Aos Eleitores

G. Malenkov

12 de Março de 1954


Primeira Edição: Dircurso pronunciado em assembléia de eleitores da circunscrição "Leningrado", da cidade de Moscou.
Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 57 - Mai de 1954.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo
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Camaradas!

Permiti-me que vos expresse e, em vossa pessoa, a todos os eleitores da circunscrição «Leningrado» minha cordial gratidão pela grande honra e confiança que me haveis dispensado ao me apresentardes como candidato a deputado ao Soviet Supremo da URSS (Prolongados aplausos) Asseguro-vos que continuarei consagrando todas minhas forças à pátria socialista. (Prolongados aplausos)

Em nosso Estado democrático, as eleições ao órgão supremo do Poder são um acontecimento de primordial importância. Dono de seu país, o povo soviético, preparando-se para as eleições, examina o caminho percorrido nos últimos quatro anos que nos separam das últimas eleições ao Soviet Supremo.

A economia soviética progride com segurança no caminho de um ininterrupto ascenso. De 1940 a 1953 a renda nacional da URSS aumentou de 62%, ultrapassando em 1953 o dobro do nível de antes da guerra.

Durante esses anos, o desenvolvimento de nossa indústria deu um rápido salto: foram construídas 2.500 empresas industriais; os fundos básicos da indústria aumentaram em mais de uma vez e meia; a produção da indústria aumentou de 1,8 vezes. Para que se avaliem esses êxitos, basta dizer que só o aumento da produção industrial nestes anos ultrapassa de muito o volume da produção da indústria em 1940. (Aplausos)

Nosso Partido — sob a direção do camarada Stálin, grande continuador da obra de Lênin — vem aplicando, há muitos anos, com tenacidade e conseqüência, a política de industrialização do país. Os resultados dessa política são do domínio público. Nosso país possui agora uma poderosa indústria pesada, que continuaremos a fomentar incansavelmente, como base que assegura o crescimento e desenvolvimento incessantes de toda a economia nacional, como baluarte seguro da defesa do país. (Aplausos)

Agora, porém, aproveitando os frutos e os resultados da industrialização, nosso Partido traçou como tarefa conseguir no curso de dois ou três anos um considerável aumento da produção de artigos de amplo consumo.

No que se refere à indústria leve, já podemos falar de alguns resultados iniciais. Assim, graças às medidas tomadas, a produção de mercadorias de amplo consumo aumentou, no segundo semestre de 1953 de mais de 30 bilhões de rublos em comparação com o primeiro semestre. Este ano, a produção de mercadorias de amplo consumo deve atingir o nível previsto, pelo quinto Plano Qüinqüenal, para 1955. Isso significa que, no que se refere à produção de artigos de amplo consumo, o quinto Plano Qüinqüenal será cumprido em quatro anos. (Tempestuosos aplausos)

É perfeitamente evidente que para aumentar a produção de artigos de consumo popular tem extraordinária importância o rápido e contínuo desenvolvimento da agricultura. Como se sabe, o Partido e o Governo elaboraram um detalhado programa de medidas para liquidar o estado de abandono e atraso em que se encontram muitos ramos importantes da agricultura; esse programa está sendo levado à prática. Foram tomadas medidas para assegurar o contínuo desenvolvimento da pecuária, o aumento da produção de batatas e hortaliças e o ininterrupto incremento da produção de cereais, e para a utilização das terras virgens e incultas. Importantes medidas foram aplicadas para estimular materialmente os kolkhozes e os kolkhozianos na produção agrícola.

A tarefa de assegurar um considerável ascenso da agricultura, de criar no país uma quantidade suficiente — e posterior abundância — de todos os produtos alimentícios para o povo e de todos os tipos de matérias-primas para a indústria leve é uma tarefa de todo o povo. Todas nossas organizações do Partido e dos Soviéts, dos sindicatos e do Komsomol, nossa indústria e nossos transportes, todas as empresas e todos os estabelecimentos científicos devem preocupar-se diária e concretamente com o florescimento de todos os ramos da agricultura, e ajudar os kolkhozes, as E.M.T. [Estações de Máquinas e Tratores] e os sovkhozes em sua luta pelo aumento da produção agrícola. Não há dúvida de que, rodeados da atenção e da solicitude gerais, nossos kolkhozes e sovkhozes cumprirão com honra seu dever para com o país. (Aplausos)

Consideráveis êxitos foram obtidos no domínio da elevação contínua do nível de vida material e cultural do povo soviético, graças ao desenvolvimento de toda a economia nacional e ao aumento da renda nacional. No decorrer dos últimos quatro anos, aumentou o salário real dos operários e empregados, assim como a renda dos kolkhozianos. A soma global das rendas dos operários, empregados e kolkhozianos, levando-se em conta a rebaixa dos preços de varejo do Estado, aumentou de 60% em quatro anos.

A elevação do bem-estar material de nosso povo exigiu novo desenvolvimento do comércio soviético. Em 1954, a venda de mercadorias à população através da rede comercial do Estado e das cooperativas irá a mais do dobro da de 1940. Assim como na produção de artigos de amplo consumo, o quinto Plano Qüinqüenal será realizado em quatro anos no que se refere à circulação de mercadorias. (Tempestuosos aplausos)

Aumentam-se os créditos para a construção de escolas, hospitais e instituições infantis. Nos últimos anos muito se desenvolveu a construção de moradias, mas as necessidades ainda são muito grandes. Intensificaremos a construção de hospitais e escolas e desenvolveremos ao máximo a construção de moradias.

Os homens soviéticos se orgulham justamente dos êxitos obtidos e estamos firmemente convictos de que nosso país conseguirá novo ascenso, e ainda mais poderoso, da economia. (Aplausos.)

No entanto, é preciso reconhecer que em nosso trabalho prático ainda há muitas deficiências e, por vezes, atraso e negligência que impedem nosso progresso. A liquidação das debilidades dependem de nós próprios, dos dirigentes e dos homens soviéticos. Revelamos e continuaremos a revelar essas deficiências, sem nos importarmos de que, com nossa autocrítica, por algum tempo proporcionamos alegria aos elementos maliciosos e aos inimigos que temos no estrangeiro. Travaremos decidida luta pela mais rápida eliminação do atraso e do estado de abandono em todos os setores de nossa edificação socialista onde venham a ser observados.

É preciso que, ao eliminarmos as deficiências e superarmos o atraso e a negligência, asseguremos o desenvolvimento e o aperfeiçoamento incessantes da produção socialista como base do fortalecimento do poderio de nossa Pátria, da elevação do bem-estar material do povo, e do desenvolvimento da ciência e da cultura em nosso país.

Todos nós — homens e mulheres soviéticos —, todo nosso povo, devemos compreender perfeitamente que a principal e decisiva condição do contínuo ascenso e do desenvolvimento da economia nacional em todos os setores é a elevação máxima da produtividade do trabalho em todos os ramos — na indústria, nos transportes, na agricultura. Devemos todos saber que sem um aumento sério e ininterrupto da produtividade do trabalho, é impossível obter uma elevação considerável e rápida do bem-estar do povo soviético.

Já nos primeiros anos de regime soviético, o fundador de nosso Partido e de nosso Estado — o grande Lênin — formulou a indicação básica de que a elevação da produtividade do trabalho é uma tarefa vital da nova sociedade, e de que sem sua realização é impossível passar ao comunismo.

É notório que a industrialização de nosso país e a reconstrução da economia nacional levaram a uma importante elevação da produtividade do trabalho. Se considerarmos um longo espaço de tempo — os últimos vinte e cinco anos, por exemplo —, a produtividade do trabalho foi multiplicada por 6, aproximadamente, na indústria, e por 3,5 na construção e nos transportes ferroviários, Nos kolkhozes e sovkhozes a produtividade do trabalho quase triplicou em relação ao que era na agricultura antes da revolução

São essas, certamente, importantes realizações, se comparada com a produtividade do trabalho no passado. A situação, porém, torna-se diferente se olharmos não para o passado mas para o futuro; se tivermos em vista assegurar a máxima satisfação das crescentes necessidades materiais de nosso povo; se quisermos coroar com êxito a competição econômica com os países capitalistas adiantados. Encarando assim a questão, temos de reconhecer que é insuficiente o atual nível da produtividade do trabalho.

Temos o dever de conseguir uma substancial elevação da produtividade do trabalho social. Dispomos de poderosa base técnica em todos os ramos da economia nacional, que precisa ser aperfeiçoada e desenvolvida por todos os modos; precisamos mecanizar em escala maior as operações que exigem trabalho penoso, e desenvolver ao máximo a eletrificação da economia nacional, inclusive a eletrificação da agricultura. Esse é o meio de assegurar o aumento da produtividade do trabalho; de aliviar o trabalho dos operários e kolkhozianos. Nossa economia nacional possui quadros qualificados que já se tornaram senhores de uma técnica complexa; é preciso continuar cuidando incansavelmente da elevação do nível cultural e técnico desses quadros, da formação de novos, da elevação incessante da disciplina e da autodisciplina dos trabalhadores em todos os setores de nossa edificação.

A contínua melhoria da organização da produção e da organização do trabalho adquire atualmente importância decisiva para a rápida elevação da produtividade do trabalho. Nesse domínio temos deficiências muito sérias. No entanto, o problema da organização do trabalho — isto é: a utilização planificada e a melhoria do trabalho social, tanto no interior da empresa como em todo o Estado — adquirirá tanto maior importância quanto mais avançarmos no caminho do fortalecimento da base material e técnica, e do desenvolvimento das forças produtivas do país.

Nossa tarefa inadiável deve ser fazer com que o zelo pela considerável elevação da produtividade do trabalho se torne, de fato, o centro de todo o trabalho prático de direção do contínuo desenvolvimento da economia nacional. É preciso desenvolver um verdadeiro e amplo movimento popular para obter um importante aumento da produtividade do trabalho em cada empresa industrial, em cada obra, nos transportes, em cada kolkhóz e sovkhóz, nas Estações de Máquinas e Tratores, em todas as frentes de nossa grandiosa construção. (Prolongados aplausos)

Tem grande importância para a economia nacional a questão da qualidade da produção industrial. Não podemos admitir que muitas de nossas fábricas e empresas produzam artigos de má qualidade. Devemos acabar rapidamente com a vergonha que significa a produção de artigos de má qualidade. A indústria deve produzir para nosso povo artigos de boa qualidade e bem apresentados. No que se refere ao mercado externo, devemos cuidar em que a marca «Made in URSS» seja a garantia absoluta de que as mercadorias são da mais. alta qualidade. (Aplausos)

A ciência soviética é chamada a desempenhar importante papel no progresso de nossa Pátria. O povo soviético orgulha-se de seus sábios e deseja aos trabalhadores da ciência e da técnica êxitos em suas audazes pesquisas criadoras, nas novas descobertas científicas. (Tempestuosos e prolongados aplausos)

Camaradas!

A vida apresenta novas e grandes exigências a todo nosso aparelho de Estado. Entretanto, em seu trabalho até hoje persistem deformações burocráticas contra as quais nosso Partido trava luta decisiva. O aparelho do Estado Soviético deve aperfeiçoar seus métodos de trabalho à base do contacto diário com os trabalhadores; deve dar atenção a seus reclamos, ser solícito para com suas necessidades, respeitar estritamente as leis soviéticas, não admitir qualquer abuso da autoridade para com os cidadãos soviéticos. (Prolongados aplausos)

A União Soviética segue a passos largos no caminho do progresso. A base granítica do regime soviético — a aliança da classe operária com o campesinato — é firme e inabalável; a aliança dos povos — baseada na completa igualdade de direitos, no respeito mútuo e na cooperação fraternal — é sólida e inquebrantável. Nessa aliança e nessa amizade residem a força e o poderio de nosso Estado Socialista. (Tempestuosos aplausos)

Camaradas!

No domínio da política externa, nossa linha consiste invariavelmente em assegurar condições pacíficas para a construção da sociedade comunista em nosso país; em salvaguardar a causa da paz, diante dos atentados dos círculos agressivos. Essa linha corresponde aos mais profundos interesses vitais do povo soviético e de toda a humanidade. (Tempestuosos aplausos)

Não é preciso dizer que, enquanto houver no mundo círculos agressivos que continuem a sonhar em vão com a liquidação de nosso regime socialista a União Soviética tem o dever de conservar suas Forças Armadas em estado tal que possam cortar pela raiz qualquer possível aventura dos agressores. (Tempestuosos aplausos)

O mais importante resultado dos últimos anos reside em que milhões de pessoas tomam em suas mãos a causa da defesa da paz e da segurança dos povos. É um sinal de nossos tempos o fato de pessoas de diversos grupos sociais, de diferentes opiniões e de distintas crenças se unirem para defender a paz e a segurança nacional.

Vejamos a Europa, ultimamente os círculos agressivos realizam, cada vez mais abertamente, uma política de divisão das forças nacionais no seio dos Estados europeus, uma política de cisão da Europa, incitando uma parte dos Estados europeus a erguer-se contra outra. A essa linha se contrapõe, entretanto, a crescente solidariedade dos povos europeus na luta contra a funesta política de cisão, e na defesa da paz e do progresso. Cresce a decisão dos patriotas da França de salvaguardar sua pátria da ameaça que sobre ela paira: o renascimento do militarismo alemão, inimigo jurado da grande nação francesa. Na Itália e em outros países da Europa fortalece-se cada vez. mais a vontade dos povos em defender a paz e preservar seus países do perigo de se ver arrastados a nova carnificina mundial por intermédio da revanchista camarilha militar da Alemanha.

Hoje em dia, decididos a transformar a Ásia de crônico foco de guerras em firme bastião da paz mundial, os povos asiáticos vivem sob o signo do poderoso crescimento das forças da paz. Essa decisão corporifica-se, antes de mais nada, na República Popular da China. (Tempestuosos aplausos) Os cidadãos soviéticos sentem profunda alegria ao ver que, juntamente com a União Soviética, a gloriosa República Popular da China figura na vanguarda da luta pela paz e a segurança internacional. (Aplausos). O grande povo indiano traz importante contribuição à consolidação da paz. É digna de aplauso a vigilância de que dão mostra os estadistas da Índia diante das crescentes intrigas dos círculos agressivos norte-americanos na Ásia. Em resposta à declaração dos diplomatas norte-americanos sobre os propósitos dos Estados Unidos de dominar na Ásia por tempo indefinido, o Primeiro-Ministro da Índia declarou recentemente que

«os países da Ásia — e, evidentemente, a Índia — não estão de acordo com essa política e não pretendem ficar, por preço algum, sob o domínio de nenhum Estado».

Essas palavras expressam uma verdade cheia de profundo sentido: não nos encontramos no século XIX mas na segunda metade do século XX, e os povos da Ásia não trilharam o caminho da liberdade nacional e do progresso para permitir que os façam voltar ao passado. (Prolongados aplausos)

Todo mundo reconhece que o ano de 1953 se caracterizou por um certo afrouxamento da tensão internacional. A humanidade pacífica obteve a cessação da guerra na Coréia.

Cada ser pensante não pode deixar de refletir agora sobre como assegurar o novo passo à frente; sobre como encontrar uma base real para um firme fortalecimento da paz e da segurança dos povos, Não é certo que a humanidade possa escolher unicamente entre duas possibilidades: uma nova matança mundial ou a chamada guerra-fria. Os povos estão vitalmente interessados em um firme fortalecimento da paz. O Governo Soviético é pela atenuação contínua da tensão internacional, por uma paz sólida e duradoura: pronuncia-se decididamente contra a política de guerra-fria, pois se trata de uma política de preparação de nova matança mundial, que, com os modernos meios de guerra, significa a morte da civilização mundial.

É de todos sabido que ao realizar a guerra-fria os inimigos da paz recorrem a todo gênero de calúnias sobre a União Soviética e sua política externa, e cifram suas principais esperanças no mito dos propósitos agressivos da URSS por eles inventado. A política externa de paz seguida pela União Soviética minou pela raiz essa lenda falaz. E o velho provérbio foi mais uma vez confirmado; «Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo» (Aplausos)

Nossa posição é clara. Somos pela pacífica emulação econômica da União Soviética com todos os países capitalistas, inclusive, naturalmente, os Estados Unidos.

O Governo Soviético mantém-se, de maneira conseqüente, em sua firme posição de que qualquer questão litigiosa nas atuais relações internacionais — por mais difícil que possa ser — deve resolver-se por via pacífica. (Aplausos). O Governo Soviético é favorável às conferências internacionais em que os representantes de diversos países, com igualdade de direitos, trabalhem conscienciosamente pelo alívio da tensão internacional, e busquem e encontrem um caminho pacífico para a solução das questões em litígio. De acordo com essa linha, a União Soviética tomou parte ativa na Conferência das quatro potências em Berlim e — como sabeis — apresentou propostas no sentido de uma solução eficaz de grande número de importantes problemas internacionais. Concedemos importância à próxima Conferência das grandes potências em Genebra com a participação de outros Estados interessados, na qual a República Popular da China será participante, com direitos iguais. (Tempestuosos aplausos)

Não podemos deixar de reconhecer que o principal obstáculo no caminho para o maior alívio da tensão internacional é representado pelo fato de as potências ocidentais tratarem a solução de importantes questões internacionais como agrupamento militar fechado que atende, antes de tudo, a considerações militares e estratégicas de caráter agressivo.

Só isso pode explicar a atitude das potências ocidentais com relação à proposta da conclusão do Tratado Geral Europeu de Segurança Coletiva na Europa. Como se sabe, as potências ocidentais contrapõem a esse Tratado a criação de um bloco militar de seis Estados, no qual os militaristas da Alemanha Ocidental seriam os mais fortes e desempenhariam o papel principal.

Tentam convencer-nos de que com a criação da «Pequena Europa» a Alemanha assumiria seu lugar na Europa e seria pacificada. Isso soa falso. Não está claro que em conseqüência da criação da «Comunidade Européia de Defesa» o militarismo alemão se apoderaria, no Ocidente, de tudo aquilo que não pôde conquistar pela guerra? A União Soviética opõe-se resolutamente à criação de uma grande Alemanha agressiva sob o disfarce de uma «Pequena Europa». (Aplausos)

Não há dúvida de.que a existência de uma verdadeira aspiração à garantia da segurança da Europa permitiria a superação de obstáculos à conclusão do Tratado Geral Europeu de Segurança Coletiva na Europa, e o minucioso exame de propostas que surjam sobre o assunto.

O Governo Soviético é partidário da ampliação das relações econômicas e comerciais com os países estrangeiros à base de vantagens mútuas. Podemos estar satisfeitos pelo fato de em Londres começarem a reconhecer a importância do desenvolvimento das relações econômicas com a União Soviética. (Aplausos)

O contínuo fortalecimento da amizade que liga nossa pátria a todos os países de democracia popular suscita um sentimento de legítimo orgulho em todos os cidadãos soviéticos. Essa amizade fraternal é não somente uma fonte de força do campo democrático, mas também o mais importante baluarte da paz internacional. (Tempestuosos aplausos)

Camaradas!

Há mais de meio século o Partido Comunista — criado pelo gênio de Lênin — vem lutando infatigavelmente por uma vida melhor e a felicidade de nosso povo. Laços indestrutíveis ligam nosso Partido ao povo soviético. O povo confia em seu querido Partido e se une cada vez mais estreitamente em torno dele. (Prolongados aplausos)

Nosso Partido expressou abertamente sua opinião acerca de uma questão tão importante como a direção coletiva: está convicto de que suas declarações encontraram o apoio do povo soviético. (Tempestuosos e prolongados aplausos) É indiscutível que o caráter coletivo da direção do Partido e do país constitui a indispensável garantia de um justo e eficaz cumprimento das tarefas de importância vital que diante de nós se apresentam; da justa e eficaz solução de problemas essenciais que influem sobre o destino do povo soviético.

A confiança e o apoio do povo permitem a nosso Partido pôr a nu, com coragem e firmeza, os erros e falhas existentes no trabalho dos órgãos centrais e locais do Partido, dos Soviéts e da economia. Nosso Partido está habituado a partilhar com o povo as alegrias e as tristezas, as vitórias e as derrotas, os êxitos e os reveses. (Tempestuosos aplausos)

Trinta e seis anos não representam longo período para um novo regime social. Nosso Partido e nosso povo muito fizeram para consolidar esse regime e desenvolvê-lo. Os cidadãos soviéticos têm toda a razão de se orgulhar dos êxitos e vitórias do novo regime, sobretudo se levarmos em conta que as forças estrangeiras de agressão nos impuseram guerras devastadoras, levantaram outros obstáculos e impediram e impedem o pleno desenvolvimento das grandes possibilidades criadoras do socialismo.

Sob a direção de nosso querido Partido Comunista, os povos da União Soviética construíram uma nova sociedade onde não existem a exploração do homem pelo homem e a opressão política e nacional. Sobre essa base, em nosso país novas relações se estabeleceram entre os homens — relações de cooperação fraternal e amistosa entre os operários, os camponeses e os intelectuais, entre todos os cidadãos soviéticos. (Aplausos)

Nós — todos os trabalhadores de nosso país — temos o mesmo objetivo, as mesmas tarefas: assegurar a prosperidade e o poderio crescentes de nossa pátria; conseguir a rápida elevação do bem-estar e da cultura do povo; trabalhar incansavelmente para que todos os homens soviéticos vivam cada dia melhor. (Tempestuosos e prolongados aplausos)

Em nosso país, o trabalho consciencioso para atingir esse grande e nobre objetivo é respeitado e apreciado. Os operários e as operárias; os engenheiros e os técnicos; os empregados da indústria, da construção dos transportes e das comunicações; os kolkhozianos e as kolkhozianas; todos os trabalhadores da agricultura e do comércio; todos os que criam e multiplicam as riquezas de nossa Pátria; as personalidades da ciência, que abrem novas possibilidades para fazer progredir a técnica, para dominar as forças da natureza e aliviar o trabalho humano; os trabalhadores do ensino, da literatura e das artes, que consagram seu trabalho à nobre causa da educação comunista dos homens soviéticos; os abnegados trabalhadores do setor médico, que protegem a saúde dos homens soviéticos; os soldados e oficiais coroados pela glória das vitórias do heróico Exército Soviético e da heróica Marinha de Guerra, — todos os cidadãos soviéticos são os criadores, os construtores da nova vida. A seu abnegado trabalho deve nossa Pátria sua grandeza e sua glória. (Tempestuosos aplausos)

O homem soviético olha o futuro com confiança, otimismo e audácia. Sabe que o Partido Comunista dedica todas suas forças à sua felicidade, e ao desenvolvimento pacífico e à prosperidade de nossa gloriosa Pátria. (Prolongados aplausos)

Viva nosso grande e heróico povo! (Tempestuosos aplausos)

Viva nosso querido Partido Comunista — inspirador de todas nossas vitórias! (Tempestuosos e prolongados aplausos)

Que nossa Pátria prospere, para felicidade e alegria de todos os homens soviéticos! (Tempestuosos e prolongados aplausos)

Sob a bandeira de Marx, Engels, Lênin e Stálin — avante para novas vitórias! (Longa e tempestuosa ovação. Todos se levantam.)


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Inclusão 21/08/2011