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Entrevista Florestan Fernandes |
Considerado fundador da sociologia crítica no Brasil, Florestan Fernandes foi o mestre de uma geração de cientistas sociais. Tentando conciliar a contribuição teórica de Karl Marx, Max Weber e dos funcionalistas, sua obra expressa uma interpretação original – sob muitos aspectos controvertida – de nossa sociedade. Na universidade brasileira, foi o pioneiro no estudo das questões raciais;
da escravidão e da abolição; das transformações de classe que esses processos históricos significaram; da revolução burguesa no Brasil; dos processos revolucionários na América Latina.
Professor na Universidade de São Paulo desde 1945, catedrático em 1964 (com uma tese importante sobre a transição do trabalho escravo para o trabalho livre, “A integração do negro nas sociedades de classe”), Florestan Fernandes foi cassado, pelo AI-5, em 1969. Ensinou, então, em universidades canadenses e norte-americanas. Em 1978 passou a lecionar na PUC-SP, mas somente em 1986 voltou à USP.
Eleito deputado federal à Constituinte, em 1986, pelo Partido dos Trabalhadores, foi reeleito em 1990. Algumas de suas obras: A organização social dos Tupinambá (1949), Negros e brancos em São Paulo (1959), A sociologia numa era da revolução social (1962), A integração do negro na sociedade de classes (1964), Sociedade de classes e subdesenvolvimento (1968), Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina (1973), A revolução burguesa no Brasil (1975), A Universidade Brasileira: reforma ou revolução? (1975), A sociologia no Brasil (1977), A condição do sociólogo (1978), Da guerrilha ao socialismo: a Revolução Cubana (1979), A natureza sociológica da sociologia (1980), O que é revolução? (1981), A ditadura em questão (1982), Nova República (1986).
José Carlos Ruy
(fonte: Revista Princípios nº 35)
Atualmente estão disponíveis em Português as seguintes obras:
1970 - mar | Padrões de dominação externa na América Latina |
1975 | Sobre o Trabalho Teórico |
1980 | Ciências Sociais: na Ótica do Intelectual Militante |
1984 - nov | Carlos Marighella: a Chama que não se Apaga |
1987 - set | Parlamentarismo e presidencialismo |
1987 - set | Uma questão de grandeza |
1987 - out | Adeus à transição |
1988 - abr | A Percepção Popular da Assembléia Nacional Constituinte |
1988 - jun | O Protesto Negro |
1989 | Democracia e Socialismo |
1990 - jul | Desafios às Ciências Sociais de Língua Portuguesa |
1991 - jul | O PT em Movimento [Contribuição ao I Congresso do Partido dos Trabalhadores] |
1991 - jan | Entrevista a Teoria & Debate |
1991 | Depoimento Sobre Hermínio Sacchetta |
1994 - mai | O Pensamento Político de Marighella |
1994 - ago | O eleitoral e o político |
1994 - dez | Entrevista ao Programa Roda Viva |
1995 - jan | Significado Atual de José Carlos Mariátegui |
1995 | Revolução, um Fantasma que não foi Esconjurado |
???? | O Herói Sem Mito |
???? | O que é o marxismo-leninismo? |