
Opinião de NG: Está inteiramente de acordo com a circular. Num período como este exige-se a defesa intransigente da unidade do P.; seja qual for o passado revolucionário de quem se voltar contra o P., ele deve receber uma resposta firme.
Uma única reserva tem, mas não quanto à circular: como se explica que leve 5 meses uma circular a chegar à organização? Como se explica que já depois da data da circular, se tenha comunicado à organização uma resolução «mais branda» (apenas expulsão do CC)? Isto pode dar pretexto para criticismos, ideias de desorganização, etc. O atraso não é tal que os camaradas o atribuam a dificuldades de trabalho. Pensa que ele pode reflectir sérias dificuldades no trabalho de Direcção, mas não sabe se é assim ou não.
Se a Circular tivesse surgido em Janeiro certa repercussão do caso FMR não se teria dado, os boatos, as insinuações não teriam encontrado o eco que encontraram. Teria sido justo pelo menos informar pelo menos os funcionários da expulsão e seria justo usar-se a RPL se não houvesse outra forma.
Um organismo (AA) critica em termos do ponto 6 pois lhe parecem contraditórios com o facto de FMR ter sido do CC.
(Foi referido em que sentido deve ser entendido o ponto 56: FMR partia da sua «alguma experiência, dos seus «alguns» conhecimentos para generalizações abusivas e erradas, para deturpações flagrantes, resvalando para posições que nada têm com o marxismo-leninismo, apresentando-se como marxistas «revelando crassa ignorância», etc.
Daí dizer-se que o documento revela ignorância, deturpações, auto-suficiência, presunção, ambição pessoal, etc. Foi também chamada a atenção para o erro oportunista e para a indisciplina de terem decidido, em Fevereiro ou Março, não comunicar ao sector as resoluções que já havia sobre FMR. Foi lida a parte da circular do CE sobre FMR. NG manifesta-se de acordo que o erro cometido: foi oportunismo e foi altamente prejudicial. Era de prever que certa escumalha ia brandir FMR como uma bandeira. Os termos da circular da CE definem exactamente a situação. Exige-se uma definição clara e sem subterfúgios das posições de FMR. FMR, mais do que um inimigo do P., é hoje um chefe de fila dos inimigos do P. O caso FMR pode ter uma grande importância para consolidar a compreensão dos princípios inorgânicos do P. O carácter de vanguarda do P. deve elevar-se cada vez mais, não se deixando dissolver nas massas radicalizadas, principalmente da pequena burguesia. Só assim as podemos dirigir e absorver os seus elementos mais combativos sem deixar penetrar com eles o radicalismo da pequena burguesia.
NV: Ficou um pouco surpreendido porque conheceu FMR. Em tempos fez dele um conceito que hoje verifica ser falso; não podemos formar uma ideia definitiva sobre os quadros, temos de os ir acompanhando e revendo-as. Há aspectos que então não se verificavam como a presunção, parecia haver disposição de tudo fazer para defender o P., parecia um elemento bastante promissor, mas evoluiu para mal. Cada vez mais se mostra ser mais necessária a vigilância revolucionária: as consequências podem ser bastante más se FMR é preso e trai. Está de acordo com a circular e a expulsão.
FMS: Logo que se verificou ter tendência para a formação de fracções devia ter sido pelo menos baixado de escalão. No fundo há uma certa semelhança com o caso Verdial, pois também ele sabia existirem deficiências graves e não se tomaram medidas, pelo contrário, foram promovidos.
MOM: Fica chocado, mas é sentimentalismo. São filhos da puta que aparecem no P. e que mais valia nunca cá terem aparecido. Vê contradições no facto de serem promovidos ao mesmo tempo que se verificavam as deficiências. O CC não estará a ver certos casos duma forma mole, o que dá a certos tipos possibilidades de causarem grandes danos? Gostaria de conhecer as ideias que defende. Mas desde já concorda com a expulsão e a circular.
(Foram focados estes pontos: não havia que discutir as ideias de FMR, mas a sua posição relativamente aos princípios orgânicos; dissemelhanças relativamente ao caso Verdial. Deu-se nota da evolução mais recente da situação com base na circular da CE).
Os três camaradas mostraram-se de acordo com o que foi dito. FMS insistiu na comparação com o caso Verdial, embora vendo que este desceu ao mais baixo nível moral e político, etc.; no entanto para si em ambos os casos há evidente falta de vigilância.