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A luta de classe, outrora limitada às metrópoles, estende-se também, atualmente, aos países atrasados e às colônias, onde a classe operária sofre a dupla exploração da burguesia nacional (indígena) e da burguesia dos países capitalistas mais desenvolvidos.
As formas de exploração do trabalho na China, na Índia, na Africa, na Indonésia, transportam-nos aos tempos mais terríveis da escravatura e do nascimento do capitalismo: intermináveis jornadas de trabalho, salários ínfimos, exploração descarada das mulheres, jovens e meninos, etc., fatos estes que já mencionamos no capítulo dos salários.
Esta exploração monstruosa é devida em grande parte ao estado atrasado e à falta de organização da classe operária.
Mas o desenvolvimento do capitalismo, a industrialização das colônias, realizam ai o mesmo “milagre” que na Europa e na América: o capitalismo, concentrando os operários nas empresas gigantes, cria as primeiras condições para a organização da classe operária e para a luta contra a burguesia.
A luta de classes caracteriza-se, nas colônias e países atrasados, por sua íntima conexão com o movimento nacional, ligando a emancipação dos operários à emancipação do país, do jugo dos capitalistas estrangeiros. A classe operária é sustentada, na luta pela independência nacional, por grandes massas de camponeses e pela pequena burguesia das cidades (artesãos, etc.), aos quais o desenvolvimento do capitalismo traz a ruína e a miséria.
O movimento nacional e a luta de classe nos países atrasados tomaram, depois da guerra, uma grande intensidade. Basta mencionar o movimento nacional revolucionário da China, as lutas que se desenvolvem na Índia, as lutas da Turquia e da Pérsia pela independência nacional.
| Inclusão | 10/06/2023 |