tampouco conservar sua vida política. A vida física se recebe dos pais, mas a política pode-se ter e levar dignamente através das suas atividades na organização.

A vida orgânica revolucionária deve ser acompanhada sempre de uma intensa luta ideológica. Só promovendo vigorosamente a educação e a luta ideológicas os homens despertarão e se forjarão no plano político e completarão suas características ideológicas e espirituais como revolucionários. O partido da classe operária, tomando sempre o controle da vida orgânica revolucionária, deve temperar as pessoas como fervorosos comunistas na caldeira da luta ideológica.

Para converter-se em um revolucionário comunista municiado com uma correta concepção da revolução, há que forjar-se no curso da prática revolucionária.

É na luta onde o revolucionário se forja no ideológico e volitivo, onde adquire as características e qualidades que lhe correspondem. A luta de classes é a mais aguda luta revolucionária. No processo desta luta os homens tomam uma elevada consciência classista, chegar a saber distinguir infalivelmente os inimigos dos amigos e se educam no espírito de lutar de forma intransigente contra os inimigos de classe. O esforço pela construção econômica socialista é também uma importante forma da luta revolucionária. Unicamente mediante uma ativa participação na luta prática pela produção e construção podem ter fé na justeza e na vitória da causa do socialismo e do comunismo, além de adquirir o autêntico espírito e as características revolucionárias da classe operária.

Através do estudo, da vida orgânica e da prática revolucionários, devemos preparar os militantes do Partido e aos trabalhadores como revolucionários comunistas com firme concepção jucheana da revolução, como autênticos combatentes revolucionários que lutem com abnegação para levar adiante a causa revolucionária do Juche.

Priorização do trabalho político

Para cumprir as tarefas revolucionárias deve-se realizar, antes de tudo, o trabalho político destinado a educar e mobilizar as massas.

Como são os homens que fazem a revolução e a construção, o êxito na luta revolucionária e na construção do socialismo e do comunismo depende, no final das contas, de como são realizados estes trabalhos. Este é, em essência, um trabalho político, um trabalho com as ideias das pessoas. Priorizá-lo significa dotar as massas populares da linha e da política do partido e elevar seu fervor revolucionário antes de empreender qualquer outra tarefa, de maneira que elas mesmas, com elevada consciência e atividade, levem a um bom final a luta revolucionária e o trabalho construtivo. A revolução é, a priori, uma luta voluntária. Não se faz para instâncias alheias nem para cobrar remunerações, mas o ponto de partida é, em todo caso, a própria fé e consciência políticas. Por isto, na luta revolucionária há que tomar como firme princípio elevar a consciência e a atividade das pessoas mediante a priorização constante do trabalho político.

Dar preferência a este trabalho é uma necessidade derivada da natureza do regime socialista. No socialismo, como as massas populares são donas de tudo, ao contrário da sociedade capitalista, onde são vítimas da opressão e da exploração, é legítimo apoiar-se em sua alta consciência política e fervor revolucionário. Somente ao elevar o entusiasmo consciente dos trabalhadores, protagonistas da revolução, mediante a priorização do trabalho político, será possível demonstrar as vantagens do regime socialista e dar um impulso enérgico à construção socialista.

Dar prioridade ao trabalho político não significa menosprezar o trabalho administrativo-prático ou o econômico-técnico.

Como nos ensinou o Líder, enquanto se prioriza o primeiro, há que se impulsionar os demais em combinação adequada com aquele. A edificação do socialismo e do comunismo é um empreendimento altamente organizado que se realiza de modo planificado em escala de toda a sociedade, é um complexo trabalho que se efetua sobre a base da ciência e a técnica modernas. O minucioso trabalho administrativo-organizativo e o técnico-econômico fundamentado na ciência são exigências inevitáveis da construção do socialismo e do comunismo. Mas serão exitosos sob a condição de que seja precedido pelo trabalho político. Se ignorar este trabalho e ocupar-se somente do trabalho profissional, o técnico-econômico, não se poderá cumprir com êxito nenhuma tarefa revolucionária.

Para mobilizar as massas populares na construção do socialismo é preciso combinar em justa medida o estímulo político-moral e o material, considerando como principal o primeiro.

A peculiaridade essencial da sociedade socialista reside em seu caráter comunista. O estímulo político-moral deriva deste caráter e o necessita para garanti-lo. Como a sociedade socialista é transitória, se faz necessário aplicar nela, desde o início, o princípio de distribuição consequente: segundo a qualidade e a quantidade do trabalho realizado e não se deve ignorar o estímulo material. Mas dar prioridade a este menosprezando o estímulo político-moral contraria o caráter essencial do regime socialista. É uma tendência muito perigosa e nociva que fomenta o egoísmo entre os trabalhadores, fazendo-os pensar somente no dinheiro e nos bens materiais e, como consequência, prejudica o regime socialista e as conquistas da revolução. Sob o socialismo, o principal deve ser, em qualquer caso, o estímulo político-moral. A superioridade essencial do regime socialista reside no fato das massas populares, donas de tudo, unidas com grande firmeza, trabalharem conscientemente para o bem do país, do povo, da sociedade e da coletividade. Unicamente se prevalecer o estímulo político-moral, poderão as massas populares, adotando a devida posição e a atitude como donas e encarregadas da revolução, trabalhar com entusiasmo consciente.

O trabalho político deve ser realizado com métodos persuasivos e educativos. É um trabalho para as pessoas, que intenta despertar sua consciência ideológica. Com o método burocrático de ordem e mando é impossível suscitar o entusiasmo dos homens. Somente apoiando-se no método de persuasão e educação, ou seja, de explicar e aconselhar, se pode dotar os homens da ideia revolucionária, pôr em jogo plenamente seu fervor revolucionário e inesgotável força criadora e estreitar ainda mais seus laços com o partido.

O trabalho político deve ser efetuado com originalidade, com diversas formas e métodos. Dado que se trata de um trabalho criativo que se desenvolve em condições e circunstancias diferentes e dirigido a pessoas com graus de preparação e características diferentes, não é possível valer-se somente de uma mesma receita ou um molde pronto. Deve ser realizado de maneira eficiente e dinâmico, com diversas formas e métodos, de acordo com a realidade.

O trabalho político deve converter-se em uma obra das mesmas massas. Como está chamado a educar e mobilizar as grandes massas, não poderá ser cumprido somente com os esforços de umas quantas pessoas. Originalmente os revolucionários devem ser, sem exceção, trabalhadores políticos, educadores e organizadores das massas.

Como ensinou o Líder, fazer que somente um eduque e mobilize a dez homens, estes dez a outros cem e estes cem a um milhar, é um método excelente que incorpora muitos homens ao trabalho político e o converte em uma tarefa das próprias massas.

O trabalho político deve ligar-se estreitamente com a prática revolucionária. Persegue o importante propósito de assegurar o cumprimento exitoso da tarefa revolucionária que se apresenta. Seus frutos devem se manifestar e ser apreciados pelos sucessos alcançados pela prática revolucionária e construtiva. Não serve para nada aquele trabalho político apartado da realização da tarefa revolucionária, que não dá nenhuma contribuição à revolução e à construção.

Devemos construir melhor e com maior rapidez o socialismo e o comunismo, atendo-se sempre ao princípio de priorizar o trabalho político, cuja justeza e vitalidade foram comprovadas na prática revolucionária.


Inclusão: 19/06/2020