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Já há alguns dias concluído, o texto do capítulo anterior ajusta-se, agora, aos factos que se acercam do recomeço da publicação da «República», na manhã de 10 de Julho de 1975.
Um ponto a destacar: ao mesmo tempo que os trabalhadores da «República» concluíam a edição de relançamento do jornal, o Conselho da Revolução anunciava a nomeação de um corpo administrativo e um militar para a sua direcção. (Este facto tem – faça-se dele uma «leitura» em profundidade — um significado político na luta dos trabalhadores — e não só os da República» – que, de imediato, ultrapassa qualquer «formalismo revolucionário» e exige uma análise ampla sob o ponto de vista da dinâmica do processo em Portugal).
Consumara-se, entretanto, na véspera, a decisão da Comissão Coordenadora dos Trabalhadores da «República» de retomar a sua publicação no dia seguinte. É este um acontecimento que vincará, agora mais ainda, a certeza de que à cabeça de um processo revolucionário só uma força pode aparecer: a dos trabalhadores. Que às hesitações a sua resposta é só uma: a unidade para que se concretizem os avanços. E que ao espontaneismo revolucionário o caso «República» serve de resposta e de lição...
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Voltou a “República”. Sendo este um facto polémico, na sequência da própria controvérsia que anteriormente levantou, há todavia um outro facto a ressaltar — e este irrefutável: a vitória da Comissão Coordenadora dos Trabalhadores da “República”. E mais: as resultantes e propagação dessa vitória, no desenrolar do processo revolucionário.
Sobre o papel do Conselho da Revolução no caso “República” e as questões levantadas pelo Partido Socialista (e que para Mário Soares determinaram a saída do PS do Governo — o que não é mais do que o escamotear da verdade, que foi o seu choque com a dinâmica revolucionária, nomeadamente a partir da Assembleia do MFA, de 9 de Julho) chamamos a atenção para o depoimento do general Otelo Saraiva de Carvalho, durante uma mesa-redonda na RTP, em 11.7.75, e que publicamos noutro local.
| Inclusão | 31/07/2019 |