Citações do Presidente Mao Zedong


II. As classes a luta de classes


Luta de classes, umas classes triunfam e outras são eliminadas. Assim é a história, assim é a história da civilização, desde há milhares de anos. Interpretar a história a partir desse ponto de vista é materialismo histórico; sustentar o ponto de vista contrário é idealismo histórico.

Abandonai ilusões e preparai-vos para a luta (14 de Agosto de 1949), Obras Escolhidas, Tomo IV.

Numa sociedade de classes, cada indivíduo existe como membro duma classe determinada, e cada forma de pensamento está invariàvelmente marcada com o selo duma classe.

Sobre a prática (Julho de 1937), Obras Escolhidas, Tomo I.

Na sociedade, as mudanças são devidas principalmente ao desenvolvimento das contradições que existem no seu seio, isto é, a contradição entre as forças produtivas e as relações de produção, a contradição entre as classes e a contradição entre o novo e o velho; é o desenvolvimento dessas contradições que faz avançar a sociedade e determina a substituição da velha sociedade por uma nova.

Sobre a contradição (Agosto de 1937), Obras Escolhidas, Tomo I.

A exploração económica e a opressão política crueis, exercidas pela classe dos senhores de terras sobre os camponeses, forçaram estes a desencadear inúmeras insurreições contra a dominação de tal classe. (...) Na sociedade feudal chinesa, só as lutas de classe dos camponeses, as insurreições camponesas e as guerras camponesas foram as verdadeiras forças motrizes do desenvolvimento histórico.

A revolução chinesa e o Partido Comunista da China (Dezembro de 1939), Obras Escolhidas, Tomo II.

Em última análise, a luta nacional é uma questão de luta de classes. Nos Estados Unidos, os brancos que oprimem os negros são apenas os que constituem os círculos dominantes reaccionários. Eles não podem representar de maneira alguma os operários, os camponeses, os intelectuais revolucionários e demais pessoas esclarecidas que constituem a esmagadora maioria da população branca.

Declaração em apoio dos negros norte-americanos na sua justa luta contra a discriminação racial praticada pelo imperialismo norte-americano (8 de Agosto de 1963), Povos de todo o mundo, uni-vos e derrotai os agressores norte-americanos e todos os seus lacaios.

A nós, compete-nos organizar o povo. É a nós que cabe organizar o povo para abater os reaccionários na China. Tudo o que é reaccionário é sempre igual: se não o golpeias, não cai. É como quando se varre o chão: como é normal, ali onde a vassoura não passa, a poeira não desaparece por si mesma.

A situação e a nossa política após a vitória na Guerra de Resistência contra o Japão (13 de Agosto de 1945), Obras Escolhidas, Tomo IV.

O inimigo não morrerá por si mesmo. Nem os reaccionários chineses nem as forças agressivas do imperialismo norte-americano na China se retirarão por si mesmos da cena da história.

Levar a revolução até ao fim (30 de Dezembro de 1948), Obras Escolhidas, Tomo IV.

A revolução não é o convite para um jantar, a composição duma obra literária, a pintura dum quadro ou a confecção dum bordado; ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um acto de violência pelo qual uma classe derruba outra.

Relatório sobre uma investigação feita em Hunam a propósito do movimento camponês (Março de 1927), Obras Escolhidas, Tomo I.

Tchiang Kai-chek procura sempre arrebatar ao povo cada polegada de poder e cada centímetro de vantagem por este conquistada. E nós? A nossa política é responder-lhe taco a taco e lutar por cada palmo de terra. Nós agimos conforme ele age. A todo o momento ele procura impor a guerra ao povo, uma espada na mão esquerda e outra na direita. Nós seguimos o seu exemplo, também empunhamos a espada. ... Como Tchiang Kai-chek está agora afilando as suas espadas, nós devemos também afilar as nossas.

A situação e a nossa política após a vitória na Guerra de Resistência contra o Japão (13 de Agosto de 1945), Obras Escolhidas, Tomo IV.

Quem são os nossos inimigos? Quem são os nossos amigos? Esse problema é duma importância primordial para a revolução. A razão fundamental pela qual as passadas lutas revolucionárias na China obtiveram tão fracos resultados está em não se ter sabido fazer a união com os verdadeiros amigos para atacar os verdadeiros inimigos. Um partido revolucionário é o guia das massas, não podendo portanto uma revolução alcançar a vitória se este as conduz pela via errada. Para não dirigirmos as massas pela falsa via, e a fim de estarmos seguros de alcançar definitivamente a vitória na revolução, devemos prestar atenção à unidade com os nossos verdadeiros amigos para atacarmos os nossos verdadeiros inimigos. Para distinguir os verdadeiros amigos dos verdadeiros inimigos, devemos proceder a uma análise geral da situação económica das distintas classes da sociedade chinesa, bem como das respectivas atitudes frente à revolução.

Análise das classes da sociedade chinesa (Março de 1926), Obras Escolhidas, Tomo I.

Os nossos inimigos são todos os que estão conluiados com o imperialismo - os caudilhos militares, os burocratas, a classe dos compradores, a classe dos grandes senhores de terras e o sector reaccionário dos intelectuais que lhes é anexo. A força dirigente da nossa revolução é o proletariado industrial. Os nossos mais chegados amigos são a totalidade do semiproletariado e a pequena burguesia. Quanto à média burguesia, sempre vacilante, a sua ala direita pode converter-se em nossa inimiga e a esquerda, em nossa amiga, devendo no entanto manter-nos constantemente em guarda e não permitir que ela venha criar confusão nas nossas filas.

Ibidem.

Todo aquele que se coloca ao lado do povo revolucionário é um revolucionário. Todo aquele que se coloca ao lado do imperialismo, do feudalismo e do capitalismo burocrático é um contra-revolucionário. Todo aquele que, em palavras, se coloca ao lado do povo revolucionário, mas age de maneira diversa, é um revolucionário de boca. Todo aquele que se coloca ao lado do povo revolucionário, tanto em palavras como em actos, é um verdadeiro revolucionário.

Discurso de encerramento pronunciado na II Sessão do Primeiro Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (23 de Junho de 1950).

Eu sustento que, relativamente a nós, é mau se uma pessoa, partido político, exército ou escola, não é atacado pelo inimigo, pois, seguramente, isso significa que desceu ao nível do inimigo. É bom se somos atacados pelo inimigo, na medida em que isso prova que traçámos uma clara linha de demarcação entre nós e ele. E melhor ainda é se este nos ataca furiosamente, se nos pinta com as cores mais sombrias e sem a mais pequena virtude, na medida em que isso não só demonstra que traçámos uma clara linha de demarcação entre o inimigo e nós próprios, mas ainda que alcançamos um grande êxito no nosso trabalho.

Ser atacado pelo inimigo não é uma coisa má mas sim uma coisa boa (26 de Maio de 1939).

Devemos apoiar tudo o que o inimigo combate, e combater tudo o que o inimigo apoia.

Entrevista com três correspondentes da Agência Central de Notícias, Sao Tang Pao e Hsin Min Pao (16 de Setembro de 1939), Obras Escolhidas, Tomo II.

A nossa posição é a do proletariado e das massas populares. Para os membros do Partido Comunista isso significa sustentar a posição do Partido, o espírito do Partido e a política do Partido.

Intervenções nos colóquios de Ienam sobre literatura e arte (Maio de 1942), Obras Escolhidas, Tomo III.

Depois da eliminação dos inimigos armados, ficarão ainda os inimigos sem armas, os quais travarão inevitàvelmente uma luta de morte contra nós, razão por que jamais devemos subestimá-los. Se actualmente não formularmos nem compreendermos assim o problema, cometeremos os mais graves dos erros.

Relatório apresentado na II Sessão Plenária do Comité Central eleito pelo VII Congresso do Partido Comunista da China (5 de Março de 1949), Obras Escolhidas, Tomo IV.

Os imperialistas e os reaccionários do interior do país jamais se resignarão à derrota e bater-se-ão até à última. Depois de restabelecida a paz e a ordem em todo o país, eles ainda se entregarão, de distintas maneiras, à sabotagem e à provocação de desordens, tentando, diàriamente e a cada momento, restabelecer a velha situação. Isso é inevitável e não admite dúvidas; em circunstância nenhuma devemos relaxar a nossa vigilância.

Discurso de abertura na I Sessão Plenária da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (21 de Setembro de 1949).

Na China, embora no essencial se tenha concluído a transformação socialista no que respeita ao sistema de propriedade, e tenham cessado as lutas de classe tempestuosas e em grande escala realizadas pelas massas e características dos períodos revolucionários anteriores, subsistem ainda resíduos das classes derrubadas, dos senhores de terras e compradores; subsiste ainda uma burguesia, e a transformação da pequena burguesia apenas começou. De modo nenhum terminou a luta de classes. A luta de classes entre o proletariado e a burguesia, e a luta de classes entre as diferentes forças políticas, bem como a luta de classes no plano ideológico, entre o proletariado e a burguesia, serão ainda prolongadas e sinuosas e, por vezes, tornar-se-ão inclusivamente muito encarniçadas. O proletariado procura transformar o mundo segundo a concepção que do mundo tem, o mesmo se passando com a burguesia. A esse respeito, a questão de saber quem vencerá, se o socialismo ou o capitalismo, não está ainda realmente decidida.

Sobre a justa solução das contradições no seio do povo (27 de Fevereiro de 1957).

Passará ainda muito tempo até que se decida a questão de saber quem levará a melhor na luta ideológica entre o socialismo e o capitalismo dentro do nosso país. Isso é assim porque a influência da burguesia e dos intelectuais que vêm da velha sociedade permanecerá ainda por muito tempo no nosso país, o mesmo acontecendo com a sua ideologia de classe. Se esse facto não for suficientemente compreendido, ou se não for compreendido de todo, cometer-se-ão os mais graves erros, e a necessidade de dar combate no plano ideológico não será atendida.

Ibidem.

No nosso país, a ideologia burguesa e pequeno-burguesa, a ideologia anti-marxista, continuarão a existir por muito tempo. No essencial, o sistema socialista já está estabelecido entre nós. Nós conquistamos a vitória de base na transformação da propriedade dos meios de produção mas ainda não alcançamos uma vitória completa nas frentes política e ideológica. No campo ideológico, a questão de saber quem vencerá, se o proletariado ou a burguesia, ainda não está realmente decidida. Temos ainda que travar uma luta prolongada contra a ideologia burguesa e pequeno-burguesa. É erróneo ignorar esse facto e abandonar a luta ideológica. Todas as ideias erróneas, todas as ervas venenosas, todos os monstros e génios malfeitores devem ser submetidos à crítica; em circunstância nenhuma devemos deixá-los crescer livremente. Contudo, a crítica deve ser inteiramente fundada, analítica e convincente, e nunca grosseira, burocrática, metafísica ou dogmática.

Discurso pronunciado na Conferência Nacional do Partido Comunista da China sobre o Trabalho de Propaganda (12 de Março de 1957).

Dogmatismo e revisionismo, ambos são contrários ao marxismo. Seguramente, o marxismo tem de avançar, desenvolver-se com o desenvolvimento da prática, não pode ficar parado. O marxismo deixaria de ter vida se ficasse estagnado, estereotipado. Contudo, os princípios básicos do marxismo não devem ser violados; violá-los seria cometer erros. Constitui dogmatismo abordar o marxismo dum ponto de vista metafísico e tomá-lo como algo rígido. Constitui revisionismo negar os princípios básicos do marxismo, negar a sua verdade universal. O revisionismo é uma forma da ideologia burguesa. Os revisionistas apagam a diferença entre o socialismo e o capitalismo, entre a ditadura do proletariado e a ditadura da burguesia. Na realidade, o que eles propõem não é a linha socialista mas sim a capitalista. Nas circunstâncias actuais, o revisionismo é mais pernicioso que o dogmatismo. Uma das nossas importantes tarefas actuais na frente ideológica é proceder à crítica ao revisionismo.

Ibidem.

O revisionismo ou oportunismo de direita é uma corrente burguesa de pensamento ainda mais perigosa do que o dogmatismo. Os revisionistas, os oportunistas de direita, defendem de boca o marxismo e atacam também o "dogmatismo". Na realidade, porém, o que eles atacam é a própria essência do marxismo. Eles combatem ou deturpam o materialismo e a dialéctica, combatem ou tentam enfraquecer a ditadura democrática popular e o papel dirigente do Partido Comunista, tanto como combatem ou tentam enfraquecer a transformação e a construção socialistas. Mesmo depois da vitória de base da revolução socialista no nosso país, ainda existem pessoas que sonham em restaurar o sistema capitalista, e combatem a classe operária em todas as frentes, incluída a frente ideológica. Nessa luta, os revisionistas são os seus melhores ajudantes.

Sobre a justa solução das contradições no seio do povo (27 de Fevereiro de 1957).


Inclusão: 01/10/2021
Última atualização: 28/12/2023