O XXXV Aniversário da Grande Revolução Socialista de Outubro

M. G. Pervukhin

6 de Novembro de 1932


Primeira Edição: Informe pronunciado na Sessão Solene do Soviet de Moscou em 6 de novembro de 1932.
Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 46 - Maio-Junho de 1953 .
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, Setembro 2007.
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Camaradas:

Passaram-se 35 anos desde que, sob a direção genial dos maiores chefes do proletariado — Lênin e Stálin, venceu em nosso país a Grande Revolução Socialista de Outubro. Este acontecimento de alcance histórico-universal determinou uma mudança radical no desenvolvimento de toda a sociedade contemporânea. Terminou a era do domínio indivisível do capitalismo. Começou a época das revoluções proletárias e das vitórias do socialismo.

Os povos da União Soviética festejam o XXXV aniversário da existência do Estado soviético em meio de um novo ascenso na vida política e no trabalho, suscitado pelas históricas resoluções do XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética.

O XIX Congresso mostrou claramente ao mundo inteiro os inauditos êxitos alcançados em breve prazo histórico pelo povo soviético sob a direção de seu Partido Comunista. Depois de sacudir o jugo do capital, os homens soviéticos, pela primeira vez na história da humanidade, edificaram a sociedade socialista e entraram no período da passagem gradual do socialismo ao comunismo. A União Soviética converteu-se no bastião indestrutível da paz, do progresso e da democracia.

O XIX Congresso do Partido passará à história da luta do povo soviético como um marco importantíssimo no grandioso caminho da construção da sociedade comunista em nosso país. As decisões do Congresso são uma representação concreta da vitoriosa teoria do marxismo-leninismo, enriquecida nas vésperas do Congresso com uma nova obra clássica de nosso chefe e mestre, o camarada Stálin. (Aplausos).

Em "Problemas Econômicos do Socialismo na U.R.S.S.", o camarada Stálin faz uma profunda análise dos resultados de nossa luta e de nossas vitórias, dos principais problemas da época atual e traça um claro programa de avanço ininterrupto. A nova obra marxista de nosso grande chefe e mestre tem a maior significação internacional, arma ideologicamente o movimento comunista mundial e o eleva a uma nova fase. Descobre as forças motrizes das vitórias de importância histórico-universal alcançadas pelos cidadãos soviéticos e mostra aos trabalhadores de todos os países, de que modo transformamos a economia do país no sentido do socialismo, como alcançamos a amizade entre a classe operária e os camponeses, como conseguimos transformar nossa Pátria em um país rico e forte.

O camarada Stálin indica que a vitória da Revolução de Outubro e a edificação da sociedade socialista em nosso país foram possíveis graças ao fato de que nele existiu uma força social, a aliança da classe operária e dos camponeses — que venceu a resistência das forças caducas da sociedade capitalista e abriu amplo campo à lei econômica objetiva da correspondência obrigatória entre as relações de produção e o caráter das forças produtivas.

Baseando-se nesta lei econômica objetiva, o Poder soviético socializou os meios de produção, converteu-os em propriedade de todo o povo e com isto aboliu o sistema de exploração e criou as formas socialistas de economia.

A política de industrialização socialista do país e de coletivização da agricultura conduziu a que, durante os planos qüinqüenais stalinistas, anteriores à guerra, nosso país desse um gigantesco salto para a frente.

De país agrário atrasado, no sentido técnico e econômico, converteu-se em uma potência socialista industrial, avançada e poderosa.

No extenso período de três decênios e meio foi confirmada e demonstrada a força vital invencível do regime social e estatal soviético. Nosso país, além de fazer frente com honra às duras provas da Grande Guerra Patriótica, salvou o mundo da ameaça da escravidão fascista, esmagando o exército hitlerista. Depois da guerra, os cidadãos soviéticos restauraram em prazo curto a indústria, o transporte e a agricultura destruídos, e conseguiram que fosse ultrapassado em grau considerável o nível de pré-guerra em todos os ramos da economia nacional.

Os cidadãos soviéticos acolheram com enorme júbilo o programa de construção comunista aprovado pelo XIX Congresso do Partido. Estão firmemente seguros de que este programa grandioso será transformado em realidade.

Nosso vitorioso movimento pelo caminho que conduz ao comunismo robustece mais e mais a força e o prestígio internacional do campo da democracia e do socialismo, estimula os trabalhadores de todos os países em sua luta revolucionária contra o imperialismo.

Nestes dias, centenas de milhares de seres dirigem suas vistas para a União Soviética, que se ergue ante o mundo como um luzeiro gigantesco que ilumina o caminho de um futuro radioso para a humanidade. Conosco celebram o XXXV aniversário da Revolução Socialista de Outubro as pessoas avançadas de todos os países, celebra-o o poderoso campo da democracia e do socialismo.

I — A Situação Interna da U.R.S.S.

Em 1952, o povo soviético alcançou novos êxitos em todos os ramos da economia e da cultura socialistas.

Partindo das exigências da lei econômica fundamental do socialismo, descoberta pelo camarada Stálin, o Partido Comunista e o Governo soviético orientam o desenvolvimento da economia de nosso país pelo caminho do ascenso contínuo de todos os seus setores, ascenso que assegura o incremento ininterrupto do bem-estar do povo. Disto são um exemplo evidente as diretrizes do XIX Congresso do Partido sobre Plano Qüinqüenal de desenvolvimento da U.R.S.S.

Com a realização do novo Plano Qüinqüenal, o histórico programa de ascenso de nossa economia nacional nos três próximos qüinqüênios, traçado pelo camarada Stálin em 9 de fevereiro de 1946 em seu discurso aos eleitores, será cumprido indefectivelmente no prazo fixado e inclusive, já neste qüinqüênio, com antecipação, no que se refere à extração do petróleo.

Em todo o país desenvolve-se amplamente a emulação socialista para conseguir a mais rápida realização do quinto Plano Qüinqüenal stalinista.

No curso desta emulação destacam-se milhares e milhares de no- vos e talentosos trabalhadores de vanguarda, descobrem-se enormes re- servas para o aumento sucessivo da produtividade do trabalho e aparecem novas formas de emulação.

Na indústria siderúrgica aplicam-se com amplitude crescente os métodos de fundição rápida de metais; na indústria carbonífera introduz-se o trabalho cíclico nas galerias e nos cortes, empregam-se em vasta escala as máquinas combinadas para extração do carvão e as máquinas para o carregamento da ganga; na indústria petrolífera, os métodos de perfuração rápida dos poços de grande profundidade; na indústria de construção de maquinaria, os métodos de corte rápido de metais, e na indústria química, os processos de produção ininterrupta e de alto rendimento .

O emprego da técnica de vanguarda e dos métodos avançados de organização do trabalho, a elevação da qualificação dos operários e uma maior mecanização dos trabalhos pesados e laboriosos asseguram o aumento incessante da produtividade do trabalho em todos os ramos da economia nacional. Em 1952, a produtividade do trabalho na indústria aumenta em mais de 17% com relação a 1950, e em 1955 deve elevar-se em 50%, aproximadamente.

Como indica o camarada Stálin, as máquinas, na União Soviética, economizam trabalho à sociedade e aliviam o trabalho dos operários.

A mecanização dos trabalhos pesados e de execução demorada e a automatização dos processos de produção fizeram com que fosse aliviado consideravelmente o trabalho dos operários na indústria, no transporte e na agricultura. Desapareceram profissões tão penosas e tão difundidas em um passado recente, como as de carreteiros e picadores manuais na indústria carbonífera, os operários do transporte de cargas na indústria siderúrgica e os que na indústria petrolífera extraíam o óleo dos poços com cilindros ou com baldes. Ao mesmo tempo surgiram novas profissões, a saber: condutores de máquinas carboníferas combinadas, operários qualificados da extração e elaboração mecanizadas do petróleo, perfuradores da extração com ajuda de turbinas, serradores de serra elétrica na indústria florestal, maquinistas de caldeiras nas centrais elétricas, e muitas outras.

Uma parte considerável dos operários das novas especialidades cursaram a escola secundária e possuem grandes conhecimentos técnicos. São uma encarnação viva do processo de desaparecimento da diferença essencial entre o trabalho intelectual e manual.

A redução do preço de custo da produção é um índice importante do trabalho da indústria socialista. O ano passado, as economias alcançadas em conseqüência da diminuição do preço de custo da produção industrial, tendo em conta as economias obtidas pela rebaixa dos preços, ascenderam a 35 bilhões e 500 milhões de rublos, e, em 1952, ultrapassarão a soma de 46 bilhões de rublos.

Nos dez primeiros meses de 1952, o plano de produção do conjunto da indústria foi cumprido em mais de 101%. O ritmo médio anual de incremento da produção global da indústria em 1951 e 1952 será de mais de 14%, confrontado com os 12% fixados pelo Plano Qüinqüenal.

A indústria pesada é a base do desenvolvimento de todos os ramos da economia nacional. Nas diretrizes para o Plano Qüinqüenal, o ritmo médio anual de crescimento da produção de meios de produção foi determinado em 13%. Mas, de fato, nos dois primeiros anos do novo qüinqüênio será de 15%. Atualmente, nossa grande indústria fornece em nove dias tanta produção como a que se obtinha na Rússia durante todo um ano às vésperas da Grande Revolução Socialista de Outubro.

Os siderúrgicos soviéticos cumpriram o plano em todos os ramos desta indústria, durante os dez primeiros meses de 1952, nas seguintes proporções: ferro gusa, 103%; aço, 101%; laminados, 102%. Nos dois primeiros anos do quinto qüinqüênio produzir-se-á 2,4 vezes mais aço que nos dois primeiros anos do quarto qüinqüênio.

O plano de extração de carvão foi cumprido durante os dez primeiros meses do corrente ano em 101%. Em 1952, a extração de carvão superará em 15% a de 1950. É interessante comparar o desenvolvimento da indústria carbonífera da U.R.S.S., por exemplo, com o da Inglaterra. Enquanto que em 1913 a extração de carvão da Rússia representava uma décima parte da produção da Inglaterra, em 1951 a extração de carvão da U.R.S.S. superou a da Inglaterra em 25%. Durante esse mesmo período, a extração de carvão na Inglaterra reduziu-se em 23%, enquanto que na U.R.S.S. quase decuplicou.

A indústria petrolífera da União Soviética cresce em ritmo rápido. Nos dez primeiros meses de 1952, o plano de extração de petróleo foi cumprido em 101%. Em comparação com o ano de 1950, a extração de petróleo aumentou de 24%. Estamos também ultrapassando o plano de elaboração do petróleo e da obtenção de gasolina, lubrificantes e outros produtos derivados do petróleo.

A indústria química, a metalurgia de metais não ferrosos e a indústria de materiais de construção cumpriram o plano dos dez primeiros meses de 1952.

O incremento incessante da indústria soviética de construção de maquinaria é a base do progresso técnico e do ritmo rápido de desenvolvimento de todos os ramos da economia nacional. Em 1952, a produção total desta indústria aumentará em mais de 40% com relação a 1950. O ritmo mais alto de desenvolvimento corresponde à fabricação de aparelhos para as indústrias de energia elétrica, siderúrgica e petrolífera.

Como é sabido, o Plano Qüinqüenal estipula no terreno da eletrificação um alto ritmo de incremento da capacidade das centrais elétricas e da produção de energia, a fim de que o desenvolvimento da eletri-ficação supere o acelerado ritmo de crescimento da economia nacional.

A importância da eletrificação na construção da sociedade comunista foi determinada genialmente por V. I. Lênin em sua célebre fórmula:

“O comunismo é o Poder soviético mais a eletrificação de todo o país”.

Nos últimos 35 anos, o povo soviético conseguiu extraordinários êxitos na eletrificação do país. Na União Soviética, durante os últimos temposé posta anualmente em funcionamento, em termo médio, uma potência de produção de energia, elétrica duas vezes maior que a produzida pelo plano GOELRO durante dez anos.

Em1952, a produção de energia elétrica crescerá em relação a 1950 em 29%. O aumento médio anual correspondente a 1951-1952 será de 13,6%, confrontado com os 12,5% estipulados pelo Plano Qüinqüenal.

As centrais elétricas da União Soviética produzem agora em um só mês tanta energia como as da Rússia pré-revolucionária em cinco anos.

Em 1952 desenvolve-se também em ritmo elevado a produção de artigos de consumo. Nos dois primeiros anos do novo qüinqüênio, o aumento médio anual da produção de artigos de consumo será de mais de 13%, em vez de 11% previstos nas diretrizes sobre o Plano Qüinqüenal.

Crescem de ano para ano a indústria leve e a de alimentação, aumentando a produção de artigos industriais de amplo consumo e de comestíveis. Nos dois primeiros anos do quinto qüinqüênio, a produção da indústria de alimentação aumentou em mais de 25%, melhorou a qualidade dos produtos e foi ampliado o sortimento.

Este ano a população recebe bastante mais artigos industriais e comestíveis que em 1950: roupa, 27% mais; calçado de couro, 32%; carne, pescado e seus derivados, 31%; manteiga, azeite e outras gorduras alimentícias, 31%; açúcar, 58%; artigos de confeitaria, 29%. Aumentará também a produção de utensílios e máquinas para uso doméstico: geladeiras, máquinas de lavar, aspiradores de pó, etc.

Ao assinalar os grandes êxitos obtidos este ano por nossa indústria socialista, não se deve esquecer que existem deficiências essenciais no funcionamento de alguns ramos da indústria e de determinadas empresas.

Certos ramos da indústria trabalham de maneira insatisfatória, não cumprem o plano de produção que lhes é determinado nem a tarefa de reduzir o preço de custo da produção. Há ainda empresas que não fornecem o sortimento completo e não asseguram uma alta qualidade da produção, infringem os padrões do Estado e os requisitos técnicos.

Não será demais que os dirigentes de empresas e de setores que não cumprem os planos do Estado e fabricam produtos de baixa qualidade pensem que se não forem capazes de corrigir a situação, terão de deixar seu posto e cedê-lo a outros dirigentes mais enérgicos e que conheçam melhor o assunto.

Na agricultura foram conseguidos grandes êxitos nos dois anos transcorridos do novo Plano Qüinqüenal. Aumentaram as superfícies de semeadura, especialmente do cultivo alimentício mais importante, o trigo. Como se sabe, a produção global de cereais foi este ano de 8 bilhões de puds, havendo aumentado a de trigo em 48% com relação a 1940. Portanto, o problema de cereais, que foi sempre considerado o mais agudo e grave, foi resolvido com êxito em nosso país, foiresolvido definitivamente e para sempre. Aumentou com relação ao ano passado a colheita do algodão, da beterraba açucareira, do linho, do girassol e das batatas.

Na criação do gado foram realizados grandes progressos. De julho 1950 a julho de 1952, o número total de cabeças de gado de todas as espécies, em todas as categorias de fazendas, aumentou de 26.700.000.

A produção global e mercantil da pecuária, em conjunto, ultrapassa na U.R.S.S. o nível de antes da guerra.

Fortaleceu-se ainda mais a base técnica da agricultura ao ser dotada de grande número de novos tratores, veículos automóveis e máquinas agrícolas. Como resultado disto intensificou-se a mecanização dos trabalhos agrícolas fundamentais. Em 1952 as estações de máquinas e tratores realizaram com seu parque de tratores e de máquinas três quartas partes dos trabalhos agrícolas fundamentais dos kolkhozes. Foi quase totalmente mecanizada a semeadura do algodão, da beterraba açucareira e de outros cultivos industriais. Mais de 70% da colheita de cereais dos kolkhozes foi feita com segadoras-debulhadoras. Aumenta de ano para ano a colheita de algodão com máquinas para colher e beneficiar o algodão.

Os trabalhadores da agricultura das zonas de estepe e estepe-florestais da parte européia da U.R.S.S. cumprem com êxito o plano stalinista de plantações florestais para a proteção dos cultivos. Somente nos últimos dois anos, as superfícies de novas plantações nestas zonas alcançou a cifra de quase um milhão e meio de hectares.

O XIX Congresso de nosso Partido traçou para a agricultura novas e grandiosas tarefas para continuar elevando o rendimento dos cultivos agrícolas e desenvolvendo a criação do gado.

A feliz solução destas tarefas requer, antes de tudo, que sejam liquidadas as deficiências ainda existentes no trabalho dos kolkhozes, dos sovkhozes e das estações de máquinas e tratores. É necessário elevar a qualidade e reduzir os prazos dos trabalhos agrícolas, melhorar o emprego de tratores e máquinas agrícolas e reforçar o papel organizador das estações de máquinas e tratores nos kolkhozes, na luta pelo cumprimento dos planos de rendimento por hectare e de colheitas globais dos cultivos.

Os kolkhozianos, as kolkhozianas e os demais trabalhadores da agricultura empreenderam com grande entusiasmo a realização do segundo Plano Qüinqüenal stalinista de após-guerra. Por isso é indubitável que serão cumpridas as tarefas do novo Plano Qüinqüenal no que se refere à agricultura.

Paralelamente ao crescimento da indústria e da agricultura incrementa-se em nosso país o transporte ferroviário e por água. Em comparação a 1950, a circulação de cargas em transporte ferroviário cresce este ano em 23%, as cargas de transporte fluvial aumentaram em 21% e as do transporte marítimo, de 22%. Ampliam-se consideravelmente os trabalhos de eletrificação do transporte ferroviário. A frota Marítima e fluvial completa-se com novos barcos.

Em 1952 foi inaugurado o Canal navegável Volga-Don que recebeu o nome de Vladimir Ilitch Lênin, grandiosa construção da Época Stalinista .

O objetivo fundamental da produção socialista é a satisfação máxima das crescentes necessidades materiais e culturais de toda a sociedade. Elevam-se sem cessar o bem-estar e o nível cultural do povo soviético. Aumenta a quantidade de mercadorias de amplo consumo destinadas ao mercado. Em 1952, o volume total da circulação de mercadorias do comércio a varejo do Estado e das cooperativas aumentou de 27% em relação a 1950.

Em abril deste ano efetuou-se a quinta rebaixa de após-guerra nos preços do Estado dos artigos alimentícios e industriais. Isto garantiu o aumento sucessivo do salário real dos operários e empregados e uma economia nos gastos dos camponeses na compra de artigos industriais.

Amplia-se de ano para ano a construção de casas a fim de continuar melhorando em nosso país as condições de habitação dos trabalhadores. Em 1951 e durante os dez primeiros meses de 1952, nas cidades e bairros operários foram construídas novas casas com uma superfície total de cerca de 43 milhões de metros quadrados, o que equivale a mais de um milhão de prédios de dois apartamentos. Nas localidades rurais foram edificadas 620.000 casas residenciais.

Na capital de nossa pátria, Moscou, o volume de construção da casas em 1952 superará quase duas vezes o de 1940, ano que precedeu a guerra. Foi terminada a construção do primeiro grupo de edifícios de grande altura, magníficas obras monumentais.

O incremento da renda nacional da U.R.S.S. é um índice objetivo do melhoramento incessante do bem-estar material dos trabalhadores de nosso país. Em 1952, a renda nacional aumentará de 25%, comparada com 1950. O crescimento da renda nacional permitiu, ao mesmo tempo, elevar em proporção considerável os ingressos da população e aumentar as verbas destinadas à construção de obras básicas na economia nacional.

No atual qüinqüênio prevê-se o incremento das inversões básicas para a indústria aproximadamente no dobro, em comparação com o quarto qüinqüênio. Construir-se-ão numerosas estradas de ferro, fábricas, empresas, minas e centrais elétricas e ampliar-se-ão as já existentes. Em 1952, o volume da construção de obras básicas do Estado é superior em 26% ao de 1950.

Ocupam um lugar especial as gigantescas construções stalinistas no Volga, Dnieper, Don e Amú-Dariá. Em 1952, o volume das obras básicas nestas construções duplicar-se-á, em comparação com 1951. Está sendo cumprido com êxito o plano de construção destas obras.

Nos últimos anos, realiza-se em vasta escala na construção a passagem da mecanização de diversos processos à mecanização integral e são introduzidos amplamente os métodos de trabalho rápido e em série.

A produtividade do trabalho na construção aumenta este ano de 20% com relação a 1950, como resultado da introdução da técnica avançada, de uma melhor organização do trabalho e da elevação do nível cultural e técnico dos operários da construção.

Entretanto, no funcionamento das organizações da construção existem ainda graves deficiências. As principais são a não observância dos prazos estabelecidos para a terminação de novas obras e o não cumprimento das tarefas relacionadas com a redução do preço de custo da edificação. É necessário lutar energicamente contra estas deficiências.

O povo soviético conseguiu enormes êxitos durante os últimos anos no terreno da ciência, da cultura e da arte. Paralelamente à implantação do ensino geral de sete anos, desenvolve-se o ensino secundário de dez anos. Isto permitiu traçar no presente plano a tarefa de passar no fim deste qüinqüênio ao ensino secundário geral de dez anos nas capitaise cidades importantes das Repúblicas, nos centros regionais e territoriais e nos principais centros industriais. É necessário preparar as condições para implantar no próximo qüinqüênio o ensino secundário geral completo nas restantes cidades e localidades rurais. Ao mesmo tempo deve-se preparar a fundo a passagem ao ensino politécnico geral.

A matrícula nos estabelecimentos de ensino superior e nas escolas técnicas foi em 1952 muito maior que nos anos anteriores. O número de alunos dos centros de ensino superior da U.R.S.S. ultrapassa de mais de uma vez e meia o número de estudantes de todos os países capitalistas da Europa juntos. Nos dois primeiros anos do quinto qüinqüênio, a promoção de jovens especialistas superou de 65% a dos dois primeiros anos do quarto qüinqüênio. Graças à solicitude incansável do Partido Comunista e do Governo soviético, em nosso país amplia-se cada ano a rede de escolas de ensino geral, de escolas técnicas e de centros superiores.

Em data próxima ficará terminada a construção do novo e grandioso edifício da Universidade do Estado, em Moscou, erigido por iniciativa do camarada Stálin.

O Partido e o Governo manifestam grande carinho pela saúde dos trabalhadores da União Soviética. Os gastos com saúde pública ascenderam em 1952 a 27 bilhões e 700 milhões de rublos. Cresce o número de hospitais, dispensários, casas de repouso e sanatórios. Aumentou consideravelmente este ano a produção de medicamentos e de diversos equipamentos hospitalares. Em conseqüência da melhoria da assistência médica e da elevação do bem-estar do povo, nos últimos anos aumentou a natalidade e foi reduzida de muito a morbidade e a mortalidade entre a população de nosso país.

O povo soviético conseguiu um alto progresso na ciência e na técnica. Um testemunho persuasivo disto é a feliz projeção e realização de obras hidrotécnicas sem igual por sua magnitude e complexidade, a construção de edifícios de grande altura, o desenho e a fabricação de máquinas e instalações completíssimas. Este progresso é determinado também pelo fato de que a ciência se enriquece diariamente com a experiência dos homens de vanguarda da indústria e da agricultura.

Hoje não existem máquinas, aparelhos, instrumentos ou processos tecnológicos que não possam ser criados pelos especialistas e pelos operários soviéticos. Nos últimos anos, os institutos de investigação da Academia de Ciências da U.R.S.S. ampliaram-se consideravelmente; foram construídos novos pavilhões para os laboratórios, magnificamente instalados. Os homens de ciência soviéticos receberam da indústria aparelhos de precisão e novíssimas instalações para os laboratórios.

Tudo isto está destinado a aprofundar os conhecimentos teóricos nos diversos ramos da ciência, particularmente na utilização da energia atômica em benefício da humanidade.

Nos 35 anos transcorridos operaram-se grandes transformações naeconomia e na cultura de todos os povos da multinacional União Soviética. A Grande Revolução Socialista de Outubro libertou as nacionalidades oprimidas do jugo político, nacional e econômico. Sob a direção do Partido Comunista, as regiões nacionais atrasadas no sentido econômico e cultural converteram-se em florescentes Repúblicas socialistas industriais e kolkhozianas.

Sobre a base das velhas nações burguesas surgiram, desenvolve-ram-se e formaram-se as nações novas, as nações socialistas avançadas.

A política nacional leninista-stalinista assegurou o florescimento da ciência, da cultura e da arte dos povos da U.R.S.S.. Amplia-se a rede de escolas, centros de ensino superior, instituições científicas, clubes, bi-bliotecas e teatros. Nas Repúblicas federadas criaram-se Academias nacionais de Ciências. Forjaram-se numerosos quadros nacionais da indústria e da agricultura, assim como quadros da intelectualidade nacional.

No novo qüinqüênio, o ascenso ulterior da economia nacional e da cultura das Repúblicas federadas fortalecerá ainda mais a amizade dos povos da U.R.S.S. e o poderio de nossa Pátria Soviética.

Ao realizar o programa de construção socialista pacífica, nosso povo não esquece jamais as indicações dos fundadores do Estado soviético, Lênin e Stálin, sobre a necessidade de reforçar a defesa do Estado socialista, de fortalecer por todos os meios o Exército Soviético e a Marinha de Guerra e mantê-lo sempre preparados para o combate. As Forças Armadas da União Soviética recebem da indústria socialista o armamento e o material de guerra mais modernos.

Mas nosso exército não é forte apenas por ser dotado de técnica de primeira ordem. É forte por seu insuperável espírito político-moral, pela consciência patriótica dos soldados e dos comandantes e por sua indissolúvel ligação com o povo, que o cerca de carinho e de solicitude. Cada combatente do Exército Soviético e da Marinha de Guerra sente orgulho porque sabe que está chamado a defender seu Estado socialista e a salvaguardar o trabalho pacífico dos cidadãos soviéticos.

Como o demonstra a experiência da história, semelhante exército é invencível!

Os incendiários de guerra norte-americanos e seus lacaios não devem esquecer-se da força do Exército Soviético, disposto a dar uma réplica demolidora a qualquer agressor que tente violar as fronteiras de nossa grande Pátria. (Prolongados aplausos).

Camaradas: Grandes são nossos êxitos em todas as esferas da edificação socialista. Mas não é próprio dos homens soviéticos, educados pelo Partido de Lênin e Stálin, o sentimento de auto-suficiência e de presunção. Os cidadãos soviéticos consideram as realizações conquistadas como uma fase na luta por novos êxitos.

O XIX Congresso do Partido destacou a importância extraordinária do ulterior e audaz desenvolvimento da autocrítica e da crítica dos defeitos de nosso trabalho.

Fazendo realidade esta exigência do histórico Congresso de nosso Partido e eliminando com toda decisão os defeitos no trabalho dos diversos setores da construção comunista, os homens soviéticos conseguirão ver cumprido ultrapassado o grande programa do Quinto Plano Qüinqüenal!

II - A Política Exterior da União Soviética e o Fortalecimento da Paz no Mundo Inteiro

Com seu trabalho abnegado e heróico, o povo soviético está abrindo caminho de um futuro radioso aos trabalhadores de todo o mundo.

A experiência dos 35 anos transcorridos confirmou plenamente as conhecidas teses de Lênin e Stálin sobre o papel e a importância histórico-universais da Grande Revolução Socialista de Outubro. Os grandes chefes assinalaram mais de uma vez que a importância internacional da Revolução de Outubro não se expressa somente no amplo sentido de sua influência sobre todos os países, mas também em um sentido mais estreito, no sentido da repetição em escala internacional de seus traços e leis fundamentais de desenvolvimento.

O grande Lênin dizia:

"Nosso caminho é justo, pois é o caminho pelo qual cedo ou tarde marcharão também inevitavelmente os demais países".

Estas proféticas palavras estão sendo cumpridas.

Como resultado da heróica vitória do povo soviético na segunda guerra mundial, países com uma população superior a 600 milhões de habitantes romperam com o capitalismo e criaram, junto com a União Soviética, o poderoso campo da democracia e do socialismo.

O ano de 1952 transcorre também nos países de democracia popular sob o signo do ascenso sucessivo em todos os ramos da economia nacional e da cultura.

Em comparação com 1951, o volume da produção industrial aumentará este ano na Tchecoslováquia, Polônia, Rumânia, Hungria e Bulgária de 22-25% e na Albânia, de mais de 80%. Em particular, a produção global da indústria pesada e média ultrapassará de várias vezes o nível de antes da guerra.

Efetua-se em grande ritmo a eletrificação dos países de democracia popular. Relativamente a 1950, a produção de energia elétrica elevou-se em 1952 nas seguintes proporções: na Polônia e Tchecoslováquia, 24-25%; na Hungria e na Rumânia, 38%; na Bulgária, 77%; na Albânia, mais de 300%, e na República Democrática Alemã, 22%. Seja dito de passagem, a amizade e a colaboração destes países se manifestam também em que se transmite, com êxito, energia elétrica da Rumânia à Bulgária, da Polônia à Tchecoslováquia e, mutuamente, entre a República Democrática Alemã e a Polônia.

O rápido auge econômico dos países de democracia popular é determinado em medida considerável pela grande e fraternal ajuda que lhes presta a União Soviética. De acordo com os projetos elaborados por especialistas soviéticos e à base do equipamento produzido pelas fábricas da U.R.S.S., nos países europeus de democracia popular e na República Popular da China foram construídas e estão já funcionando grande número de novas fábricas e centrais elétricas.

Aproveitando a ajuda da União Soviética, os países de democracia popular resolvem com êxito a tarefa de reorganização e desenvolvimento da agricultura. Uma importante alavanca desta reorganização é constituída pelas estações de máquinas e tratores do Estado, criadas em todos os países de democracia popular. Os camponeses trabalhadores dos países de democracia popular se sentem cada vez mais inclinados à cooperação, a criar associações de produção agrícolas.

Em todos os países europeus de democracia popular, o ascenso econômico geral é acompanhado de um rápido melhoramento da situa- ção material dos trabalhadores.

Também a República Popular da China conseguiu grandes êxitos nos três anos transcorridos desde que o povo chinês, sob a direção de seu Partido Comunista, pôs fim ao domínio dos imperialistas e de seus mercenários — os sequazes do Kuomintang — e tomou o Poder em suas mãos.

Em 1951, o volume da produção industrial aumentou em mais do dobro em relação a 1949, com a particularidade de que em fins do ano passado foi alcançado o mais alto nível de antes da guerra em alguns ramos da indústria, e em diversos tipos de produção, ultrapassado.

Na agricultura já se fazem sentir os fecundos resultados da gran de reforma agrária, terminada em quase todo o território da China. Agora, a República Popular da China produz quantidade suficiente de cereais e algodão para satisfazer às necessidades de sua população e in clusive pode exportar produtos agrícolas para outros países.

O balanço de desenvolvimento econômico de todos os países de democracia popular prova convincentemente que fracassou por completo a política do bloqueio econômico praticada pelos imperialistas dos Estados Unidos com respeito aos países do campo da democracia e do socialismo. Esta política golpeou os próprios imperialistas que a aplicam. No que se refere aos países do campo da democracia e do socialismo, em resposta à política de bloqueio, agruparam-se estreitamente, organizaram a colaboração econômica e a ajuda mútua e criaram seu mercado mundial, oposto ao mercado capitalista mundial.

O resultado econômico mais importante da segunda guerra mundial, assinala o camarada Stálin, é a desagregação do mercado mundial único, universal, e, por conseguinte, um aprofundamento ainda maior dacrise geral do sistema capitalista mundial.

No informe apresentado ao XIX Congresso sobre o trabalho doa Comitê Central do Partido Comunista, o camarada Malênkov faz uma profunda análise marxista de toda a situação internacional atual, apontando dados e cifras convincentes sobre o crescimento das forças do campo da democracia e do socialismo, por um lado, e, por outro lado, sobre o aguçamento da crise geral do capitalismo mundial.

O quadro geral da situação econômica mundial se caracteriza no momento atual pela existência de duas linhas de desenvolvimento:

"Uma linha é a do ascenso ininterrupto da economia de paz na União Soviética e nos países de democracia popular, economia que não conhece crises e que se desenvolve com o objetivo de assegurar a satisfação máxima das necessidades materiais e culturais da sociedade. . . a outra linha é a da economia do capitalismo, cujas forças produtivas se acham estagnadas, economia que se debate nas garras da crise geral do capitalismo, cada vez mais profunda, e das crises econômicas que se repetem constantemente; é a linha da militarização da economia e do desenvolvimento unilateral dos ramos da produção que trabalham para a guerra, a linha da luta de concorrência entre os países e da escravização de uns países por outros." (G. Malênkov. Informe sobre o trabalho do Comitê Central do P.C. (b) da U.R.S.S. ao XIX Congresso do Partido) .

Aguçam-se cada vez mais as contradições entre os Estados Unidos América e a Inglaterra, entre os Estados Unidos da América e a França e outros países capitalistas europeus. Há uma luta aberta entre os monopolistas ianques e britânicos pelas jazidas de petróleo, a borracha, os metais não ferrosos e o enxofre e pelos mercados de escoamento das mercadorias. Agrava-se a luta entre a Alemanha Ocidental e a França em conseqüência da disputa dos capitalistas destes países na chamada Associação Européia do Carvão e do Aço e acentua-se o conflito entre ambos os países por causa da região do Sarre.

Tentando encontrar uma saída para a crise geral do capitalismo, que se tem aguçado depois da segunda guerra mundial, os imperialistas dos Estados Unidos empreenderam a preparação de uma nova conflagração universal. Seu objetivo é o domínio do mundo. Entretanto, a desatinada corrida armamentista que, sob a pressão dos Estados Unidos, o campo imperialista leva a cabo, aumenta cada dia mais as dificuldades e as contradições que dilaceram este campo e leva inevitavelmente à crise econômica.

Nos últimos tempos, a produção dos países capitalistas permanece estacionada. Se tomarmos como 100 o primeiro trimestre de 1951, veremos que o índice da produção industrial dos Estados Unidos se modificou por trimestre da seguinte forma: 1951: primeiro trimestre, 100; segundo trimestre, 103; terceiro trimestre, 101; quarto trimestre, 101. 1952: primeiro trimestre, 100; segundo trimestre, 97.

Estes dados mostram que, depois de haver alcançado o nível máximo no segundo trimestre de 1951, o índice da produção industrial começou a baixar. No primeiro trimestre do corrente ano encontrava-se no mesmo nível do mesmo trimestre de 1951 e posteriormente caiu mais ainda. Existe a tendência ao descenso do nível geral da produção industrial, apesar da corrida armamentista estar-se realizando a todo vapor. A causa é clara. A indústria civil reduz-se em um volume tão considerável que nem sequer o rápido ascenso da produção bélica pode compensar esta redução. Deste modo, manifestam-se já de maneira clara os resultados do desenvolvimento unilateral da economia norte-ame ricana.

Lançados no caminho da corrida armamentista, os países capitalistas europeus diminuem também a produção de caráter civil, suscitando com isto o estacionamento da indústria.

A economia de guerra devora enormes recursos. Nos últimos anos, o orçamento do governo dos Estados Unidos converteu-se em um típico orçamento de guerra. Por exemplo, 74% do orçamento para 1952-1953 são dedicados a gastos militares diretos, o que ultrapassa em mais do triplo os gastos militares efetuados antes de começar a guerra na Coréia. Em 1949-1950, os gastos militares dos países da Europa Ocidental que integram o Bloco do Atlântico subiram a 6 bilhões e 200 milhões de dólares. Por exigência dos círculos governamentais dos Estados Unidos, no orçamento de 1952-1953 esta soma se eleva quase a 16 bilhões de dólares.

A corrida armamentista conduz a um enriquecimento inaudito dos milionários e multimilionários. Nestes sete anos de após-guerra, os lu cros dos monopolistas dos Estados Unidos elevaram-se a cerca de 220 bilhões de dólares. Ao mesmo tempo, os impostos a que está sujeita a população crescem em proporções jamais vistas. Segundo informou a imprensa, Truman arrecadou durante os anos de seu mandato presidencial mais impostos que os 31 presidentes anteriores dos Estados Unidos juntos. (Animação na sala).

Em todos os países do campo agressivo, a corrida armamentista intensificou a inflação, já de si considerável. Os canais da circulação fiduciária estão abarrotados de papel-moeda. Cai sistematicamente a capacidade aquisitiva do dinheiro. Sobem sem cessar os preços dos artigos de amplo consumo. O nível de vida desce com rapidez. Piora de dia para dia a situação das massas trabalhadoras. Só nos Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Itália, Bélgica e Alemanha Ocidental, o número de desempregados totais e parciais chega a 32 milhões. Cresce a onda de greves e de ações políticas dos operários.

Agora, entre os economistas burgueses já não se discute se haverá ou não uma nova crise econômica, mas se estalará mais ou menos cedo. É sintomático que os institutos de todo o gênero, que estudam a conjuntura econômica, advirtam claramente ao mundo dos negócios sobre a necessidade de "preparar-se" para uma crise inevitável e próxima.

Simultaneamente, com o propósito de desviar a atenção dos trabalhadores de sua dura situação, a enorme máquina propagandista dos multimilionários dos Estados Unidos atiça artificialmente a psicose de guerra. Habitua o povo à idéia de que é necessário empregar a bomba atômica e intimida dia após dia não apenas os adultos, mas também as crianças, organizando, em particular, falsos alarmes de ataques aéreos.

Os resultados são patentes. Muitos, norte-americanos perderam a [lacuna no original] crêem ver cruzar o espaço estranhos objetos, que recordam enormes "discos voadores", "pires", "frigideiras" e "globos ígneos de cor verde". Os jornais e revistas ianques publicam extensos relatos de todo tipo de "testemunhas" que afirmam haver visto estes estranhos objetos e declaram que ou se trata de. . . misteriosos projéteis russos ou, em último caso, aparelhos voadores enviados por algum outro planeta para observar o que acontece na América do Norte! Neste sentido não podemos deixar de nos lembrar do provérbio popular russo: "O medo lhes provoca visões"! (Animação na sala).

Em seu histórico discurso perante o XIX Congresso do Partido, o camarada Stálin afirma que o princípio da igualdade de direitos entre os homens e as nações vem sendo pisoteado nos países capitalistas, tendo sido substituído pelo princípio da plenitude de direitos para a minoria exploradora e pela ausência de direitos para a maioria explorada dos cidadãos. Os direitos do indivíduo se reconhecem apenas aos que dispõem de capital e todos os outros cidadãos são considerados matéria prima humana, útil exclusivamente para ser explorada. Os círculos governamentais dos Estados Unidos enveredaram abertamente pelo caminho da fascistização, seguindo as pegadas de Hitler. No interior do país implantam o sistema do terror, procuram esmagar todas as forças progressistas, declararam de fato o Partido Comunista fora da lei e, com a ajuda de bandos de mercenários, impedem a realização de comícios e assembléias convocados pelas organizações democráticas. A propaganda e a preparação de uma nova guerra imperialista para o estabelecimento do domínio mundial assumiram proporções inauditas.

Marchando pelo caminho que os leva a uma nova conflagração universal, os círculos governamentais dos Estados Unidos estendem na Europa na Ásia e no Oriente Próximo e Médio uma rede de bases militares e conservam nestas zonas as suas forças armadas. Impedem obstinadamente a colaboração pacífica entre as nações. Os imperialis-tas ianques confiam principalmente no renascimento do militarismo alemão, para o que se esforçam por aprofundar a divisão da Alemanha e transformam a Alemanha Ocidental em praça de armas norte-americana. Com este objetivo procuram conseguir a ratificação do tratado de Bonn e do tratado de Paris sobre a chamada comunidade de defesa da Europa. Na Ásia restauram a ritmo acelerado o militarismo japonês. Com este propósito os Estados Unidos impuseram ao Japão o tratado em separado que é um tratado militar e que se orienta no sentido de transformar o Japão numa praça de armas norte-americana.

Há dois anos e meio os imperialistas dos Estados Unidos desencadearam uma guerra sangrenta contra o heróico povo da Coréia.

Os Estados Unidos da América são atualmente o baluarte mundial da reação e do fascismo, o centro da conspiração internacional dos agressores contra a paz e a segurança dos povos.

Não é por acaso que, em, todas as partes, o povo simples odeia tanto a camarilha militar ianque que pisoteia com a sua bota de gendarme os direitos e as liberdades dos povos.

Entretanto, os incendiários de guerra norte-americanos não podem fazer retroceder a roda da história. Em todos os países se desenvolve amplamente a luta libertadora dos povos contra o imperialismo.

Hoje até mesmo os que mais insolentemente pregam que o capital ianque deve dominar o mundo, como Dulles, alarmados diante do crescente movimento emancipador dos povos, tiveram que reconhecer publicamente que nos países da Europa e da Ásia se intensifica o estado de espírito contra os norte-americanos.

O bloco do Atlântico, agressivo e militarista, forjado pelos im-perialistas ianques, se desfaz cada vez mais em conseqüência das contradições internas entre os Estados Unidos e a Inglaterra, assim como entre os Estados Unidos, a França e outros países capitalistas da Europa. Os círculos governamentais dos países capitalistas europeus, pressionados pelas massas populares e pelas dificuldades econômicas, se vêem obrigados a manifestar, com freqüência crescente, o seu descontentamento em face da política norte-americana de "diktat" descarado.

O jornal ianque "New York Times" escrevia há pouco que os go vernos da Europa Ocidental "estão profundamente descontentes por se sentirem dependentes dos Estados Unidos". O jornal reconhece a seguir que uma maior "ajuda" econômica norte-americana não melhorará e sim piorará a situação na Europa.

As coisas marcham de tal maneira que a Inglaterra, a França e ou tros países capitalistas não suportarão indefinidamente o domínio e o jugo dos Estados Unidos e, tarde ou cedo, procurarão escapar da escravidão a que os norte-americanos os submetem e enveredar por um caminho de desenvolvimento independente.

A Revolução Socialista de Outubro não só fez o imperialismo estremecer nos centros de sua dominação, como também o golpeou em sua retaguarda, em sua periferia; socavou o domínio do imperialismo nas colônias e nos países dependentes.

Como resultado da segunda guerra mundial, o sistema colonial do imperialismo estala por todas as juntas. A histórica vitória do povo chinês desempenhou igualmente um papel importantíssimo neste sentido.

A derrota dos Estados Unidos na guerra contra o povo coreano é uma prova patente do fracasso das tentativas dos imperialistas no sentido de afogar o movimento de libertação nacional dos povos. Apesar dos bárbaros bombardeios das cidades da Coréia, do emprego da arma bacteriológica, dos aviões a jato e do armamento moderno, as tropas norte-americanas e inglesas são incapazes de vencer a resistência do povo coreano. Com a ajuda fraternal dos voluntários chineses e sob a direção do guia do povo coreano, Kim Ir Sen, o povo da Coréia defende com valentia e firmeza a sua independência e a sua liberdade.

Os povos põem os agressores norte-americanos no pelourinho. Os povos não querem a guerra, são pela paz e redobram a sua resistência aos incendiários de guerra.

É difícil exagerar a importância de uma manifestação tão poderosa das forças populares na luta pela paz, como o recente Congresso dos Partidários da Paz dos povos da Ásia e do Oceano Pacífico. Os emissários de 37 países que contam com uma população de 1 bilhão e 600 milhões de habitantes proclamaram com firmeza que continuarão a opor uma resistência ainda mais tenaz às maquinações dos fomentadores de guerra. As forças dos partidários da paz aumentam. A amizade entre os povos de todos os países se fortalece. Na retaguarda dos promotores da guerra imperialista ouve-se com freqüência cada vez maior e com força crescente a exclamação do povo simples: "Jamais faremos guerra contra os povos do país do socialismo".

Na luta pela paz reafirma-se cada vez mais a amizade inquebrantável entre os povos da União Soviética e os países de democracia popular.

A grande amizade entre a República Popular da China e a União Soviética se aprofunda e se reforça, amizade que é uma garantia de paz duradoura no Extremo Oriente e em todo o mundo.

Nossa grande Pátria é um baluarte inexpugnável da paz. O povo soviético não quer a guerra, o que todo mundo sabe. Toda atividade de nosso Estado transcorre sob o signo da política stalinista do trabalho pacífico e criador, sob o signo da amizade entre os povos. Os interesses daUnião Soviética — afirma o camarada Stálin — são inseparáveis da causa da paz em todo o mundo.

A política exterior stalinista de paz, que o governo soviético põe em prática, parte do critério de que a coexistência pacífica e a colaboração entre o capitalismo e o comunismo são plenamente possíveis. Para isto basta o desejo mútuo de colaborar, a disposição de cumprir estritamente os compromissos assumidos e observar o princípio da igualdade de direito e da não ingerência nos assuntos internos de outros Estados.

Na sessão ordinária da Assembléia Geral da ONU, inaugurada em outubro, os delegados da U.R.S.S. e dos países de democracia popular desmascararam consequentemente, como sempre, a política ditatorial e agressiva dos governantes dos Estados Unidos. Os delegados soviéticos defendem, mais uma vez, um programa concreto de verdadeira salvaguarda da paz e da segurança internacional.

Entretanto, somente as pessoas profundamente néscias podem pensar que a política de paz do governo soviético tenha por origem a debilidade de nosso Estado. O povo soviético não é medroso e não teme a guerra. A força indestrutível do Estado soviético foi confirmada por mais de uma vez, tanto durante os anos da intervenção dos Estados capitalistas contra a jovem república soviética, como durante a segunda guerra mundial. Na situação atual, em que a União Soviética não está só em que atua à frente do campo da democracia e do socialismo, suas forças e seu poderio aumentaram consideravelmente.

O grande escritor russo Alexei Maximovitch Gorki afirmou que se os capitalistas, enlouquecendo-se completamente pelo medo que lhes infunde o futuro que lhes está reservado, atirarem as suas hordas contra nosso país,

"é necessário que os recebamos assestando contra suas estúpidas cabeças, com palavras e com fatos, um golpe de tal natureza que se converta no último golpe contra o capital e o atire no túmulo que a história lhe cavou em ocasião muito oportuna".

E assim sucederá se os agressores se atreverem a atacar nosso país. (Tempestuosos aplausos).

* * *

Camaradas: O imortal Lênin afirmava que o comunismo progride em todas as partes. Nenhum esforço dos governos burgueses e nenhum método fascista de repressão contra os homens progressistas de nossos dias pode conter a difusão das idéias do comunismo entre as amplas massas trabalhadoras de todo o mundo. Não existe força capaz de fazer retroceder a roda da história, de frear o processo do movimento social para adiante, no sentido do comunismo.

Os novos êxitos alcançados durante o ano que se finda, quanto ao desenvolvimento da economia e da cultura socialista da União Soviética, os êxitos conseguidos no desenvolvimento dos países de de-mocracia popular pelo caminho do socialismo e o constante fortalecimento do campo da paz e do socialismo confirmam plenamente a grande justeza e a força sempre vitoriosa da doutrina de Lênin e Stálin.

Em nossa marcha no sentido do comunismo o Partido Comunista da União Soviética é a força dirigente e organizadora, a união combativa dos comunistas, unidos por um mesmo ideal, que lutam pela transformação da sociedade humana à base da teoria do marxismo-leninismo.

O camarada Stálin afirmou em seu discurso ao XIX Congresso do Partido:

"Depois que nosso Partido tomou o poder em 1917 e empreendeu medidas reais para liquidar a opressão dos capitalistas e latifundiários, os representantes dos partidos irmãos, admirando a intrepidez e os êxitos de nosso Partido, lhe deram o nome de "brigada de choque" do movimento operário revolucionário mundial.

Com isto expressavam a esperança de que os êxitos da "brigada de choque" aliviariam a situação dos povos que sofriam sob o jugo do capitalismo. Penso que nosso Partido justificou essa esperança, especial mente no período da segunda guerra mundial, quando a União Soviética, após haver destruído a tirania fascista alemã e japonesa, liber tou os povos da Europa e da Ásia do perigo da escravidão fascista."

Ao fazermos um balanço dos anos transcorridos, vemos que o caminho para a vitória do socialismo em nosso país não foi fácil. Em nosso caminho encontramos não poucas dificuldades. Entretanto, nosso Partido sempre esteve preparado para a luta e venceu com êxito todas as dificuldades e obstáculos.

Agora está claro para todos que o poder soviético não se haveria mantido em nosso país nem 35 dias e muito menos 35 anos se não fosse o heróico Partido de Lênin e Stálin que está estreitamente ligado ao povo e goza de sua ilimitada confiança.

Dirigido pelo Partido Comunista, o povo soviético tornou seu Estado poderoso e invencível. Nisto cabe um grande mérito histórico ao guia do Partido e do povo, o camarada Stálin. (Tempestuosos e prolongados aplausos). Há mais de um quarto de século, desde a morte do grande Lênin, o camarada Stálin conduz com segurança nosso Partido e o povo soviético pelos caminhos inexplorados da edificação da nova vida comunista. Por isto é tão infinita a confiança dos trabalhadores de nosso país e de todo o mundo na sábia direção de Stálin; por isto é tão profunda a sua fé na política do Partido Comunista e no gênio de Stálin. Por isto é tão grande o carinho que sentem o povo soviético e os trabalhadores de todo o mundo pelo camarada Stálin. (Tempestuosos aplausos que se prolongam por muito tempo).

Viva a Grande Revolução Socialista de Outubro que inaugurou uma nova era na vida da humanidade!

Viva a poderosa União Soviética, baluarte invencível da paz, da democracia e do socialismo!

Viva o Partido Comunista da União Soviética, Partido de Lênin e Stálin!

Viva por muitos anos o nosso querido mestre e chefe, o grande Stálin! (Tempestuosos aplausos que se prolongam por muito tempo e se transformam em ovação. Todos se levantam).

Sob a bandeira de Lênin e Stálin, avante, para o comunismo! (Os presentes acolhem as palavras finais do informe com uma calorosa ovação em homenagem ao grande Stálin, ao sábio guia e mestre, ao organizador e inspirador das vitórias históricas do povo soviético, ao gênio de toda a humanidade progressista).


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Inclusão 26/10/2007