Discurso na Inauguração do Monumento a Marx e Engels

V. I. Lénine

7 de Novembro de 1918


Escrito: Lido a 7 de Novembro de 1918.
Fonte: Partido Comunista Português

Tradução: pelo Militante n° 271. Traduzido das Obras Completas, t. 28, Ed. Sociais, Paris, p. 168
HTML: Fernando A. S. Araújo, março 2009


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Inauguramos um monumento aos chefes da revolução operária mundial, Marx e Engels.

Durante séculos, a humanidade sofreu sob o jugo dum ínfimo punhado de exploradores que oprimiam milhões de trabalhadores. Mas se os exploradores da época precedente, os senhores grandes agrários, pilhavam e oprimiam os camponeses — servos divididos, disseminados, incultos — os exploradores dos tempos modernos, os capitalistas, viram erguer-se diante deles, entre a massa dos oprimidos, o seu destacamento de vanguarda, os operários industriais das cidades, das fábricas e oficinas. A fábrica uniu-os, a vida urbana esclareceu-os, a luta grevista comum e as acções revolucionárias aguerriram-nos.

O grande mérito, de alcance universal, de Marx e de Engels, foi que eles provaram, através duma análise científica, o fracasso inevitável do capitalismo e a passagem ao comunismo em que não haveria mais exploração do homem pelo homem.

O grande mérito, de alcance universal, de Marx e de Engels, foi que eles mostraram aos proletários de todos os países o seu papel, a sua tarefa, a sua missão, a saber: serem os primeiros a empenhar-se na luta revolucionária contra o Capital, juntar à sua volta, nesta luta, todos os trabalhadores e todos os explorados.

Vivemos um tempo feliz em que esta previsão dos grandes socialistas começou a realizar-se. Vemos todos como, num conjunto de países, se levanta a aurora da revolução socialista internacional do proletariado. Os horrores sem nome da carnificina imperialista dos povos provocam por toda a parte o impulso heróico das massas oprimidas, decuplicam as suas forças na luta pela sua emancipação.

Possam os monumentos erigidos a Marx e Engels relembrar ainda e sempre aos milhões de operários e camponeses que não estamos sós na nossa luta. A nosso lado levantam-se os operários dos países mais avançados. Duras batalhas nos esperam ainda, a eles e a nós. É na luta comum que o jugo do Capital será quebrado, que o socialismo será definitivamente conquistado.

7 de Novembro de 1918

Veja fotos de Lénine nesta solenidade

 


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Inclusão 21/03/2009