Dicionário político

Vladimir Alexandrovitch Antonov-Ovseienko

Retrato Vladimir Alexandrovitch Antonov-Ovseienko

(1884-1939): Usou os pseudônimos de “Schtyk” e de “A. Galsky”. Ingressou no movimento revolucionário ao tempo em que era cadete da Escola Militar. Ingressou no Partido (POSDR) em 1902. Desertou das forças armadas durante a Revolução de 1905 tendo participado da organização da insurreição armada na Polônia. Em 1906 ingressou no Comitê de Petersburgo. Pela sua participação na insurreição de Sebastopol foi preso e condenado à morte, tendo a pena comutada para 20 anos de trabalhos forçados. Fugiu da prisão em 1907 e continuou com suas atividades revolucionárias. Em 1910, após ser preso mais duas vezes, emigrou para a França. Juntamente com Trotsky, participou da redação do jornal Noshe Slovo (Nossa Palavra) e foi também responsável pelo jornal Golos (Voz). Retornou à Rússia em 1917 onde passou a dirigir a organização militar do Partido Bolchevique tornando-se, inclusive, membro do Comitê Central.

Após a vitória da Revolução de Outubro, assumiu os seguintes postos: Comissário para a Guerra e o Fronte Interno; Comissário do Povo da Ucrânia para a Guerra; Comissariado do Povo para o Trabalho; Vice-Presidente do Comissariado Soviético da Juventude; membro do colegiado do Comissariado do Povo para Assuntos Estrangeiros; Chefe da Administração Política das Forças Armadas Vermelhas; chefe da Direção Política do Conselho Revolucionário da República Russa Soviética e integrou o Conselho Revolucionário de Guerra da Rússia Soviética. Em 1923, aderiu à Oposição de Esquerda tendo sido, então, afastado do comando militar. Em 1925 foi nomeado Representante Político da URSS, na Tchecoslováquia. Em 1928 aderiu ao stalinismo tendo sido nomeado Representante Político da URSS e enviado para a Lituânia e em 1930 para a Polônia, após o que foi nomeado Cônsul Geral da URSS, em Barcelona, na Espanha. Em 1937 retornou à URSS tendo sido nomeado Comissário do Povo para a Justiça da URSS. Logo a seguir foi preso sob a acusação de crime contra o Estado Soviético, tendo sido, em 1938, condenado a 10 anos de prisão.