O Discurso de J. V. Stálin no XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética - Programa de Luta pela Paz, pela Democracia, pelo Socialismo

D. Tchesnokov

1953


Primeira Edição: Artigo publicado em O Comunista, n. 2, 1953.
Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 49 - Setembro de 1953.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo
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O XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética é um marco importante na luta de nosso Partido pela manutenção da paz, por um futuro radioso para os povos, pelo comunismo.

O Partido Comunista da União Soviética, armado da teoria do marxismo-leninismo, aplica e elabora o marxismo de maneira criadora baseando-se na análise da etapa atual do desenvolvimento histórico. Em sua obra genial "Problemas Econômicos do Socialismo na URSS", publicada às vésperas do XIX Congresso do Partido, Stálin revelou as leis da passagem gradual do socialismo ao comunismo. As idéias contidas nessa obra serviram de base a todas as resoluções do Congresso relativas à construção do comunismo na URSS. O XIX Congresso do Partido entrará na história de nosso Partido como o Congresso dos construtores do comunismo.

No discurso do camarada Stálin, que coroou os trabalhos do Congresso, a situação histórica dentro da qual os partidos comunistas e operários de todos os países devem combater pela paz, pela democracia e pelo socialismo foi perfeitamente caracterizada. O Congresso foi uma demonstração de solidariedade internacional e de fraternidade dos comunistas de todos os países em seu combate ao imperialismo. O discurso do camarada Stálin no Congresso é um Programa completo de luta da classe operária e dos trabalhadores de todos os países pela paz e as liberdades democráticas. Nesse discurso, Stálin desenvolve as teses essenciais da estratégia marxista e da tática da luta de classe do proletariado e do movimento de libertação dos povos oprimidos.

Em seu discurso, o camarada Stálin deteve-se, sobretudo, em duas questões: as tarefas internacionais do movimento operário e as tarefas da luta pelas reivindicações democráticas na etapa atual.

I — Stálin, o Internacionalismo e a Solidariedade Internacional dos Trabalhadores

Tal como o estabeleceram Marx e Engels, desde os seus primeiros trabalhos, o princípio do internacionalismo socialista é o princípio mais importante do movimento operário revolucionário. Marx e Engels demonstraram que na sociedade capitalista, cindida em classes diametralmente opostas — a burguesia e o proletariado —, os interesses vitais das operários de todos os países e de todas as nacionalidades são comuns, apesar de toda a diversidade das condições concretas de luta. Marx e Engels demonstraram em seguida, apoiando-se na experiência da luta libertadora do proletariado, que somente uma cooperação estreita e o auxílio mútuo da classe operária dos diferentes países pode garantir o sucesso da luta de libertação, e lançaram a palavra de ordem de combate: "Proletários de todos os países uni-vos!". Marx e Engels organizaram praticamente a colaboração fraternal dos operários de vanguarda dos diferentes países com a criação da Associação Internacional dos Trabalhadores — a I Internacional. Marx e Engels elevaram bem alto a bandeira do internacionalismo proletário. Toda a experiência do movimento operário mundial e em particular a experiência do Partido Comunista da União Soviética testemunham, de maneira irrefutável, que a vitória da revolução não pode ser obtida senão sob essa bandeira.

Lênin e Stálin edificaram o Partido Comunista da União Soviética como partido de novo tipo, baseando-se no princípio do internacionalismo socialista. Sob a direção de Lênin e de Stálin, nosso Partido, imbuído de um internacionalismo conseqüente e revolucionário até a medula, tornou-se um exemplo e o modelo para os operários de todos os países.

Graças exclusivamente ao fato de o Partido Comunista da União Soviética, criado e dirigido por Lênin e Stálin, haver educado com perseverança e sistematicamente a classe operária, as massas trabalhadoras de nosso pais, no espírito do internacionalismo, ao fato de haver reforçado e continuar a reforçar os laços de amizade e de fraternidade entre os povos da União Soviética, ao fato de combater energicamente todas as manifestações de nacionalismo burguês e de cosmopolitismo é que ele obteve vitórias de significação histórica e mundial.

O princípio do internacionalismo socialista, como expressão conseqüente da intransigência do proletariado em face da burguesia, é inseparável da teoria marxista-leninista da revolução. Naturalmente, ao criar a nova teoria da revolução socialista partindo do fato de que na época do imperialismo a revolução socialista triunfa inicialmente em alguns países ou mesmo em um único país, considerado isoladamente, Lênin e Stálin desenvolveram ainda o principio do internacionalismo socialista. Eles demonstraram inicialmente que a ruptura da cadeia do imperialismo em seu elo mais fraco e a vitória da revolução socialista inicialmente em um único país são o começo e a premissa da revolução comunista mundial, que não poderá vencer definitivamente senão na base da cooperação, da aliança entre a revolução socialista — realizada em um só país —, de um lado, e o movimento operário dos países capitalistas e o movimento de libertação nacional dos países coloniais, de outro lado.

Desenvolvendo o leninismo, o camarada Stálin demonstrou que a questão da vitória do socialismo em um só país possui dois aspectos diferentes: um, interno, e outro, externo. O aspecto interno da questão da edificação do socialismo em um único país abrange as relações entre as classes no interior do pais. O leninismo ensina que a classe operária e o campesinato podem perfeitamente vencer a burguesia de seu país e edificar a sociedade socialista. A vitória do socialismo na URSS foi brilhante confirmação da justeza dessa tese. Mas, frisa o camarada Stálin, há também o aspecto internacional da questão, há o campo das relações externas entre o país soviético e os países capitalistas, entre o povo soviético e a burguesia internacional, que odeia o regime soviético e procura uma ocasião para atacar o país soviético. A União Soviética não pode, por suas próprias forças, somente, destruir o cerco hostil do capitalismo, que gera o perigo da intervenção capitalista. Não é possível destruir o cerco capitaliza, fazer desaparecer o perigo da intervenção capitalista senão fazendo triunfar a revolução proletária pelo meros em vários grandes países. Não é apenas o povo do país do socialismo vitorioso, mas sobretudo a classe operária, os trabalhadores dos países capitalistas, que têm interesse em destruir o cerco capitalista. Todos os povos oprimidos dos países dependentes e coloniais têm igualmente interesse vital na destruição do imperialismo.

O Partido Comunista da União Soviética sempre partiu do princípio de que

"os objetivos nacionais e internacionais do proletariado da URSS se fundem em um único objetivo geral: a libertação dos proletários de todos os países do capitalismo, pois o interesse da construção do socialismo em nosso país se funde de maneira total e completa com os interesses do movimento revolucionário de todos os países, um só interesse comum — a vitória da revolução socialista em todos os países".(1)

O camarada Stálin mais de uma vez assinalou que a simpatia e o crescente apoio manifestado pelos proletários de todos os países para com a União Soviética facilitam fundamentalmente a construção do socialismo na URSS. O aumento impetuoso dos êxitos da construção socialista melhora, por sua vez, radicalmente as posições revolucionárias dos proletários de todos os países em sua luta contra o capital, e solapa as posições do capital internacional em sua luta contra o proletariado.

"Mas deste fato resulta que os interesses e os objetivos do proletariado da URSS se entrelaçam e ligam indissoluvelmente aos interesses e aos objetivos do movimento revolucionário em todos os países e, inversamente, que os objetivos dos proletários revolucionários de todos os países estão indissoluvelmente ligados aos objetivos e aos êxitos dos proletários da URSS na frente da construção socialista."(2)

Da mesma forma que o país do socialismo vitorioso necessita do auxílio e do apoio da classe operária e das massas trabalhadoras dos países capitalistas, a classe operária e os movimentos democráticos nesses países capitalistas e coloniais têm necessidade do auxílio e do apoio do país do socialismo vitorioso.

A história da construção socialista em nosso país é a história da consolidação da aliança entre a classe operária, os trabalhadores da União Soviética e o movimento operário dos países capitalistas. Citemos alguns exemplos.

A vitória da Revolução Socialista de Outubro e a passagem do poder às mãos dos operários e dos camponeses da Rússia deram poderoso impulso ao desenvolvimento do movimento revolucionário nos países capitalistas e à luta de libertação nacional nos países coloniais e dependentes. Significou um auxílio direto da revolução socialista à classe operária e aos povos oprimidos de todos os países.

Quando, em 1918-1919, a revolução se desencadeou na Alemanha, na Áustria e na Hungria, significou ela um auxílio da classe operária desses países à classe operária dos outros países e, em particular, à classe operária e ao campesinato do país soviético.

Da mesma forma, quando os operários e as massas trabalhadoras dos países da Europa ocidental desorganizaram a intervenção na URSS, quando se recusaram a transportar armamento, quando criaram comitês de ação sob a palavra-de-ordem "Tirem as mãos da Rússia soviética!", solaparam eles as retaguardas de seus capitalistas — e isso foi um auxílio para os operários e os camponeses do país soviético.

Quando os operários e os camponeses da União Soviética, vitoriosos nas frentes da guerra civil e da intervenção, desenvolveram a construção socialista e obtiveram nessa tarefa decisivos êxitos, prestaram, assim, imenso apoio aos proletários de todos os países em sua luta contra os capitalistas, em sua luta pelo poder, porque

"a existência da República Soviética, sua firmeza, seus sucessos na frente da construção socialista, constituem o fator mais importante da revolução mundial, o que encoraja os proletários de todos os países em sua luta contra o capitalismo. Não há dúvida de que o aniquilamento da República Soviética desencadearia a mais negra e a mais feroz reação em todos os países capitalistas".(3)

O camarada Stálin indica que nossa vitória não é apenas fruto dos esforços da classe operária da URSS, mas também o resultado do apoio dado aos trabalhadores da URSS pela classe operária mundial. Ele explicou muitas vezes que a luta pelo ritmo acelerado da construção da sociedade socialista na URSS é ditada não apenas pelas obrigações dos comunistas soviéticos para com os operários e camponeses da URSS, mas também por suas obrigações para com o proletariado mundial.

"Diz-se que nosso país constitui a brigada-de-choque do proletariado de todos os países. A conceituação é exata. Mas isso nos impõe as mais sérias obrigações. Por que o proletariado internacional nos apóia? Que nos tornou merecedores desse apoio? É que fomos os primeiros a nos lançarmos na batalha contra o capitalismo; os primeiros a estabelecer o poder operário; os primeiros a iniciar a construção do socialismo. É porque trabalhamos em uma obra que, em caso de êxito, transformará o mundo inteiro e libertará toda a classe operária."(4)

Nosso dever, assinalava o camarada Stálin, consiste em justificar, através de uma luta vitoriosa pelo socialismo, a confiança e o apoio da classe operária mundial; consiste em encorajá-la para maior desenvolvimento da luta contra o imperialismo.

«Devemos marchar na dianteira, de modo que a classe operária do mundo inteiro, ao nos contemplar, possa dizer: eis meu destacamento de vanguarda, eis minha brigada-de-choque, eis meu poder operário, eis minha pátria; eles executam sua tarefa, nossa causa é boa, aticemos a chama da revolução mundial.".(5)

O êxito da construção do socialismo na URSS constitui magnífico testemunho de que os homens soviéticos cumpriram e cumprem com honra suas obrigações para com as massas trabalhadoras dos países capitalistas. A vitória do socialismo na URSS e a promulgação da nova Constituição stalinista trouxeram imenso apoio moral e efetiva ajuda a todos aqueles que, antes, durante e após a guerra, sustentaram e sustentam a luta contra a barbaria fascista, contra a reação imperialista.

A ajuda e o apoio prestados pelos povos da União Soviética à classe operária e às massas trabalhadoras dos outros países no período da segunda guerra mundial são particularmente grandes. Revidando às hordas hitleristas que perfidamente atacaram a URSS e inflingindo-lhe esmagadora derrota, o exército soviético e todo o povo soviético lutaram não apenas para libertar as regiões ocupadas de sua pátria socialista, mas também para libertar os povos da Europa que gemiam sob o jugo dos invasores hitleristas.

Após haver vencido a Alemanha hitlerista e o Japão imperialista, a União Soviética libertou do jugo fascista os povos da Europa e da Ásia, e fez desaparecer a ameaça de escravidão que pairava sobre os outros povos do mundo. Exatamente por isso foi que o povo soviético conquistou o reconhecimento do mundo inteiro como povo-herói, povo libertador.

Esses são alguns dos exemplos que testemunham o apoio recíproco entre as massas trabalhadoras da União Soviética e as massas trabalhadoras dos países capitalistas dirigidas pela classe operária.

"A força de nossa revolução e a força do movimento revolucionário países capitalistas — diz o camarada Stálin — residem nesse apoio recíproco e nessa aliança entre os proletários de todos os Países.".(6)

Em sua intervenção no XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, J. V. Stálin assinalou que a simpatia e o apoio dado à construção do comunismo na URSS pelas massas trabalhadoras dos Países capitalistas constituem manifestação do internacionalismo proletário, e pôs em relevo as particularidades desse apoio.

"Nosso partido e nosso país — disse o camarada Stálin — sempre necessitaram de confiança, simpatia e apoio dos povos irmãos do estrangeiro.".(7)

A atitude em face da União Soviética tornou-se o critério da atitude em face da democracia, da paz e do socialismo. A União Soviética, ao construir o comunismo, trabalha não apenas por si mesma, mas também pelos trabalhadores de todos os países. A União Soviética é o baluarte do socialismo, da democracia e da paz no mundo. O dever internacional de todo verdadeiro partidário do socialismo consiste em defender a URSS contra todo ataque dos inimigos da paz, da democracia e do socialismo.

"O internacionalista — disse Stálin — é aquele que está pronto a defender a URSS, sem reservas, sem hesitações, sem condições, porque a URSS é a base do movimento revolucionário mundial e porque é impossível defender, fazer progredir esse movimento revolucionário sem defender a URSS, porque aquele que pensa defender o movimento revolucionário mundial sem tomar conhecimento da URSS e contra a URSS vai contra a revolução e rola inevitavelmente para o campo dos inimigos da revolução".(8)

Apoiar a União Soviética não é apenas o dever internacional do revolucionário proletário. O apoio à União Soviética e a seus esforços para construir o comunismo e salvaguardar a paz é também um dever patriótico do revolucionário proletário para com as massas trabalhadoras de seu país, as quais têm interesse vital na manutenção da paz e das liberdades democráticas: o apoio às aspirações pacíficas da URSS constitui, sobretudo, um apoio dado a seu próprio povo, um apoio a seus esforças para salvaguardar a paz.

O camarada Stálin disse no XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética:

"A peculiaridade deste apoio consiste em que todo apoio às ações pela Paz de nosso Partido, por parte de qualquer outro partido irmão, significa ao mesmo tempo, para todos eles um apoio a seu próprio povo na luta pela manutenção da paz. Quando, os operários ingleses em 1918 e 1919, durante a intervenção armada da burguesia inglesa contra a União Soviética, organizaram a luta contra a guerra sob a palavra de ordem: "Tirem as mãos da Rússia", isto foi um apoio, em primeiro lugar, à luta do próprio povo inglês pela Paz e, em segundo lugar, um apoio à União Soviética. Quando o camarada Thorez e o camarada Togliatti declararam que os seus povos não combaterão contra os povos da União Soviética, isto é um apoio, em primeiro lugar, aos operários e camponeses da França e da Itália que lutam pela Paz, e, em segundo lugar, um apoio às aspirações de paz da União Soviética. Esta peculiaridade de apoio recíproco explica-se porque os interesses de nosso Partido não se contradizem, mas, ao contrário, se fundem com os interesses dos povos amantes da Paz. Quanto à União Soviética, seus interesses são absolutamente inseparáveis da causa da Paz em todo o mundo.".(9)

Essas palavras do camarada Stálin arrancam a máscara aos imperialistas que caluniam a União Soviética e seus amigos nos países capitalistas. Os amigos da União Soviética são os amigos da paz e das liberdades democráticas. Defendem a URSS antes de tudo porque defendem, de maneira conseqüente e racional, os interesses de seu país natal, os interesses de seu povo, pois para o povo não há interesses superiores aos da defesa da paz, da luta pelas liberdades democráticas, da luta pela libertação da exploração. Eis por que os Partidos Comunistas irmãos educam os trabalhadores de seus países no espírito da amizade pela União Soviética, no espírito da aliança com os trabalhadores do país soviético, no espírito do internacionalismo.

Por seu lado, ao realizar a construção vitoriosa do comunismo em nosso país, ao reforçar o poder da Pátria socialista, ao prestar auxílio econômico, cultural e qualquer outra ajuda aos trabalhadores dos países de democracia popular, ao dar apoio moral e político à luta de libertação dos trabalhadores de todos os países do mundo, o povo soviético cumpre, por isso mesmo, seu dever internacional para com a classe operária e as massas trabalhadoras do mundo inteiro.

O Partido Comunista da União Soviética e as massas trabalhadoras de nosso país sempre deram o exemplo de auxílio desinteressado aos trabalhadores dos demais países, o exemplo do internacionalismo. Basta recordar o auxílio desinteressado prestado pela União Soviética aos países de democracia popular para o desenvolvimento de sua economia e de sua cultura.

O XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética e o discurso do camarada Stálin nesse Congresso levantaram ainda mais a bandeira do internacionalismo socialista, a bandeira da solidariedade internacional. Nos estatutos do Partido Comunista da União Soviética, ratificados no XIX Congresso, reservou-se particular atenção ao novo reforço da educação de todos os membros da sociedade no espírito do internacionalismo, no espírito do estabelecimento de relações fraternais com as massas trabalhadoras de todos os países. Os estatutos proclamam:

"Hoje, as principais tarefas do Partido Comunista da União Soviética consistem em construir a sociedade comunista através da passagem gradual do socialismo ao comunismo: em elevar constantemente o nível material e cultural da sociedade, em educar os membros da sociedade no espírito do internacionalismo e do estabelecimento de relações fraternais com os trabalhadores de todos os países; em reforçar ao máximo a defesa ativa da Pátria soviética contra os atos de agressão de seus inimigos."

O Congresso constituiu poderosa demonstração de devotamento de nosso Partido à causa do internacionalismo. A presença das delegações do partidos comunistas e operários irmãos ao Congresso constitui um testemunho notável da confiança da classe operária, dos trabalhadores de todos os países no Partido Comunista da União Soviética, da fidelidade dos mesmos à causa do internacionalismo socialista, uma prova da invencibilidade do comunismo.

Em uma de suas últimas intervenções perante os trabalhadores da Itália, Palmiro Togliatti, guia do povo italiano, disse:

"A consciência do laço indissolúvel que une os movimentos operários e democráticos do mundo inteiro aos países que marcham no caminho do socialismo, à grande potência socialista pacífica que é a União Soviética não apenas nos dá novas forças — pois nos dá uma certeza cada vez maior no êxito de nossas atividades desde que saibamos lutar como se deve —, como nos permite também ampliar, ainda mais, nossa influência, mostrando a todos que somos a força a quem o futuro pertence. Nós, classe operária e vanguarda da classe operária, nós, povos que lutamos para defender a independência e a paz, estamos seguros do futuro, porque nossa causa é justa, porque somos a força predominante, cujo progresso não pode ser detido por nenhuma intriga, por manobra alguma dos inimigos, seja clara ou dissimulada.".

Como resultado da segunda guerra mundial, a correlação de forças na arena internacional modificou-se consideravelmente, o poderio da União Soviética aumentou imensamente. Isso fez nascer em alguns camaradas idéias falsas, idéias oportunistas de direita, no sentido de que o cerco capitalista já se acha liquidado e que nosso Partido não mais necessita do apoio do movimento operário de outros países. O camarada Stálin denunciou toda a falsidade e toda a nocividade de tais tendências. Ressalta o camarada Stálin que o cerco capitalista não é um conceito geográfico, mas político. Enquanto o capitalismo se mantiver nos principais países capitalistas, será errado falar da liquidação do cerco capitalista. Convém recordar, além disso, que o enfraquecimento do sistema capitalista compele e compelirá, inevitavelmente, a burguesia a intensificar a luta contra a União Soviética, contra os países de democracia popular, contra o movimento democrático em seus próprios países. Essa é a lei objetiva da luta de classes, da luta entre o velho mundo capitalista, obsoleto e moribundo, e o mundo novo, socialista.

O grande Lênin, em carta escrita em 1918 aos operários americanos, explicava que

"em todos os países, a resistência desesperada da burguesia à revolução socialista é inevitável e que ela AUMENTARÁ proporcionalmente com o avanço dessa revolução".(10)

Lênin acentuava que a revolução socialista na Rússia confirmava, mais do que qualquer outra, a lei de que o avanço da revolução e sua vitória intensificam a resistência da burguesia. J. V. Stálin continuador da causa do imortal Lênin, ensina nosso Partido a se orientar inflexivelmente por essa lei da revolução socialista, lei da luta de classe. O camarada Stálin desmascarou os restauradores de direita do capitalismo que propagavam a "teoria" oportunista e capitulacionista do amortecimento da luta de classe. Disse ele em 1928:

"Jamais aconteceu e não acontecerá jamais que as classes moribundas abandonem voluntariamente as suas oposições sem tentar organizar a resistência. Jamais aconteceu e não acontecerá jamais que a marcha da classe operária para o socialismo na sociedade de classes possa realizar-se sem luta e sem grandes agitações. Ao contrário, a marcha para o socialismo não pode deixar de levar os elementos exploradores a resistirem a essa marcha, e a resistência dos exploradores não pode deixar de levar ao inevitável aguçamento da luta de classe.".(11)

Essas indicações do camarada Stálin sobre a lei da luta de classe no interior do país aplicam-se, de igual modo, às relações entre o mundo do socialismo e o mundo do capitalismo. A experiência histórica da construção do socialismo na URSS, os novos êxitos nas frentes da construção do comunismo provocam nova onda de simpatia para com a URSS entre os trabalhadores de todos os países, e novo acesso de raiva na burguesia imperialista. Ao explicar a intensificação dos atos de agressão da burguesia imperialista da Inglaterra de outros países capitalistas contra a URSS, o camarada Stálin notava em 1928 que

"o motivo do agravamento das contradições entre a URSS e os países capitalistas que a cercam, o motivo da ofensiva dos países capitalistas contra a URSS é o aumento dos elementos socialistas na URSS, o aumento da influência da URSS sobre a classe operária de todos os países...".(12)

Os imperialistas americanos vêem que a União Soviética e os países de democracia popular constituem um obstáculo a seu desejo de dominação mundial. O aumento do poderio da União Soviética e de todo o campo da paz, da democracia e do socialismo aprofundou o ódio que lhe vota a burguesia imperialista, lançada no caminho das aventuras, no caminho do desencadeamento de uma nova guerra com o fito de impedir a construção pacífica na URSS e nos países de democracia popular.

Deve-se assinalar que a burguesia imperialista dos Estados Unidos, da Inglaterra e de outros países capitalistas, ao intensificar sua agressividade, ao preparar e ativar uma nova guerra mundial, emprega os processos e métodos mais monstruosos e vis. Os fautores de guerra inventam febrilmente novos meios de extermínio em massa: destinam dezenas de bilhões de dólares à criação da bomba de hidrogênio, à preparação de substâncias tóxicas, à multiplicação de bactérias letais. Na Coréia, os monstros americanos empregam a arma bacteriológica contra a população civil — velhos, mulheres, crianças. Os serviços de espionagem burgueses — sobretudo os americanos e os ingleses — empregam métodos de luta cada vez mais abjetos e vis. Os processos dos sabotadores, espiões, agentes diversionistas e derrotistas realizados nos países de democracia popular, particularmente o processo da quadrilha Slansky-Clementis, na Tchecoslováquia, demonstraram que os agentes do imperialismo não recuam diante de qualquer baixeza.

Todos esses fatos e outros do mesmo gênero nos mostram que reforço das posições do campo socialista e a nova modificação na correlação de forças, na arena internacional, em favor do socialismo devem levar-nos não à placidez e sim a elevar nossa vigilância e precaução quanto ao cerco capitalista e em relação à burguesia imperialista. Não se deve esquecer que além do cerco hostil do capitalismo, e além dos inimigos ocultos, portadores de concepções burguesas, existe ainda em nosso país, embora em pequeno número, apesar da liquidação das classes exploradoras, outro inimigo: a displicência. Não cabe duvidas que enquanto houver displicência entre nós, haverá sabotagem. Por conseguinte, para liquidar a sabotagem, é necessário por termo à displicência em nossas fileiras.

Não é possível pensar na elevação da vigilância política se as leis da luta de classes não são explicadas, se não se compreende que, enquanto durar o cerco capitalista, os imperialistas não nos deixarão descansar.

Stálin fustiga impiedosamente os filisteus que deslizam para as posições do liberalismo burguês e que supõem, ingenuamente, que o capital internacional deixará em sossego o país do socialismo e observará com indiferença o país do socialismo vitorioso construir o comunismo e prosseguir sua política de paz e de libertação.

"Há indivíduos — dizia o camarada Stálin em 1928 — que pensam que nós poderíamos seguir uma política externa libertadora e obter ao mesmo tempo elogios dos capitalistas da Europa e da América. Não demonstrarei que indivíduos tão ingênuos nada têm e nada podem ter de comum com nosso Partido".(13)

A União Soviética segue e continuará a seguir uma política de construção do comunismo e nosso país embora isso não agrade aos senhores capitalistas. A União Soviética segue e continuará a seguir uma política exterior justa, libertadora, pacífica, sem dar atenção aos uivos, à chantagem e às ameaças dos fautores de guerra. O ódio dos inimigos da paz, da democracia e do socialismo não nos amedronta. Lembre-mo-nos das palavras de nosso mestre, o grande Lênin, que dizia:

"o ódio selvagem que nos vota a burguesia é um dos índices mais evidentes da veracidade de que mostramos ao povo de MANEIRA JUSTA, o caminho e os meios de derrubar o domínio da burguesia.".(14)

Quando as primeiras grandes organizações de sabotagem foram descobertas na URSS, o camarada Stálin explicou que os atos de sabotagem de uns ou de outros grupos no interior do país deviam ser considerados em sua ligação orgânica com as maquinações do capital internacional.

"Tudo aqui está ligado — dizia, o camarada Stálin — à rede da luta de classe do capital internacional contra o poder soviético, e não se pode tratar de nenhuma coincidência.

De duas uma:

"— Ou nós continuamos com uma política revolucionária agrupando os proletários e os oprimidos de todos os países em torno da classe operária da URSS — e então o capital internacional dificultará, por todos os meios, nossa marcha para diante;

Ou rejeitamos nossa política revolucionária e concordamos com uma série de concessões de princípios ao capital internacional — e então o capital internacional concordará em nos 'ajudar' a fazer com que se degenere nosso país socialista em 'boa' república burguesa"(15)

Stálin denunciou e estigmatizou os capitulacionistas que insistiam em "apaziguar" os imperialistas fazendo-lhes contínuas concessões em questões de princípio, satisfazendo-lhes os apetites imperialistas. Os imperialistas da Inglaterra, Estados Unidos e de outros países exigiam que o povo soviético deixasse de manifestar sua simpatia e seu apoio ao movimento libertador da classe operária dos outros países; que a URSS sancionasse a política imperialista da burguesia internacional no Próximo e no Extremo Oriente, no Sudeste da Ásia, na América Latina, no Continente africano, etc; que abolisse o monopólio do comércio exterior ou, ao menos, que "o abrandasse", etc. Stálin mostrou que o Partido Comunista e o Poder Soviético não podiam fazer tais concessões ou outras semelhantes sem se renegarem a si próprios; e é precisamente por essa razão — advertia o camarada Stálin — que devemos estar prontos a ver o capital internacional continuar a nos fazer todas as vilanias possíveis.

O leninismo ensina que não é possível "apaziguar" os imperialistas por meio de pequenas concessões, como propunham os liberais de todo gênero que haviam rompido com a teoria da luta de classes e deslizado para as posições do oportunismo de direita. Concessões, mesmo as menores, feitas aos imperialistas em questões fundamentais, de princípios, enfraquecem as posições do país socialista e encorajam os imperialistas a aumentar sua pressão sobre os países socialistas e democráticos, e apresentar constantemente novas exigências, cada vez mais insolentes. Claro está que somente aqueles que hajam rompido com o marxismo podem enveredar por esse caminho. Como ensina o camarada Stálin, as leis da luta de classes exigem o fortalecimento da ofensiva contra as posições da reação, e não concessões à reação e às classes reacionárias. Os êxitos na frente da luta de classes são conseguidos no transcurso de encarniçada luta contra o inimigo. Isso é totalmente válido igualmente na luta pela paz e a democracia, contra a reação imperialista e a guerra. Não ceder aos ataques dos fautores de guerra e dos inimigos das liberdades democráticas, não se submeter às provocações e intimidações da reação, mas denunciar, cada vez com mais firmeza, às massas populares, os atos infames da reação, reforçar a cooperação dos trabalhadores de todos os países — essa é a chave da vitória, ensina o camarada Stálin.

O ódio da burguesia aumentará de modo diretamente proporcional ao aumento das forças da paz, da democracia e do socialismo; este ódio há de lançá-la em novas aventuras. Mas, em última instância, os destinos da paz e da democracia não estão nas mãos da burguesia, mas nas mãos do povo. O êxito da luta pela paz depende da unidade e do grau de organização das massas populares.

Os provocadores e os fautores de uma nova guerra, assim como seus lacaios socialistas de direita, esforçam-se por apresentar sob um falso aspecto o espírito de conseqüência e a fidelidade aos princípios por parte da União Soviética, a firmeza na prossecução de política interna e externa, firmeza essa que exprime a natureza socialista do regime soviético e do Estado soviético; pretendem apresentar essa firmeza como um abandono da tese leninista sobre a possibilidade da coexistência pacífica entre os dois sistemas: o socialista e o capitalista. De fato, o caráter libertador, anti-imperialista e o espírito conseqüente da política exterior soviética, a luta intransigente contra os fautores de guerra, não somente não abalam a tese de Lênin e de Stálin sobre a possibilidade da coexistência pacífica dos dois sistemas, mas constituem condição necessária a essa coexistência.

Como se sabe, na questão da possibilidade da coexistência entre os dois sistemas, Lênin e Stálin partem da lei da desigualdade do desenvolvimento econômico e político do capitalismo, da possibilidade da vitória do socialismo em diversos países ou mesmo em um único país considerado isoladamente; partem das contradições muito profundas do imperialismo, contradições que se agravam em virtude da ação dessa lei. As contradições imperialistas entre os países capitalistas, a luta desses países capitalistas por mercados e o desejo de estrangular seus concorrentes revelaram-se, na prática, como demonstrou o camarada Stálin, mais fortes do que as contradições entre o campo do capitalismo e o do socialismo. Nesse sentido convém observar que a segunda guerra mundial começou, como se sabe, não pela guerra do mundo capitalista contra a URSS, mas por uma guerra entre os próprios países capitalistas.

No momento atual, o campo imperialista agressivo, dirigido pelos Estados Unidos, esforça-se por desencadear uma terceira guerra mundial, dirigida contra a URSS e os países de democracia popular. Entretanto, não é absolutamente impossível que as contradições entre os Estados Unidos e a Inglaterra, e entre esses países, e a Alemanha ocidental e o Japão, etc, se revelem novamente, na prática, mais fortes do que as contradições entre o mundo do socialismo e o mundo do capitalismo. Não se deve esquecer que a guerra contra a URSS e os países de democracia popular se tornou, para o sistema do capitalismo e para a burguesia dos diferentes países, bem mais perigosa do que antes e que a política pacífica do campo democrático conquista um número cada vez maior de partidários nos próprios países capitalistas.

Lênin e Stálin demonstraram que existem duas tendências na atitude da burguesia para com a União Soviética. De um lado, existe a tendência ao bloqueio econômico, à agressão e à guerra contra a URSS, de que pormenorizadamente se falou pouco acima, de outro, existe a tendência ao estabelecimento de relações econômicas com a URSS. Não se deve esquecer que o mundo capitalista esta dilacerado por contradições muito profundas. Nas condições atuais, os círculos mais esclarecidos da burguesia da Inglaterra, da França e de outros países compreendem forçosamente que não lhes e possível libertar-se do jugo dos Estados Unidos sem estabelecer relações comerciais com a URSS e os países de democracia popular. Alem disso, embora os capitalistas

"proclamem, para fins de propaganda a agressividade da União Soviética, eles próprios não acreditam nesta agressividade porque têm em conta a política de paz da União Soviética e sabem que a União Soviética não atacará os países capitalistas".(16)

Os capitalistas sabem que a política de paz da URSS goza da simpatia e do apoio dos povos do mundo inteiro, sabem que a guerra contra a URSS é a mais perigosa das guerras para o capitalismo. Tudo isso cria a tendência à manutenção de relações pacíficas com a URSS e os países de democracia popular. A URSS determina sua política externa em função dessas duas tendências. A política externa da URSS parte da possibilidade e da conveniência da coexistência e da cooperação entre a URSS e os países burgueses, sob a condição de que não haja intromissão nos assuntos internos dos outros países, sob a condição de que as partes estejam prontas a cooperar e a renunciar à política de "diktat" feita atualmente pelos meios dirigentes dos Estados Unidos.

As condições que determinaram no passado a possibilidade da coexistência pacífica entre os dois sistemas continuam a vigorar ainda hoje. O povo soviético luta com firmeza para transformar esta possibilidade em realidade. O marxismo-leninismo ensina que a possibilidade não se transforma por si mesma em realidade: para que a possibilidade da coexistência pacifica entre os dois sistemas se transforme em realidade, é necessário lutar ativamente; é necessário fortalecer de todas as maneiras possíveis o país do socialismo e todo o campo democrático; denunciar sistematicamente os fautores de guerra; continuar a defender a política de cooperação internacional baseada na adoção de decisões tomadas de comum acordo com o fim de contrabalançar a política de "diktat" seguida pelos imperialistas americanos e ingleses; fortalecer as fileiras dos partidários da paz em todo o mundo; utilizar habilmente as contradições no campo dos fautores de guerra com o fito de frustrar seus negros desígnios.

Mas isso significa que não é por meio de esmolas aos agressores e aos fautores de guerra, mas por enérgico revide a seus desejos agressivos, pela denúncia decidida de seus planos infames, pela mobilização das massas para a luta contra esses planos, que o êxito pede ser obtido.

Coexistência pacífica entre os dois sistemas significa competição e luta entre o mundo do socialismo e o mundo do capitalismo no domínio econômico e cultural. O povo soviético e os trabalhadores dos países de democracia popular estão certos de que, nessa competição, o socialismo obterá completa vitória.

O XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética confirmou, mais uma vez, o inalterável desejo de paz da União Soviética e sua vontade de colaborar com os países burgueses na base do princípio de igualdade, da não intromissão nos assuntos internos de outros países, da rigorosa execução dos compromissos assumidos. Os meios dirigentes dos países capitalistas têm a escolha: prosseguir na política de "guerra fria" contra a URSS — política desastrosa para a própria burguesia, política de desencadeamento de uma nova guerra —, ou enveredar pelo caminho da solução pacífica dos problemas internacionais na base do reconhecimento do princípio da independência, da igualdade e da não intromissão nos negócios internos de outros países. Em suas respostas ao correspondente diplomático do jornal New York Times, a 26 de dezembro de 1952, J. V. Stálin demonstrou, mais uma vez, que a União Soviética desejava viver em paz com o povo americano e com todos os demais povos do mundo.

II — J. V. Stálin e os Objetivos da Luta pelas Reivindicações Democráticas na Etapa Atual

A correlação entre os objetivos socialistas e os objetivos democráticos, em geral, na luta de libertação da classe operária é uma das questões cruciais da estratégia e da tática da luta de classe. Em cada país, a cada etapa do desenvolvimento histórico, essa questão se apresenta de novo e necessita uma solução nova. No artigo "Democracia Operária e Democracia Burguesa", Lênin escrevia:

"A questão da atitude da social-democracia ou da democracia operária em face da democracia burguesa é uma questão antiga e ao mesmo tempo eternamente nova. É antiga porque se apresentou desde o aparecimento da social-democracia. Seus princípios teóricos foram definidos desde as primeiras obras da literatura marxista, no "Manifesto Comunista" e em "O Capital". É eternamente nova porque cada passo do desenvolvimento de cada país capitalista produz uma combinação originai, particular, das diferentes gradações da democracia burguesa e das diferentes correntes do movimento socialista.".(17)

No "Manifesto do Partido Comunista" e em outras obras, Marx e Engels indicaram que a classe operária deve apoiar todo movimento revolucionário, não temer as alianças temporárias, mesmo com aliados instáveis, se essas alianças ajudam a classe operária a travar a luta de libertação, a tomar a frente do movimento democrático geral das massas trabalhadoras. Eles formularam a idéia da transformação da revolução democrático-burguesa em revolução socialista; seus trabalhos contêm o embrião da idéia da hegemonia da classe operária. Em plena conformidade com todas as premissas de sua concepção dialética e materialista do mundo, eles fundamentaram a tese da união dos objetivos e dos interesses imediatos dos trabalhadores com a luta pelo objetivo final do movimento operário — o comunismo: os comunistas

"lutam pelos interesses e objetivos imediatos da classe operária; mas, no presente momento, defendem e representam ao mesmo tempo o futuro do movimento".

Essas teses de Marx e de Engels foram erigidas em sistema harmonioso e desenvolvidas por Lênin e Stálin, que as aplicaram à época do imperialismo e das revoluções proletárias.

Sem perder de vista as particularidades da estratégia e da tática da luta de classe do proletariado em relação às condições concretas do desenvolvimento histórico e social, é necessário distinguir duas etapas na luta pela vitória da revolução: a etapa da luta pela vitoria da revolução democrático-burguesa e a etapa da luta pela vitoria da revolução socialista. Como resolve o marxismo a questão da correlação entre os objetivos democráticos e os objetivos socialistas em cada uma dessas etapas?

Na época do capitalismo ascendente, a burguesia era uma classe progressista, interessada na liquidação dos regimes econômicos do feudalismo, na abolição do absolutismo. Para derrubar o regime feudal, a dominação da nobreza feudal, a monarquia feudal, a burguesia apoiou-se na lei da correspondência obrigatória entre as relações de produção e o caráter das forças produtivas, e tirou proveito da luta dos camponeses e artesãos contra o jugo feudal com o fim de consolidar seu domínio. O pequeno número e a falta de organização do proletariado em formação permitiram à burguesia assumir as funções de dirigente da luta democrática geral contra o feudalismo e de desempenhar o papel de força que personifica os interesses comuns de todo o povo. As massas trabalhadoras, os camponeses e os artesãos tornaram-se a reserva da burguesia. Assim ocorreu nas primeiras revoluções burguesas na Europa ocidental, e, em primeiro lugar na revolução burguesa da França no fim do século XVIII. As coisas começam a modificar-se radicalmente em meados do século XIX, quando o modo de produção capitalista se consolidara na maioria dos países da Europa ocidental, quando a classe operária se constituirá em força séria, quando grandes conflitos começam a surgir entre ela e a burguesia, quando a burguesia já assumira o poder em diferentes países ou, pelo menos, já obtivera sérias concessões da nobreza. Durante esse período, mesmo nos países em que não alcançou o poder, a burguesia demonstra indecisão na luta contra o absolutismo e, via de regra, passa-se, no momento decisivo, para o campo da contra-revolução. Entre a classe operária e a burguesia, a luta pela direção das massas ganha amplitude.

A classe operária, quando apóia qualquer movimento revolucionário, mantém sempre a independência de ação e considera a luta pelas transformações democráticas como passo necessário, que assegura o desenvolvimento da luta de classe pelo socialismo. Entretanto, no período do ascenso do capitalismo, quando o proletariado era ainda politicamente fraco e sem organização, a burguesia conservava a direção da luta democrática,

"...vendo-se o proletariado reduzido, na melhor hipótese, ao papel de auxiliar, e os camponeses convertidos em reserva da burguesia. Os marxistas consideravam essa combinação mais ou menos inevitável, ressalvando que o proletariado deveria defender o mais possível, nesse transe, as suas reivindicações imediatas de classe e ter o seu partido político próprio".(18).

Assim era, aproximadamente, antes da revolução russa de 1905. As coisas mudam radicalmente no começo do século XX, quando as revoluções democrático-burguesas se desenvolvem nas condições do capitalismo moribundo, em putrefação: no imperialismo. Nessas condições, a classe operária, possuidora de um partido próprio, não mais se contenta com o papel de apêndice da burguesia e, como a força mais revolucionária, se torna a força dirigente da revolução. A burguesia liberal, assustada com a luta do proletariado, procura defesa sob a asa da reação. Ela luta mais contra a revolução do que contra a reação. As massas camponesas tornam-se a reserva da classe operária. À aliança entre a classe operária e o campesinato cabe, com a neutralização da burguesia, garantir o êxito da revolução democrática; somente a vitória da revolução democrático-burguesa e a instauração da ditadura democrática e revolucionária do proletariado e do campesinato asseguram a transformação da revolução democrático-burguesa em revolução socialista.

As teses geniais sobre o papel dirigente da classe operária na revolução democrática, sobre a aliança entre a classe operária e o campesinato, sobre a insurreição armada de todo o povo, sobre a ditadura democrática e revolucionária do proletariado e do campesinato e o governo revolucionário provisório, sobre a transformação da revolução democrático-burguesa em revolução socialista estão desenvolvidas na célebre obra de V. I. Lênin "Duas Táticas da Social-Democracia na Revolução Democrática", e em suas obras seguintes, assim como nos conhecidos trabalhos de J. V. Stálin prefácio à edição georgiana do folheto de Kautsky "As forças motrizes e as perspectivas da revolução russa", "Sobre os Fundamentos do Leninismo", "História do Partido Comunista (bolchevique) da URSS", e outros.

Lênin e Stálin elaboraram com perfeição a estratégia e a tática da luta de classes do proletariado na revolução democrático-burguesa, assim como no período de transformação da revolução democrático-burguesa em revolução socialista. Caracterizaram, de maneira completa, a necessidade de uma luta decidida em prol das transformações democráticas, pela vitória decisiva da revolução democrática, a fim de passar à etapa socialista da revolução. Em suas obras, criaram uma teoria nova, completa, da revolução socialista, estabeleceram as bases da tática revolucionária pela qual se orientou a classe operária de nosso país para conquistar a vitória sobre o capitalismo, em 1917.

O objetivo da luta pela democracia não se limita à época das revoluções democrático-burguesas. Nas condições de um capitalismo consolidado e na época do imperialismo, a classe operária pode e deve lutar pelas liberdades democráticas.

Por que, na época do imperialismo, quando a questão da revolução socialista entra na ordem-do-dia, se apresenta a questão da luta pelas transformações democráticas? Antes de tudo, porque o capitalismo se desenvolve desigualmente, o nível de desenvolvimento do capitalismo varia nos diferentes países. No período em que os maiores países capitalistas entraram na era do imperialismo, toda uma série de países permanecem ainda na fase feudal de desenvolvimento. Os povos atrasados em seu desenvolvimento econômico caem na condição de povos coloniais e dependentes, tanto sofrem as formas de exploração feudal como o jugo imperialista. A luta contra o feudalismo, a luta contra o jugo imperialista adquire importância particularmente grande para os trabalhadores dos países coloniais e dependentes.

Os partidos comunistas e operários de todos os países em que ainda se observam sobrevivências do feudalismo organizam a luta da classe operária e das amplas massas camponesas contra essas sobrevivências. Na época do imperialismo, a burguesia reacionária esforça-se por conservar as sobrevivências feudais; ela se liga estreitamente à classe dos latifundiários e utiliza os métodos feudais de exploração para obter o lucro máximo. A luta contra as sobrevivências do feudalismo é inseparável da luta contra o jugo do imperialismo. Cada golpe contra o feudalismo e suas sobrevivências é também um golpe contra o imperialismo. Essa é a situação nos países coloniais e dependentes.

O movimento de libertação nacional e as guerras na retaguarda do imperialismo fortalecem as posições do proletariado socialista sua luta contra o imperialismo. É por isso que Lênin muitas vezes dizia que só um reacionário ou um sectário incorrigível pode, na época do imperialismo, prever uma revolução social "pura".

"Supor — escrevia Lênin — que a revolução social é concebível sem o levante das pequenas nações, nas colônias e na Europa, sem as explosões revolucionárias de uma parte da pequena burguesia, COM TODOS OS SEUS PRECONCEITOS, sem o movimento das massas proletárias e semi-proletárias, inconscientes, contra o jugo dos latifundiários, e o jugo clerical, monárquico, nacional, etc. — pensar assim significa DESISTIR DA REVOLUÇÃO SOCIAL.".(19)

A luta pelas transformações democráticas e as liberdades democráticas reveste-se ainda de importância particular na época do imperialismo porque, nos países mais imperialistas, a burguesia abandona bruscamente o parlamentarismo por diversas formas de reação política.

"A superestrutura política sobre uma nova economia, sobre o capitalismo monopolista (o imperialismo é o capitalismo monopolista), representa uma virada DA democracia PARA A reação política. A democracia corresponde à livre concorrência. A reação política corresponde ao monopólio...

Tanto em política externa como em política interna, o imperialismo tende à violação da democracia, à reação. Sob esse aspecto, é indiscutível que o imperialismo é a "negação" da DEMOCRACIA EM GERAL, DE TODA A DEMOCRACIA..."(20)

Considerando que no curso do desenvolvimento histórico a burguesia se torna a inimiga das liberdades democráticas, é a classe operária que toma a bandeira do progresso e da luta pela democracia. A luta pelas liberdades democráticas nos países imperialistas ajuda a classe operária a reunir em torno de si as amplas camadas trabalhadoras. Ela contribui para educar o ódio de todo o povo ao imperialismo.

Lênin desmascarou os trotskistas e outros inimigos da classe operária que afirmavam que a época do imperialismo — como época de reação — priva de sentido a luta pelas liberdades democráticas; que na época do imperialismo não é possível conceber-se senão a luta pelo socialismo, senão a revolução socialista "pura", cuja missão é destruir o imperialismo. Nos notáveis artigos "A revolução socialista e o direito das nações à auto-determinação", "Balanço do debate sobre a auto-determinação" e "Uma caricatura do marxismo e do economismo, imperialista", Lênin submeteu essa teoria capitulacionista a implacável crítica. Mostrou que nenhuma das reivindicações democrático-burguesas é completamente realizável em regime capitalista. Entretanto, isso não significa absolutamente que não haja nenhuma base, em regime capitalista, para a luta em favor da democracia, que não haja condições, nem possibilidades, de utilizar a democracia no interesse da luta pelo socialismo. O capitalismo, em geral, e o imperialismo, em particular, — ensina Lênin —, transformam a democracia burguesa em uma ilusão e, ao mesmo tempo, o capitalismo gera aspirações democráticas nas massas e

"exacerba o antagonismo entre o imperialismo — que nega a democracia — e as massas — que aspiram à democracia".(21)

Apoiar as aspirações democráticas das massas populares e as guerras justas de libertação nacional dos povos dos países coloniais e dependentes contra o imperialismo é uma tarefa essencial da classe operária, tarefa sem cuja resolução não pode a classe operária agrupar em torno de si os trabalhadores e atingir seu objetivo final: destruir o capitalismo e criar a sociedade comunista.

Lênin denunciou igualmente os sectários "de esquerda" que acreditavam ingenuamente que a luta pelas reivindicações democráticas na época do imperialismo desvia a classe operária de seu objetivo principal, final: a liquidação do imperialismo. A luta pelas reivindicações democráticas nas condições do imperialismo não desvia a classe operária da realização de suas futuras tarefas socialistas, ao contrário: aproxima, por todos os meios, sua realização.

Essa é a dialética do desenvolvimento histórico. Lênin escreveu sobre o assunto:

"A revolução socialista não é um ato isolado, uma batalha isolada em uma só frente, mas toda uma época de agudos conflitos de classe, uma longa série de batalhas em todas as frentes — isto é: sobre todas as questões da economia e da política —, uma série de batalhas que não podem cessar senão com a expropriação da burguesia. Constituiria erro fundamental pensar que a luta pela democracia é suscetível de desviar o proletariado da revolução socialista ou de obscurecer e subestimar esta última. Pelo contrário: assim como o socialismo não pode ser vitorioso sem realizar uma democracia completa, o proletariado não pode também preparar-se para a vitória sobre a burguesia sem travar, por todas as formas, uma luta conseqüente e revolucionária pela democracia.".(22)

Essas são as teses essenciais que Lênin elaborou a respeito do desenvolvimento da luta pela democracia em geral na época do imperialismo. Nos trabalhos de Stálin, particularmente em sua histórica intervenção no XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, essas teses foram ainda desenvolvidas. Stálin mostrou que a brusca virada para a reação em toda a frente política — virada característica da época do imperialismo em geral — se tornou muito mais acentuada depois da segunda guerra mundial, e que a burguesia se tornou ainda mais reacionária. No presente momento, os meios dirigentes dos Estados Unidos, da Inglaterra e de outros países capitalistas violam de maneira particularmente grosseira e cínica as Constituições, as leis adotadas na época do capitalismo pré-monopolista, quando a burguesia podia ainda permitir-se posar de liberal, quando ela defendia as liberdades democráticas burguesas e, dessa forma, conseguia popularidade. A ação da lei econômica fundamental do capitalismo contemporâneo faz com que a burguesia imperialista dos países capitalistas ataque com violência cada vez maior as posições da classe operária, das massas trabalhadoras. Ela liquida todas as conquistas dos trabalhadores; pratica uma política de legislação reacionária que restringe os direitos das organizações operárias e de outras organizações progressistas; instaura um regime policial-fascista de repressão contra toda atividade progressista, etc. Ao caracterizar a situação nos países capitalistas e o comportamento da burguesia imperialista atual, o camarada Stálin disse, no XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética:

"Não existe mais a chamada 'liberdade individual', os direitos do indivíduo se reconhecem apenas aos que dispõem de capital e todos os outros cidadãos são considerados matéria-prima humana, útil exclusivamente para ser explorada. O princípio da igualdade de direito entre as pessoas e entre as nações foi pisoteado e substituído pela plenitude de direitos para a minoria exploradora e a ausência de direitos para a maioria explorada dos cidadãos.

A bandeira das liberdades democrático-burguesas foi atirada fora. Penso que vós, representantes dos partidos comunistas e democráticos, deveis erguer essa bandeira e levá-la para adiante, se quiserdes agrupar em torno de vós a maioria do povo. Ninguém mais a pode erguer.".(23)

Entre as reivindicações democráticas que o proletariado socialista defende, na época do imperialismo, Lênin notava em primeiro lugar a liquidação do jugo nacional. Durante a primeira guerra mundial, Lênin, que defendia os princípios do internacionalismo socialista, combateu energicamente, como se sabe, tanto os ideólogos confessos do imperialismo — os chauvinistas que defendiam a burguesia imperialista de seus países sob a bandeira do "patriotismo" — como os anarquistas e os trotskistas. que defendiam os interesses da burguesia sob a bandeira do cosmopolitismo.

Essa luta de nosso Partido pelo internacionalismo, pela justa combinação das reivindicações democráticas com os objetivos socialistas da classe operária foi e continua a ser um modelo de tática revolucionária proletária.

Depois da segunda guerra mundial, os imperialistas americanos substituíram os fascistas alemães que pretendiam o domínio mundial. Os imperialistas americanos calcam grosseiramente aos pés a independência e os direitos soberanos dos demais povos. Os imperialistas americanos submeteram a seu controle os mais importantes ramos da indústria, não apenas da França e da Itália, mas também da Inglaterra; ditam a política externa e interna dos países burgueses orientando-a em função de seus próprios interesses. Os lacaios do imperialismo americano criaram servilmente a "teoria" da caducidade do princípio de soberania e lançam mão de todos os esforços para justificar o cosmopolitismo, expressão do nacionalismo e do racismo da burguesia dos países anglo-saxões.

A burguesia da Inglaterra, da Franca e de outros países capitalistas deliberadamente renunciou ao princípio da soberania nacional e enveredou pelo caminho da traição nacional. Eis como o camarada Stálin caracterizou o comportamento da burguesia:

"Antes, a burguesia se considerava a parte dirigente da nação, defendia os direitos e a independência da nação, colocando-se 'acima de tudo'. Atualmente, não resta nem o mais leve vestígio do 'princípio nacional'. No presente a burguesia vende os direitos e a independência da nação por dólares. A bandeira da independência e da soberania nacional foi atirada fora. Não há dúvida de que essa bandeira terá de ser erguida por vós, representantes dos partidos comunistas e democráticos, e levada para adiante, se quiserdes ser patriotas de vossos países, se quiserdes ser a força dirigente da nação. Ninguém mais a pode erguer.".(24)

Os Partidos Comunistas, que dirigem o movimento pelas liberdades democráticas e pela independência nacional, têm a possibilidade de arrastar a uma luta ativa as camadas mais amplas da população. O caráter pró-americano anti-nacional da política dos meios dirigentes imperialistas da Franca, da Itália, da Alemanha Ocidental, do Japão e da Inglaterra tornam-se cada vez mais evidentes; cresce o ódio contra o imperialismo americano, que traz a todos os povos a reação, a miséria, a escravidão e a guerra. Nessas condições, até mesmo certos representantes da burguesia começam a condenar a política seguida pelos círculos dirigentes dos países capitalistas. Os comunistas esforçam-se por unir todos os elementos patrióticos capazes de defender a independência nacional de seus países.

O imperialismo gera inevitavelmente guerras mundiais para nova divisão do mundo. A luta contra uma nova guerra mundial preparada pelos imperialistas americanos e ingleses ganhou amplitude e se transformou em imenso movimento de todos os povos. Essa luta, por seu conteúdo, possui um caráter democrático.

Ao caracterizar a natureza do atual movimento em defesa da paz, o camarada Stálin diz, em sua obra "Problemas Econômicos do Socialismo na URSS":

"O movimento atual pela paz tem por objetivo levantar as massas populares para a luta pela manutenção da paz, para impedir uma nova guerra mundial. Por conseguinte, não tem o objetivo de derrubar o capitalismo e estabelecer o socialismo; limita-se aos objetivos democráticos da luta pela manutenção da paz. Sob este aspecto, o atual movimento pela manutenção da paz difere do movimento realizado no período da primeira guerra mundial para transformar a guerra imperialista em guerra civil, uma vez que este último movimento ia mais além e tinha objetivos socialistas.

"Pode acontecer que, dentro de certas circunstâncias, a luta pela paz se desenvolva em alguns lugares, transformando-se em luta pelo socialismo; no entanto, isto já seria, não o atual movimento pela paz, mas um movimento para a derrubada do capitalismo.".(25)

Tais são os rumos principais em que, como ensina Stálin, se desenvolve principalmente a luta pelas reivindicações democráticas na etapa atual do desenvolvimento histórico. Todas essas reivindicações — a manutenção e a ampliação das liberdades democráticas, a defesa da independência e da soberania nacionais, a liquidação das sobrevivências feudais e a defesa da paz — são exigências da democracia. Na luta pela sua realização, as camadas democráticas mais amplas podem unir-se e se unem. Quanto mais amplo for o bloco democrático e quanto mais popular for o caráter desses movimentos, tanto melhor. A classe operária apóia todo movimento democrático, está pronta a colaborar com todo aliado, mesmo inconstante e temporário, no interesse do fortalecimento e da ampliação da frente democrática. Os Partidos comunistas e operários arrastam à luta pela independência nacional e pela paz todas as forcas e elementos patrióticos, todos os adversários da guerra, independentemente de sua classe, de suas opiniões e de suas concepções políticas e filosóficas. O baluarte e a base de todo movimento democrático — inclusive do movimento pela paz são as massas trabalhadoras: os operários, os camponeses, os artesãos, os empregados, os intelectuais.

É oportuno confrontar a luta pelas transformações democráticas sustentada pela classe operária na época das primeiras revoluções democrático-burguesas com a luta pelas reivindicações democráticas que sustenta a classe operária na época do capitalismo moribundo, na época do imperialismo.

A luta pelas transformações democráticas ao tempo das primeiras revoluções democrático-burguesas dirigia seu gume contra o feudalismo e suas sobrevivências, contra o absolutismo, a monarquia. Obviamente, limpava o terreno para o desenvolvimento do capitalismo, mas, ao mesmo tempo, preparava o terreno para o desenvolvimento da luta de classes do proletariado contra a burguesia. Ela estava destinada a assegurar a criação de condições econômicas e políticas favoráveis à classe operária para o desenvolvimento de sua luta contra a burguesia. A realização das reivindicações democrático-burguesas defendidas pela classe operária é uma etapa preparatória da passagem à luta proletária pelo socialismo.

Na época da passagem do feudalismo ao capitalismo, a burguesia tinha interesse em liquidar o feudalismo. A burguesia participava das primeiras revoluções democrático-burguesas.

Tudo se passa de maneira diversa na época do imperialismo, quando as sobrevivências do feudalismo se entrelaçam com o imperialismo em um sistema único de exploração e opressão em escala mundial; burguesia imperialista é portadora de todas as formas de escravidão econômica e de opressão política. Nessas condições, a luta contra a reação imperialista, pelas liberdades democráticas, enfraquece diretamente o imperialismo, isola a burguesia imperialista e prepara, assim, as condições para liquidar o imperialismo. Por essa razão é que, nas revoluções democrático-burguesas da época do imperialismo, a burguesia se torna temerosa, hesitante, e se passa para o lado da contra-revolução no momento mais aceso das lutas revolucionárias.

A defesa das liberdades democráticas e a luta por sua ampliação fortalecem as posições do proletariado socialista, e ajudam-no a reunir em torno de si amplas massas e a criar com essas um exército revolucionário capaz de derrubar o imperialismo. A dialética do desenvolvimento histórico é tal que, na época do imperialismo, toda ampliação ponderável das liberdades democrático-burguesas é embaraçosa e perigosa para a burguesia: reforça as posições do proletariado e das massas trabalhadoras, e enfraquece as posições da burguesia imperialista.

Isso não significa que na época do imperialismo certos grupos da burguesia sejam incapazes, sob determinadas condições, de apoiar as reivindicações democráticas. Basta recordar a situação nos países coloniais e dependentes (por exemplo: na Índia, na Indonésia e em outros países), onde camadas determinadas da burguesia nacional cujos interesses são lesados pelas aves de rapina do imperialismo podem tomar parte na luta contra o feudalismo e em particular contra o jugo imperialista. Os partidos comunistas e democráticos têm interesse em isolar o mais possível os inimigos da democracia e do socialismo; por essa razão é que eles cooperam com todo grupo democrático e patriótico capaz de participar na luta pela independência nacional, pela paz e pelas liberdades democráticas.

Organizando amplo movimento democrático, os partidos comunistas e operários superam as concepções e tendências falsas de alguns de seus membros. As tendências sectárias constituem sério perigo. Os sectários supõem que colocar no primeiro plano as reivindicações democráticas significa os partidos comunistas e operários se afastarem dos ideais socialistas, e a classe operária se desviar da luta pela transformação socialista da sociedade. O leninismo ensina que esse é um erro grosseiro. Toda a história do leninismo, toda a experiência da luta pelo socialismo na URSS, toda a história do movimento operário mundial testemunham que não existe outro caminho para o socialismo fora de uma luta decidida pelas reivindicações democráticas. Assim foi no passado, assim é no presente. Só a luta audaz e consequente em prol das reivindicações e da união de todas as forcas e de todos os aliados possíveis para a realização das transformações democráticas preparam as condições favoráveis às transformações socialistas.

O outro perigo com que se chocam os partidos comunistas e operários é o perigo de direita, o perigo do capitulacionismo, que assume as mais variadas formas — inclusive às do nacionalismo burguês. Os capitulacionistas de direita não querem ver que a classe operária tem, além dos objetivos democráticos gerais, específicos objetivos de classe, tanto imediatos como finais, para a realização dos quais ela luta incansavelmente. Os capitulacionistas não defendem as reivindicações pela melhoria da situarão econômica da classe operária, pela melhoria da situação econômica das massas trabalhadoras e, em particular, dos camponeses e dos sitiantes. Os capitulacionistas enveredam pelo caminho do liberalismo burguês ao rebaixar o papel dirigente da classe operária e do Partido na luta pelas reivindicações democráticas, ao insistir para que o movimento operário se dissolva no movimento democrático geral, ao repudiar a propaganda e o esclarecimento dos objetivos socialistas e das tarefas que à classe operaria e seu partido marxista cabe realizar. Já em seu trabalho "Que fazer?", escrito há mais de meio século, V. I. Lênin demonstrava que o Partido da classe operária, ao incorporar todas as camada da sociedade ao movimento democrático, deve defender com conseqüência os interesses de classe do proletariado e distinguir claramente a perspectiva do desenvolvimento histórico.

Lênin dizia:

"... o social-democrata ideal não deve ser o secretário do 'trade-union' mas o TRIBUNO POPULAR que saiba reagir contra todas e quaisquer manifestações de arbítrio e de opressão — onde quer que se manifestem e qualquer que seja a classe ou camada que atinjam —, que saiba generalizar todas essas manifestações apresentado-as em quadro único de violência policial e de exploração capitalista, que saiba aproveitar a menor ocasião para expor DIANTE DE TODOS suas convicções socialistas e suas reivindicações democráticas, para explicar a TODOS e a cada um a significação histórica e mundial da luta de libertação do proletariado.".(26)

Lênin explicava que quando os comunistas apóiam todo movimento revolucionário, democrático, devem expor e assinalar diante de todo o povo os objetivos democráticos gerais, sem esconder por um instante suas convicções socialistas.

Os partidos comunistas e operários combatem o oportunismo nas suas frentes e é exatamente por isso que obtêm êxitos na criação de uma ampla frente democrática contra a reação imperialista.

A denúncia' categórica e o isolamento dos socialistas de direita, que continuam a ser os principais veículos da influência burguesa no movimento operário e democrático, têm particular importância para o êxito da luta pela paz e pela democracia. Sob a máscara do internacionalismo, os dirigentes socialistas propagam a ideologia do cosmopolitismo burguês, do nacionalismo anglo-saxão, e do racismo, Isso se manifestou nitidamente também na última reunião dos socialistas de direita em Rangum, onde Attlee e outros agentes do imperialismo americano e inglês — com seus abertos elogios ao jugo imperialista — colocaram em posição difícil os socialistas de direita dos países da Ásia, temerosos de perder o que lhes resta de influência em seus países.

Os socialistas de direita fazem esforços desesperados no sentido de caluniar todas as organizações verdadeiramente democráticas, de dividir a classe operária e o movimento democrático, assim os enfraquecendo. Não existe vilania diante da qual se detenham os chefes socialistas de direita em sua subserviência ao imperialismo, na luta contra o campo da paz, da democracia e do socialismo.

O êxito na luta pela democracia e pela paz é impossível se os líderes dos partidos socialistas de direita não são denunciados, se não são arrancados à sua influência os trabalhadores que ainda não souberam distinguir, atrás da fraseologia democrática dos socialistas de direita, sua essência reacionária e suas ações abjetas.

A significação histórica do discurso do camarada Stálin no XIX Congresso do Partido não reside apenas no fato de esse documento encerrar completa caracterização das condições em que os partidos comunistas e operários do mundo inteiro têm de agir, mas o fato de indicar os caminhos que levarão esses partidos à vitória. A significação histórica desse documento reside também no fato de ele inspirar a todos os partidários da paz, da democracia e do socialismo a certeza da justeza e da invencibilidade da grande causa pela qual lutam os partidos comunistas e democráticos.

O curso objetivo do desenvolvimento histórico conduz inexoravelmente o mundo atual ao socialismo e ao comunismo. A correlação de forças entre o socialismo e o capitalismo se modifica sem cessar em favor do socialismo. Há trinta e cinco anos o capitalismo dominava todo o globo. O Partido Comunista da União Soviética, de reduzido efetivos então, arrastou, nas duras condições da Rússia tsarista os operários e os camponeses à luta pelos direitos dos trabalhadores e obteve êxito. Todos os partidos burgueses, os oportunistas de todos os matizes, apregoavam a uma só voz que os comunistas caminhavam para uma derrota, que não lhes seria possível conservar o poder. Todos os lacaios da reação tentavam assustar os comunistas invocando as dificuldades da construção de um mundo novo em face da furiosa resistência da contra-revolução interna e da burguesia imperialista internacional; tentavam desmoralizar e assustar as massas populares.

O grande Lênin deu resposta categórica a todos esses "profetas" e chantagistas do campo da burguesia reacionária. Na véspera da Revolução Socialista de Outubro, no folheto "Os bolchevistas conservarão o poder?" Lênin escreveu:

"Nossa revolução é invencível se não temer a si mesma, se entregar todo o poder ao proletariado, pois a nosso favor estão as forças mundiais do proletariado, infinitamente maiores, mais desenvolvidas, mais organizadas, provisoriamente esmagadas peia guerra, mas não aniquiladas e, sim, pelo contrário, por ela multiplicadas.".(27)

E, terminando seu folheto assinalava Lênin que não existe força no mundo capaz de impedir que os comunistas, se não se deixarem atemorizar, tomem o poder e o utilizem para construir o socialismo.

Dirigido por Lênin e Stálin, o Partido Comunista da União Soviética não se deixou assustar pelos apologistas do capitalismo: reuniu e organizou os operários e camponeses, levantou-os para o assalto ao imperialismo e obteve êxitos de significação histórica e mundial.

Os partidos comunistas e democráticos dos países capitalistas encontram-se presentemente em condições infinitamente mais favoráveis. Stálin caracterizou perfeitamente esse fato em seu discurso no XIX Congresso. A terça parte da humanidade já repeliu o jugo imperialista; nos países capitalistas as forças da democracia e do socialismo alastram-se e crescem; a burguesia imperialista desmascara-se cada vez mais e perde suas ligações com as massas.

A vitória do socialismo na URSS, a vitória da União Soviética na Grande Guerra Patriótica provocaram maior enfraquecimento do sistema do capitalismo: o povo tomou o poder em uma série de países da Europa e da Ásia; constituiu-se poderoso caminho da paz, da democracia e do socialismo, tendo à frente a URSS. Os países capitalistas reunidos no campo imperialista, anti-democrático, entrechocam-se constantemente em virtude das insolúveis contradições capitalistas, e com afinco cada vez maior procuram libertar-se da "tutela" do imperialismo dos Estados Unidos, que pilham cinicamente seus sócios no Pacto do Atlântico. No mundo capitalista, amadurecem os elementos de nova crise econômica, manifestam-se e se aprofundam as contradições que ameaçam o mundo com uma nova guerra.

Ao mesmo tempo, as forças que combatem pela paz, pela democracia e pelo socialismo, contra a reação imperialista e a guerra, crescem e se consolidam. Na União Soviética, imensos êxitos foram obtidos no desenvolvimento da economia e da cultura, na construção do comunismo. A construção do socialismo efetua-se com êxito nos países europeus de democracia popular. Na República Popular da China a economia e a cultura desenvolvem-se em ritmo acelerado. O campo da paz, da democracia e do socialismo, que se opõe ao campo imperialista, se desenvolve e fortalece.

Nos próprios países capitalistas, o movimento operário e o movimento democrático das massas populares cresce e se amplia, a influência dos partidos comunistas e operários aumenta. Os povos passaram pela severa escola da segunda guerra mundial. As provas da segunda guerra mundial e a estreita cooperação com o povo soviético na luta contra os escravizadores fascistas reforçaram a confiança dos povos em sua força, ensinaram-lhes o ódio à reação e a guerra.

As retaguardas do imperialismo enfraquecem dia a dia. O maior país do mundo em população — a China — afastou-se da órbita do imperialismo e tomou um caminho novo, democrático. As posições do imperialismo na Índia, na Indonésia e em outros países coloniais e dependentes se enfraquecem. Os imperialistas não mais podem, como antes, exercer controle absoluto sobre os países do Oriente Próximo, da América Latina e do Continente africano. A era do domínio colonial dos imperialistas chega ao fim. O poderoso movimento de libertação nacional nos países coloniais e dependentes leva ao colapso todo o sistema colonial do imperialismo.

O aprofundamento da crise geral do capitalismo, a modificação da correlação de forças em favor do socialismo, enfurecem a burguesia imperialista, levam-na a intensificar a reação e ao caminho temerário da preparação de nova guerra mundial. Os meios dirigentes dos países capitalistas reduzem a nada as liberdades burguesas, esforçam-se por desmoralizar as massas populares com a intimidação e o terror, enfraquecer sua resistência à ofensiva da reação. Os imperialistas querem colocar seus negócios em ordem militarizando a economia, atacando as posições dos trabalhadores, desencadeando nova guerra mundial. Não se pode, porém, deixar de observar que essa ofensiva da reação se desenvolve em condições históricas particulares, num momento em que as forças progressistas aumentaram infinitamente, em que as massas populares têm todas as possibilidades, não apenas de rechaçar a reação imperialista, mas também de alcançar novos êxitos na luta por seus direitos, por um futuro radioso.

O traço mais característico do desenvolvimento atual é o crescimento das aspirações democráticas das massas populares, apesar de todos os esforços da reação imperialista para conter esse crescimento através de métodos semi-fascistas e fascistas. É à base do Movimento democrático das massas que aumenta a influência dos partidos comunistas e democráticos. Este aumento, como demonstrou J. V. Stálin, não pode ser considerado como casualidade:

"é um fenômeno perfeitamente normal". "A influência dos comunistas aumentou porque, durante os duros anos do domínio fascista na Europa, os comunistas se revelaram seguros, audazes e abnegados lutadores contra o regime fascista e pela liberdade dos povos.".(28)

Os partidos comunistas e democráticos são lutadores seguros, audazes e abnegados contra a reação e a guerra, são os defensores da democracia e da independência nacional dos povos. Em torno deles reúnem-se todas as forcas sadias e patrióticas de cada nação, o aumento da influência dos comunistas sobre as massas é — como o demonstrou Stálin — uma lei do desenvolvimento histórico.

A luta dos partidos comunistas e operários e das massas que eles dirigem é atualmente muito mais fácil do que foi a luta do Partido Comunista da União Soviética.

Como assinala Stálin em seu discurso no XIX Congresso, duas circunstâncias facilitam a luta dos partidos comunistas e operários em prol das liberdades democráticas e pelo socialismo.

Em primeiro lugar, os partidos comunistas e operários podem utilizar a experiência acumulada pelo Partido Comunista da União Soviética em sua luta. Podem aprender com os erros e os êxitos de nosso Partido, e facilitar o seu trabalho.

Em segundo lugar,

"a própria burguesia — inimiga principal do movimento de libertação — tornou-se outra, modificou-se radicalmente, tornou-se mais reacionária... Perdeu seus laços com o povo, e... por isso mesmo se enfraqueceu. Percebe-se que esta circunstância deve igualmente facilitar o trabalho dos partidos revolucionários e democráticos.".

Em sua intervenção no XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, o camarada Stálin esclareceu as novas condições históricas em que deverão agir os partidos comunistas e democráticos irmãos dos países ainda sob o poder do capital; mostrou de maneira irrefutável a invencibilidade do poderoso movimento popular, dirigido pelos partidos comunistas e democráticos, e exprimiu a firme certeza de que os partidos irmãos obterão a vitória. A intervenção de J. V. Stálin no XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética empolga profundamente o espírito dos comunistas de todos os países. Em todos os Partidos Comunistas estudam-se as resoluções do Congresso do Partido Comunista da União Soviética, a obra de Stálin "Problemas Econômicos do Socialismo na URSS" e seu discurso ao Congresso. Nos plenos do Comitê Central, nas assembléias dos ativistas do Partido, nas organizações do Partido estudam-se esses materiais. Os comunistas levam os materiais do Congresso ao conhecimento dos operários, dos camponeses e dos intelectuais, por meio da imprensa, das reuniões, dos comícios e das palestras. A profundeza e a exatidão da análise da situação atual feita por J. V. Stálin torna-se evidente para todos os trabalhadores honestos aos quais chegou a palavra veraz de Stálin. O discurso do camarada Stálin estimula novos milhões de trabalhadores à luta pela paz, pela democracia e pelo socialismo. Armados da imortal e triunfante doutrina de Marx, de Engels, de Lênin e de Stálin, armados das históricas diretivas de Stálin, os partidos comunistas irmãos e as massas trabalhadoras que eles dirigem obterão a vitória completa na luta por um futuro radioso, pelo comunismo.


Notas de rodapé:

(1) Stálin — Obras Completas, tomo 9, pág, 27, edição russa. (retornar ao texto)

(2) Stálin — Idem, Idem, pág. 28. (retornar ao texto)

(3) Stálin — Obras Completas, tomo 9, pág. 141, edição russa. (retornar ao texto)

(4) Stálin — Questões do Leninismo, tomo II, pág. 39 — Edições Sociais, Paris. (retornar ao texto)

(5) Stálin — Questões do Leninismo— Edições Sociais, Paris. (retornar ao texto)

(6) Stálin — Obras Completas, tomo 9, pág. 141, edição russa. (retornar ao texto)

(7) Stálin — Discurso no Encerramento do XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, in "Problemas" n. 42, pág. 28 — Rio, (retornar ao texto)

(8) Stálin — Obras Completas, tomo 10, pág. 51, edição russa. (retornar ao texto)

(9) Stálin — Discurso no Encerramento do XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, in "Problemas" n. 42, pág. 29 — Rio, (retornar ao texto)

(10) Lênin — Obras Completas, tomo 28, pág. 53, edição russa. (retornar ao texto)

(11) Stálin — Obras Completas, tomo 11, pág. 172, edição russa. (retornar ao texto)

(12) Stálin — Obras Completas, tomo 11, pág. 116, edição russa. (retornar ao texto)

(13) Stálin — Obras Completas, tomo 11, pág. 55, edição russa. (retornar ao texto)

(14) Lênin — Obras Completas, tomo 26, pág. 71, edição russa. (retornar ao texto)

(15) Stálin — Obras Completas, tomo 11, págs. 54-55, edição russa. (retornar ao texto)

(16) Stálin — Problemas Econômicos do Socialismo na URSS, in "Problemas" n. 43, pág. 54 — Rio. (retornar ao texto)

(17) Lênin — Obras Completas, tomo 8, pág. 54. edição russa. (retornar ao texto)

(18) História do Partido Comunista (bolchevique) da URSS, págs. 30-31 — Edições Horizonte Ltda. — Rio. (retornar ao texto)

(19) Lênin — Obras Completas, tomo 22, pág. 340, edição russa. (retornar ao texto)

(20) Lênin — Obras Completas, tomo 23, pág. 3, edição russa. (retornar ao texto)

(21) Lênin — Obras Completas, torno 23, pág. 13, edição russa, (retornar ao texto)

(22) Lênin — Obras Completas, tomo 22, pág. 133, edição russa. (retornar ao texto)

(23) J. V. Stálin — Discurso no Encerramento do XIX Congresso do Partido Comunista (b) da U.R.S.S. in "Problemas" n. 42, pág. 30 — Rio. (retornar ao texto)

(24) J. V. Stálin — Discurso no Encerramento do XIX Congresso do Partido Comunista (b) da U.R.S.S,, in "Problemas" n. 42, págs. 30-31 — Rio. (retornar ao texto)

(25) J. V. Stálin — Problemas Econômicos do Socialismo na URSS, in "Problemas" n. 43, págs. 54-55 — Rio. (retornar ao texto)

(26) Lênin — Obras Escolhidas, tomo 1, págs. 239-240, edição.russa. (retornar ao texto)

(27) Lênin — Obras Completas, tomo 26, pág. 102» edição russa. (retornar ao texto)

(28) Stálin — Após a Vitória, por uma Paz Duradoura, edição russa. (retornar ao texto)

 

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Inclusão 13/05/2011